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Espiritualidade mais profunda, humanidade mais terna

Da edição de agosto de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


É relativamente simples acompanhar os avanços tecnológicos e os melhoramentos nas condições exteriores da vida humana, à medida que a civilização avança. Contudo, um elemento mais importante do progresso talvez não seja tão facilmente mensurável, com observar-se apenas a quantidade e a sofisticação das “coisas” ao nosso redor. Esse elemento tem a ver com a qualidade do pensamento humano e suas conseqüências nas idéias que as pessoas têm de propósito, valor e realização.

Talvez devêssemos levantar outras questões sobre o que realmente significa progresso, ao invés de presumir que ele se define, em essência, por telefones sem fio ou viagens aéreas supersônicas, por mais úteis que tais coisas sejam. Poderíamos perguntar, por exemplo, se há mais alegria verdadeira sendo expressa no mundo de hoje. Com o progresso, isso deveria ser algo facilmente reconhecível. Acaso há mais integridade, sabedoria, santidade, pureza, bondade, paz e amor? Com o progresso, essas qualidades deveriam ser amplamente visíveis, alargando-se tanto na expressão exterior como em sua influência na experiência humana.

Essas qualidades são, em verdade, espirituais. E qualquer grau significativo de progresso do gênero humano tem de levá-las em consideração, pois, sem expandir seu conceito do bem real, a humanidade não vai a lugar algum. Mary Baker Eddy resume numa só frase o que o progresso deveria manifestar. Escreve: “Cada período sucessivo de progresso é um período mais rico em humanidade e espiritualidade.” Miscellaneous Writings, p. 26. Poder-se-ia concluir que, quando “humanidade e espiritualidade” não são muito evidentes, está faltando progresso verdadeiro.

Mas, o que podemos fazer, individualmente? Em verdade, o modo como respondemos a essa pergunta com nossa vida é fator-chave em trazer à luz, para toda a humanidade, esse “período mais rico em humanidade e espiritualidade”. Acaso o progresso do gênero humano como um todo não é constituído da alegria, da paz e do amor de um coração e de uma vida somados a outras vidas, e outras mais, tocando uns e outros? Além do mais, nossa própria demonstração do desenvolvimento individual no campo moral e espiritual permanece como prova sólida de que o dia de hoje dá testemunho de um “período sucessivo de progresso”.

No seu crescimento espiritual, os estudantes de Ciência Cristã voltam-se, com naturalidade, à Bíblia em busca de alimento e orientação espirituais. E o livro-texto, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria da Sra. Eddy, revela ao Cientista Cristão o significado espiritual das passagens da Bíblia e ilumina, na consciência, a natureza real de Deus e Sua criação. Deus é revelado como Espírito divino, onipresente; como Mente onipotente e infinita; como Amor eterno e onisciente. O homem é visto como reflexo puro e perfeito de Deus — a idéia espiritual da Mente, a manifestação inteligente do Amor.

Mediante a oração consagrada, a percepção da verdade espiritual transforma a consciência individual. A ação do Cristo redime e regenera; e, com isso, nós crescemos na demonstração da verdade do ser.

Por outro lado, pode-se dizer também que, na proporção em que somos genuinamente humanitários — genuinamente amáveis, modestos, compassivos, honestos e atentos — nosso coração e nossa consciência ficam preparados para maior espiritualidade. E, à medida que crescemos em compreensão espiritual, vemos acontecer algo maravilhoso — nossa capacidade de ser ricos em humanidade continua a expandir-se. A grandiosidade de um coração em que existe lugar suficiente para incluir outros e compreensão bastante para ver o bem real em cada indivíduo, haverá de incluir, por fim, todo o gênero humano em suas afeições e em sua benevolência.

Se pensarmos estar crescendo espiritualmente e não nos tornarmos mais ricos em humanidade, não estaremos crescendo realmente! Uma espiritualidade mais profunda tem de evidenciar-se na expressão real de um humanismo mais afetuoso. A Primeira Epístola de João, na Bíblia, lembra: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. ... Aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” 1 João 4:8, 20.

A profunda e incomparável espiritualidade de Cristo Jesus tornou-o, também, o mais humanitário dos homens. O Mestre sabia a verdade a respeito do ser espiritual e era livre e poderoso por causa do que sabia. Mas não guardou esse saber para si. Partilhou o que sabia. Ensinou, curou e salvou. Que período de progresso foi introduzido pela vinda do Messias!

Hoje, o Consolador que Jesus prometeu a seus seguidores, aí está para abençoar toda a raça humana. É a Ciência do cristianismo ensinando toda a verdade a nossa era, curando os doentes por meios espirituais apenas e redimindo o pecador com o batismo do Amor divino. E, que período de progresso — “humano e espiritual” — é introduzido pela vinda do Consolador!

Nossa tarefa individual é a de assegurar que o período de progresso em nossa vida se coadune, tão estreitamente quanto nos for possível demonstrar, com o “período de progresso” final já estabelecido pelo Consolador! Nossa alegria, nosso amor, nossa pureza, nossa integridade, têm de se fazer sentir em nós e em outros. Precisamos ser sempre humanitários e compassivos, e estar continuamente dispostos a ser sanadores. O mundo precisa urgentemente tanto de nossa mais profunda espiritualidade como de nossa mais afetuosa humanidade.

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