Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Nome errado ou identificação correta?

Da edição de junho de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Quão importante é, para nós, a identificação correta! Por exemplo, não gostamos que nos classifiquem de desonestos, se não fizemos nada para merecer esse adjetivo. Sentimos até uma ponta de desagrado, quando alguém erra ao escrever nosso nome!

Como deveríamos reagir, então, quando nos sentimos doentes? Deveríamos concordar imediatamente com qualquer evidência que se nos apresente? Não somos obrigados a isso. A Ciência Cristã nos informa que podemos discordar da evidência de enfermidade e refutá-la por ser injusta e inverídica. A doença não nos retrata como somos realmente — idéias harmoniosas de Deus, que expressam Seu bem-estar, Sua inteireza e Sua isenção de qualquer discórdia.

Além do fato de que não nos faz nada bem ceder àquilo que atua contra nossa saúde, há uma ótima razão para nos rebelarmos contra a enfermidade: é que a doença não é a essência nem a realidade de nossa natureza e de nossa identidade como filhos de Deus, Suas idéias espirituais. É o pensamento ilusório e incorreto que parece tomar forma em alguma discórdia do corpo físico.

Como poderemos lidar com a doença, isto é, esse falso retrato de nossa verdadeira natureza? Ora, deveríamos nos sentir tão inclinados a corrigir esse estado errôneo de doença quanto a corrigir qualquer falsidade sobre nosso caráter. A Sra. Eddy anima-nos a esse respeito, quando escreve: “Em vez de te submeteres cega e tranqüilamente às fases incipientes ou adiantadas da moléstia, rebela-te contra elas. Bane a crença na possibilidade de abrigares ainda que seja uma só dor intrusa que não possa ser expulsa pelo poder da Mente, e dessa maneira podes impedir que a dor se desenvolva no corpo. Nenhuma lei de Deus impede esse resultado.” Ciência e Saúde, p. 391.

Podemos raciocinar cientificamente da seguinte forma: não importa como a discórdia possa se chamar, a moléstia não é verdadeira, porque não é boa, não é de Deus. Não veio de Deus nem foi criada por Ele. Ele fez tudo o que foi feito, mas não criou enfermidade, discórdia nem qualquer coisa que seja dessemelhante de Sua natureza inteiramente boa. Como a discórdia não é verídica acerca de Deus — de Sua inteireza, bondade e imortalidade — também não é verídica acerca do homem, a expressão de Deus, a semelhança divina.

Podemos continuar raciocinando que, sendo a moléstia inverídica, ela é irreal. Isto é, realmente não faz parte de Deus, a única Vida, nem faz parte do homem e de sua expressão da Vida. Sendo irreal, a enfermidade não precisa fazer parte de nossa vida. A compreensão que temos da verdade do ser espiritual, expulsa-a de nossa experiência.

Visto que a enfermidade não é verdadeira nem real, ela também não é dotada de poder. Não tem fundamento. Não tem o respaldo de uma autoridade real, pois Deus não a autorizou, de modo algum. Não tem credenciais nem credibilidade, pois é ilegítima e fraudulenta. A enfermidade não poderá se perpetuar se não gozar de nosso crédito. Quando retiramos nosso crédito e destruímos nosso medo à doença, ela fica sem ponto de apoio. Fica também sem nome, porque não tem natureza verdadeira.

Ao invés de invocarmos temerosamente o nome da moléstia, pensando nela e falando a respeito dela, podemos invocar o nome de Cristo. Isto é, podemos nos identificar com a verdadeira natureza de Deus, que o homem, como semelhança divina, expressa. Tal identificação correta enaltece nossos esforços sinceros para seguirmos os ensinamentos e o exemplo de Jesus, em nossa vida diária.

Paulo disse a seus seguidores: “Tende em vós a mesma mente que houve também em Cristo Jesus.” Filip. 2:5 (conforme a versão King James). Quando compreendemos que Deus é nossa Mente, assim como é nossa própria Vida, e O refletimos, nós também podemos curar a doença ou qualquer caso de desarmonia, porque sabemos que a discórdia não tem poder frente à verdade de que há um único poder, o Espírito divino.

A natureza espiritual de Cristo Jesus deu-lhe a capacidade para discernir o homem perfeito criado por Deus, em lugar do homem mortal, doente e desarmonioso. Jesus não se deixava impressionar pelos nomes das doenças para as quais lhe solicitavam cura, ainda que o padecimento viesse de muito tempo. Ia curando toda sorte de doenças e até ressuscitando mortos. Quer a doença tivesse um nome, quer não, era curada, pois representava a dessemelhança de Deus. Jesus sabia que não era verdadeira nem real.

