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As críticas podem abençoar

Da edição de julho de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Críticas trazem bênçãos maravilhosas: oportunidades de crescimento espiritual! Podemos não só vencer o ressentimento quando formos repreendidos ou criticados, mas crescer em dignidade, autoestima e graça espiritual.

Digamos que o chefe comente que temos de melhorar nosso trabalho. Nossa reação inicial talvez seja: “Ele não gosta de mim”, ou, “Não reconhece mesmo um bom trabalho.” Ora, não temos de reagir dessa forma. Quando oramos por crescimento espiritual, é natural refletirmos: “Será que ele tem razão? Haverá algo a aprender, que me ajudará?” O modo pelo qual agimos frente à crítica mede nossa maturidade espiritual.

Como figura pública bem conhecida, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, era freqüentemente criticada pelo que dizia e fazia. A atitude dela com relação à crítica está bem definida em Ciência e Saúde: “Devemos examinar-nos para saber quais são as afeições e os propósitos do coração, pois só assim chegaremos a saber o que honestamente somos. Se um amigo nos apontar uma falta, ouviremos pacientemente a sua repreensão e daremos crédito ao que nos diz? Não daremos, ao contrário, graças por não sermos ‘como os demais homens’? Durante muitos anos a autora sentiu-se muito grata por censura merecida. O mal está na censura imerecida — na mentira que a ninguém beneficia.” Ciência e Saúde, pp. 8–9.

O comentário da Sra. Eddy nos dá um ponto de partida para quando formos tentados a achar que fomos julgados ou criticados injustamente. Procuremos aprender “quais são as afeições e os propósitos do coração”. A Bíblia diz: “Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus.” 1 João 3:21. O exame de nossos motivos requer análise profunda. O ego humano invariavelmente exclama: “É claro que tenho razão!” Em vencer o sentido mortal do ego, com todas as suas atitudes de justificação própria, está o desafio — e a oportunidade.

A Ciência Cristã revela que Deus, a Mente divina, é o único Ego real, a única Vida que há. Embora todos pareçamos ser mortais e ter mentes pessoais próprias, nossa verdadeira identidade é a de imagem de Deus, o homem espiritual que Deus criou. O sentido mortal de identidade, com todas as suas falhas, é uma ilusão cuja irrealidade vem a ser comprovada por meio de nossa demonstração daquilo que de fato somos: o homem, o reflexo individual do Ego divino, a única Vida, ou Mente. Nossa identidade genuína como o homem de Deus não precisa ser repreendida nem corrigida, já que Deus fez ao homem perfeito. Quando, porém, surgem desafios a contradizer este fato espiritual, temos de provar, como nunca dantes, que somos tal homem.

Orgulho e justificação própria nunca fazem parte do valor e da dignidade autênticos. Não podemos ter orgulho pessoal do valor que Deus dá ao homem, pois Deus outorga perfeição a todas as Suas idéias. Podemos, porém, ficar gratos. É a gratidão por nosso verdadeiro ser o que nos habilita a abandonar a tendência de nos ofendermos quando alguém nos critica. Sabemos que nossa identidade real não tem falhas, porque seu criador divino, Deus, não tem falhas. Utilizemos toda e qualquer ocasião como oportunidade de orar e trabalhar especificamente para vencer algum traço desagradável do pensamento mortal, pois esse traço não nos pertence e, de qualquer modo, não tem valor algum.

Abandonar o sentido mortal do ego que se sente ferido e ofendido nos habilita a contemplar nosso trabalho e nossa identidade de modo mais impessoal e perguntar: “Será que meu trabalho e minhas atitudes expressam o sentido mais elevado de Deus e do homem por Deus criado, que nutro agora?” Nenhum ser humano é perfeito, mas, demonstrar que a perfeição do homem de Deus é o nosso ser genuíno, é disto que consiste a vida.

A crítica construtiva pode, na verdade, ajudar-nos a ver meios de demonstrar de forma mais completa a presença da inteligência e bondade divinas. Por isso, apreciemos a oportunidade de aprender e ser abençoados.

E o que dizer quando analisamos honestamente o coração e concluímos que a repreensão foi imerecida? Talvez uma mensagem proveniente da própria experiência da Sra. Eddy nos ajude. Ela escreve: “O Cientista Cristão não acalenta ressentimento; ele sabe que isso o prejudicaria mais do que toda a malícia de seus inimigos. Irmãos, assim como Jesus perdoou, perdoai vós. Digo-o com alegria: nenhuma pessoa pode cometer uma ofensa contra mim que eu não possa perdoar.” Message to The Mother Church for 1902, p. 19.

Ninguém pode avaliar quão profundamente e, talvez, com quantas lágrimas, a Sra. Eddy deve ter orado para seguir o exemplo de Jesus, de perdão genuíno. Ora, o cultivo dum coração magnânimo é um dos melhores amigos de nosso crescimento espiritual. Traz a ternura, a compreensão, a paciência e a bondade do espírito do Cristo a tudo que fazemos. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” Lucas 23:34., foram as palavras sublimes de Cristo Jesus na cruz, e mostram por que ele foi capaz de vencer a horrível presença da própria morte.

Jesus expressava o Cristo, a idéia divina de Deus, a que nada pode matar. O Cristo tem sua origem no Espírito, na Vida eterna. Por isso, nossa própria demonstração do cristianismo autêntico (o perdão, o amor, a perseverança, que sempre acompanharam a vida de Jesus) significa muito mais do que apenas não se ofender quando criticados ou, mesmo, odiados. As qualidades do Cristo são essenciais ao nosso crescimento espiritual e eventual elevação acima das alegações da mortalidade. Não só são nossos dias mais agradáveis, livres de rancor e ressentimento, mas também a presença do Cristo nos purifica e redime do que é carnal. O caráter cristão é o dom de Deus que nos habilita a abandonar os elementos da mortalidade que precisam ser repreendidos.

Que oportunidade magnífica é a de tomar lições da crítica, seja construtiva ou destrutiva. Uma nos ajuda a aprender e a outra, a perdoar.

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