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Não perca de vista o Cristo!

Da edição de agosto de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Provavelmente a maioria dos cristãos conhecem a história de Jesus, andando sobre o mar da Galiléia. Ver Mateus 14:25–31. No entanto, será que nos lembramos que houve um discípulo que também andou sobre a água? O Apóstolo Pedro, ao ver Jesus, clamou: “Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas.” O Mestre então chamou Pedro, e este saiu do barco e “andou por sobre as águas e foi ter com Jesus”. O relato continua: “Reparando, porém, na força no vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! e, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste?”

Uma das indicações importantes desse relato, é que Pedro realmente andou sobre a água para ir ter com Jesus, até que notou a braveza do mar. Aí, começou a afundar. Esse episódio mostra que é essencial não perder de vista o Cristo, em cada provação ou discórdia da experiência humana!

Neste ponto de sua experiência, quem está preparado para de fato andar sobre a água, como o fez Cristo Jesus? Quem já atingiu esse grau elevado de compreensão espiritual, que lhe permitisse essa ação? Existem, contudo, “águas” sobre as quais podemos aprender a caminhar agora. De certa maneira, podemos considerar a palavra águas como descritiva de todas as perturbações que se dão no cenário da vida humana, estados discordantes tais como a doença, o agir erradamente, e, mesmo, a morte. Existem também as “águas” agitadas do ódio, do medo, da frustração, da raiva, do luto, por exemplo. Como podemos andar sobre essas águas? A Ciência Cristã no-lo ensina. Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy escreve: “É preciso que utilizes o poder moral da Mente a fim de andares sobre as ondas do erro e sustentares tuas reivindicações mediante demonstração.”Ciência e Saúde, p. 455.

Como podemos, então, utilizar esse “poder moral da Mente”? Ao estudar a experiência de Pedro, torna-se-nos claro que, enquanto Pedro não perdeu de vista o Mestre, pôde andar sobre a água. Quando, porém, deu atenção ao vento e às ondas, começou a afundar.

Eis aí a chave de nossa capacidade para caminhar sobre as ondas da discórdia e da luta. Manter em vista o Cristo significa manter o pensamento atento à verdadeira idéia de Deus, e desviar o olhar daquilo que é desarmonioso. Significa ter fé constante na totalidade de Deus, em Sua onipotência, onipresença e onisciência, e saber que nada diferente de Deus tem poder ou presença. Assim o disse Isaías: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.” Isaías 26:3.

Temos de manter nossa fé em linha com o poder tão só da Mente. Não podemos pensar na Verdade e no erro ao mesmo tempo. Temos de pensar numa coisa ou noutra. Ao enfrentar problemas difíceis, uma das maneiras de manter o pensamento apoiado em Deus é, para mim, cantar hinos, louvar a Deus e regozijar-me em Sua bondade sempre presente. A consciência cheia de alegria e gratidão não se deixa fascinar pelos baixios das “águas” perturbadas dos acontecimentos humanos. Mas, não é só olhar rumo ao Cristo, o que importa. Temos de demonstrar o Cristo em cada fase de nossa vida, a cada minuto, a cada dia. Essa é a maneira cristã de não nos afundarmos num mar de problemas humanos.

Há alguns anos, fez-se necessário que minha família e eu nos mudássemos do estado em que vivêramos por grande parte de nossa vida, para outro a quase dois mil quilômetros de distância. Foi uma época de grandes modificações. A mudança exigiu que me aposentasse mais cedo de minha carreira de professora, e deixasse para trás amigos de toda uma vida, exigiu que me retirasse da filial da Igreja de Cristo, Cientista, a qual eu amava sinceramente. Como Pedro, lancei o olhar para as “águas” das modificações materiais e para a turbulência, e tive medo.

Depois disso, algumas semanas após a mudança, meu marido morreu de repente. Realmente, parecia que a maré de minha vida havia baixado! E foi essa história de Pedro que me trouxe consolo. Percebi que tinha de manter o olhar posto no Cristo, e não no quadro material de perda e de tristeza. Deus não se havia modificado. A bondade de Deus está em toda parte, e Deus estava, certamente, tão presente nesse novo local, quanto no anterior. Estes versículos de Provérbios foram de grande ajuda para mim: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” Prov. 3:5, 6.

Quando nos estribamos em nosso próprio entendimento, inevitavelmente lançamos o olhar para as “águas” discordantes do cenário humano. Reconhecer, porém, a Deus, e manter o pensamento fixo em Deus e em Sua benignidade e orientação, significa não perder de vista o Cristo, a verdadeira idéia de Deus. Essa maneira de pensar nos dá a força e a coragem para andar sobre as “águas” das modificações em nossa vida humana.

Não passou muito tempo, surgiram novas maneiras de servir a Deus. Tornei-me de novo membro de uma igreja filial. Consegui colocação como professora num ginásio perto de casa. Em meio a todas essas modificações, minha vida se encheu de novas amizades. A maré de minha vida subiu novamente, e senti-me enormemente grata. Há muito tempo, o Apóstolo Paulo escreveu aos filipenses: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.” Filip. 4:19. A verdade dessa declaração se comprovará se mantivermos o olhar fixo em Deus e obedecermos as Suas leis, confiando em Deus em tudo o que fizermos.

A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Cada prova de nossa fé em Deus nos torna mais fortes. Quanto mais difícil parecer a condição material a ser vencida pelo Espírito, tanto mais forte deverá ser nossa fé e tanto mais puro nosso amor.”Ciência e Saúde, p. 410.

O Cristo está sempre presente para abençoar e curar. Diariamente o Cristo, a mensagem de amor vinda de Deus, nos chega, assim como chegou a Pedro tanto tempo atrás. Em um de seus poemas, “Cristo, meu refúgio”, a Sra. Eddy escreve:

Avisto sobre o bravo mar
O Cristo andar,
E com ternura a mim chegar,
E me falar.Hinário da Ciência Cristã, nº 253.

Sim, hoje podemos andar sobre as “águas” da discórdia, quando mantemos o pensamento firmemente estabelecido no Cristo que cura. Onde mais devemos procurar? Onde mais, encontrar esse domínio e essa paz, repletos da presença de Deus?

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