Quando Pedro curou o homem coxo, à porta do templo, disse: “Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” Sabendo que fora o Cristo que havia curado o homem e não ele como mortal, Pedro explicou ao povo: “Pela fé em o nome de Jesus, esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis.” Atos 3:6, 16. Naturalmente, referia-se ao nome, ou natureza, do Cristo, a Verdade, expressada na vida e no ministério de cura de Jesus.

Também nós podemos ser curados e tornar-nos melhores sanadores pela fé no Cristo. Fui curada à época do nascimento de meu filho. Dois meses antes da data em que o bebê era esperado, surgiu um grave problema físico e me levaram inconsciente para o hospital onde eu deveria dar à luz. O médico que me atendeu, diagnosticou a doença como sendo uma infecção nos rins. Disse que nesses casos, apenas sobrevive um, a mãe ou a criança — e, às vezes, nenhum dos dois. Não me deram nenhum tratamento médico. Pela oração consagrada de uma praticista da Ciência Cristã, dentro de três dias dei à luz de maneira normal e harmoniosa, sem nenhuma conseqüência desagradável. Embora o nascimento tivesse sido prematuro, dentro de um ano o bebê tinha alcançado o estágio de crescimento normal para sua idade. É agora um rapaz forte que leva uma vida saudável e ativa. A Ciência Cristã anulara o veredicto das assim chamadas leis materiais.

Essas leis materiais estão sendo constantemente apresentadas a nós pelos meios de comunicação. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy afirma: “A imprensa propaga inconscientemente muita tristeza e doença entre a família humana. Fá-lo dando nome às doenças e publicando longas descrições que refletem nitidamente, no pensamento, imagens de doenças. Um nome novo dado a uma doença afeta o público, tal como um nome parisiense dado a um novo traje. Todos se apressam em possuí-lo.” Ciência e Saúde, pp. 196–197.

Como proteger-nos de cair presas dessas falsas imagens — a não ser que desliguemos a televisão ou o rádio? A maneira ensinada pela Ciência Cristã consiste na recusa a sermos mesmerizados pela crença de que o homem é um mortal, sujeito a crenças de dor de cabeça, artrite, resfriados e assim por diante. O homem é espiritual e não pode ser influenciado, impelido nem compelido a fazer qualquer coisa contrária a sua verdadeira natureza, como filho divino de Deus.

De igual modo, talvez possamos estar atentos para nos protegermos das crenças generalizadas, tais como tensão, envelhecimento ou condições físicas associadas ao clima. Poderia parecer que sempre há alguma doença “se espalhando”. Mas, por ser Deus, o bem, a causa única, Ele não cria a doença nem as condições para esta aparecer, tampouco torna o homem suscetível a ela.

Alguém poderá dizer: “Mas não consigo vencer o mal que me aflige. Talvez eu deva ir a um médico para pedir um diagnóstico, apenas para conhecer o nome da doença e assim saber o que devo combater.” Isso poderia parecer tentador, mas a Sra. Eddy deixou-nos esta advertência: “Um diagnóstico físico de moléstia — porque a mente mortal forçosamente é a causa da moléstia — tende a produzir a moléstia.” Ibid., p. 370. Mesmo não havendo um diagnóstico físico, o mantermos em mente o nome de uma doença propicia o aparecimento de quadros mentais e sintomas relacionados com a doença, o que torna a cura mais difícil. O nome de uma doença pode até evocar pensamentos e sentimentos desesperadores. Embora, às vezes, a atmosfera possa parecer cheia de prognósticos desanimadores, sempre temos o direito, baseados em uma identificação correta, de com decisão não nos deixarmos desanimar. A doença é curada quando o medo que a provoca e a sustenta, é destruído Verdade. O medo não faz parte da natureza de Deus. Logo, não faz parte de nossa verdadeira natureza, como reflexos de Deus.

Vários personagens bíblicos receberam um novo nome, como resultado de alguma experiência enaltecedora. E, no livro do Apocalipse, S. João registra a promessa divina: “Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.” Apoc. 2:17. Cada um de nós pode superar o que quer que não seja realmente verdadeiro a seu próprio respeito e receber um novo nome, ao acordar do falso sonho (o sonho de Adão) de vida na matéria. Então, contemplaremos o Cristo, a verdadeira natureza de Deus, e reconheceremos a perfeição do homem, como filho amado de Deus.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / junho de 1986

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.