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O progresso verdadeiro é ininterrupto

Da edição de agosto de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Ainda que nem sempre possamos percebê-lo, o progresso genuíno — o desenvolvimento das idéias corretas — está acontecendo a todo instante. Deus é a fonte e o sustentáculo das idéias espirituais e de seu desenvolvimento. O homem, a idéia mais elevada de Deus — Sua semelhança espiritual e nossa identidade perfeita e verdadeira — incessantemente expressa essa atividade. Mary Baker Eddy explica: “O progresso infinito é o ser concreto, que os mortais finitos vêem e compreendem apenas como glória abstrata. À medida que nos despojamos da mente mortal, ou o sentido material de vida, o sentido espiritual e Ciência do ser vem à luz.” Miscellaneous Writings, p. 82.

Entretanto, existem ocasiões na experiência humana em que o curso ascendente de nosso progresso na compreensão do ser verdadeiro pode parecer invertido, como naqueles trechos em estradas localizadas nas montanhas em que o ângulo da topografia à nossa vista dá-nos a impressão de que a estrada está descendo morro abaixo, quando na verdade está subindo. Nessas ocasiões, ainda que nos empenhemos ao máximo para avançar, a situação aparente poderia fazer-nos acreditar que não estamos indo a lugar algum ou que talvez estejamos mesmo perdendo terreno.

Contudo, se tivermos por objetivo ser melhores discípulos cristãos, despojarmo-nos do sentido falso do ser e revestirmo-nos do verdadeiro — e se nos empenharmos firmemente por alcançar este objetivo dentre os mais valiosos — é impossível haver retrocesso. O desenvolvimento espiritual que é fruto do aprendizado cristão zeloso origina-se em Deus; não pode ser invertido. Como é espiritual, o seu curso não deve ser comparado às tendências da materialidade que parecem estar ao nosso redor. Os altos e baixos destas são ilusões sem significado; o progresso é a realidade.

Ainda que as exigências do aprendizado cristão nunca diminuam, todo discípulo disposto pode sempre atendê-las. Todos podem obedecer aos dois grandes mandamentos enfatizados por Cristo Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. ... Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mateus 22:37, 39.

Não há momento ou circunstância em que alguém tenha de satisfazer algo maior ou menor do que essas exigências. A ninguém é exigido que ame em grau maior ou menor do que o que lhe é possível. Amar Deus e o homem com afeição indivisa, com lealdade e inteligência, constitui o discipulado cristão. Segundo o mandado do Cristo — a mensagem divina à humanidade que foi ensinada e praticada de maneira tão completa por Jesus — o amor a Deus e ao homem é o caminho divino para o céu e todo discípulo cristão o tem de trilhar. E todo avanço em compreender e obedecer as ordens do Cristo nos fazem progredir espiritualmente.

À medida que dedicamos toda a nossa lealdade, energia e trabalho a amar Deus e o homem, elevamo-nos acima da crença em haver vida, substância e sabedoria separadas do Amor. Elevamo-nos mais alto em nossa capacidade de demonstrar que Deus é a única Vida, Alma ou Espírito, e Mente — o único Amor. Percebemos que nossa verdadeira identidade, o homem, é a semelhança de Deus — completa e perfeita, todavia em eterno desenvolvimento. A respeito dessa viagem rumo a Deus, que é de fato um despertar para a realidade eterna, a Sra. Eddy diz: “Cada passo de progresso é um passo mais espiritual.” The People’s Idea of God, p. 1.

Não podemos medir corretamente o progresso espiritual por padrões materiais, tais como riqueza, propriedades, fama, aparência física, simpatia popular ou condições mundanas. Como os sentidos materiais são enganosos, não podem verdadeiramente confirmar quanto crescemos como discípulos cristãos. Mas podemos estar certos de que os efeitos regeneradores, curativos, são visíveis e tangíveis — reais — ao sentido espiritual.

O progresso espiritual traz copiosas bênçãos, embora estas nem sempre se manifestem como talvez estivéssemos inclinados a delinear. Quando desejamos resultados que não obtemos, talvez necessitemos reavaliar nossa posição com respeito ao objetivo final de que a Sra. Eddy faz menção em Ciência e Saúde. Ela escreve: “Para nos certificarmos de nosso progresso, precisamos saber onde pomos nossos afetos, e a quem reconhecemos e obedecemos como Deus. Se o Amor divino está se tornando mais próximo, mais querido e mais real para nós, a matéria se está submetendo ao Espírito.” Ciência e Saúde, p. 239.

Seguir o Cristo, a Verdade, conduz-nos sempre à consecução do bem duradouro: saúde genuína, santidade real e alegria indestrutível. E, mesmo se aparentemente estivermos andando pelos vales da dúvida e do desânimo, ainda assim estaremos indo espiritualmente para a frente e para o alto sempre que nossas esperanças, diligências e expectativas forem depositadas em Deus.

Ciência e Saúde traça o mapa do progresso eterno e nos coloca nesse mapa. Diz: “Cada dia exige de nós provas mais elevadas, em vez de profissões do poder cristão. Essas provas consistem unicamente na destruição do pecado, da doença e da morte, pelo poder do Espírito, como Jesus os destruía. Eis aí um elemento de progresso, e o progresso é a lei de Deus, lei que exige de nós apenas aquilo que com certeza podemos cumprir.” Ibid., p. 233.

Assim sendo, o fato é que estamos incluídos no progresso. Pela compreensão e fidelidade a Deus, reivindicamos nossa unidade com o progresso perpétuo que Deus mantém. Expressamos, em desenvolvimento moral e espiritual, as qualidades divinamente outorgadas que nos são inerentes. E, ao fazê-lo, tornamo-nos cada vez mais capazes de perceber, mediante o sentido espiritual, os sinais dos tempos que verdadeiramente nos rodeiam — sinais que claramente indicam o caminho ascendente do discipulado cristão, por darem testemunho indiscutível do poder curativo e regenerador do progresso verdadeiro.

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