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Onde começa nossa missão?

Da edição de agosto de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Qual é a missão do Cientista Cristão? Apenas melhorar o corpo, enriquecer, adquirir maior comodidade na matéria? Dizer aos demais membros da igreja ou a outras pessoas como proceder?

Não, não é nada disso. Mary Baker Eddy diz claramente: “O objetivo predominante da Ciência Cristã é a cura do pecado ...”Rudimentos da Ciência Divina, p. 2. Como se faz isso?

Não deveríamos começar com o exame honesto de nós mesmos e não de outros? Temos de perguntar-nos com freqüência: “Como estou me saindo em eliminar o pecado?”

Não estou insinuando que a maioria de nós sejamos pecadores empedernidos, completamente imorais. Mas o que dizer das raposinhas, das pequenas tentações que se imiscuem em nossos pensamentos, palavras e ações? Coisas como rudeza, indelicadeza ou teimosia caem na categoria de pecado e têm de ser reconhecidas como tal.

Qualquer coisa que obscureça nosso verdadeiro caráter, o homem perfeito que Deus criou, é pecado. A verdadeira identidade do homem só existe na semelhança de Deus, na semelhança do Espírito e do Amor. Portanto, o homem é realmente espiritual, amoroso, puro e sem mácula. Nisso há verdade a respeito de todo mundo, quer a pessoa se dê conta disso, quer não.

A unidade do homem com Deus, Espírito, Amor, está sempre intata. Para vencermos de fato o pecado em nós, temos de acalentar esse conceito de homem na consciência, viver e trabalhar com ele, reverenciar com o auxílio dele. Seguir por qualquer outro caminho faz-nos errar o alvo, não ver o quadro real.

Como é que podemos ter certeza de não estar perdendo de vista o quadro real, de não estar pecando? Cristo Jesus disse, certa vez, a seus discípulos: “Exultai e erguei as vossas cabeças; porque a vossa redenção se aproxima.” Lucas 21:28. Reconhecer em Deus a única fonte do ser do homem dá a compreensão espiritual que redime toda tendência pecaminosa. Vejamos, por exemplo, a rudeza e a indelicadeza: são manchas em nosso verdadeiro caráter, conceitos errôneos sobre o homem feito á semelhança de Deus, e não são dignos de nós. Não são a verdade acerca do homem criado pelo Amor.

Quando de algum modo somos maus com outros, somos abruptos ou indiferentes para com os sentimentos alheios, não estaremos sendo influenciados pelo pensar errôneo, turvo? Continuamos a considerar a nós e a outros como mortais. Na verdade, uma análise honesta revelará que estamos nos concentrando por demais nos defeitos dos outros e não trazemos o suficiente da luz do Cristo, a Verdade, sobre nós.

A Sra. Eddy, nossa querida Líder, diz-nos com clareza: “Descobre e expulsa de tua própria mentalidade o que é dessemelhante do ‘ungido’; então discernirás na mente de teu paciente o erro que faz com que seu corpo fique doente, e removerás esse erro e descansarás, como o fez a pomba após o dilúvio.”Miscellaneous Writings, p. 355.

Destruamos tudo o que, em nossa consciência, não provenha de Deus, o bem. Façamo-lo pela oração, vendo o homem como Deus o criou. Suponhamos, porém, que, embora orando, ainda não tenhamos um bom sentimento com relação a alguém. Por exemplo, que as ações de alguém ainda nos irritem.

Não é hora de desesperar dele ou de nós. É hora de saber, em oração, que todos, em seu ser real e outorgado por Deus, são perfeitos e completos, bondosos e amáveis, expressando só o bem, de forma inteligente. Afirmamos a verdade até passarmos a entendê-la com maior clareza, até podermos realmente nos regozijar na perfeição eterna da criação de Deus.

Deus não estigmatizou ninguém com uma natureza desagradável, irritadiça ou mal-intencionada. Na realidade, somos todos o reflexo da natureza perfeita do Amor, da natureza eterna do Espírito. Se, às vezes, somos tentados a pensar de outro modo e a reagir, por acaso a verdade será menos verídica? Claro que não!

O que podemos fazer é elevar a cabeça acima da mentira. A Sra. Eddy nos diz: “Dar golpes à direita e à esquerdo contra a névoa não aclara a visão, mas elevar a cabeça acima dela é suprema panacéia.”Ibid.

Não há necessidade de atacar outros, pois nenhum defeito é válido nem é ele a verdade acerca do homem de Deus. Nunca há nenhuma razão justificável para sermos rudes ou indelicados com alguém. Na consciência divina, em que o homem sempre reside, só conhecemos o que Deus conhece. Só expressamos o que Deus é. E Deus é Amor divino, inteiramente bom e amoroso. E isso é tudo, porque Deus é Tudo e o homem existe para sempre nessa totalidade.

Com essa base, temos as ferramentas espirituais para amar mais nosso próximo, para ajudá-lo do modo certo: ajudá-lo a encontrar redenção. Tornamo-nos mais compassivos e pacientes para com suas dificuldades e mais alerta para fazer o necessário a fim de ajudá-lo a despertar espiritualmente.

Mas, o que fazer quando cremos sinceramente que o nosso é o melhor modo? Nesses casos, a oração de Jesus nos serve de exemplo: “Não seja como eu quero, e, sim, como tu queres.” Mateus 26:39. Qual é a vontade do Pai? É o que é bom, aquilo que, a longo prazo, abençoará a todos. Para sermos mais receptivos à vontade do Pai, temos de abandonar a vontade própria. “O que eu quero” tem de ceder ao “que Deus quer”. Destruímos a vontade própria quando vemos que, no reino de Deus, há só uma vontade, a vontade divina. O homem real só pode refletir essa vontade divina; não tem uma vontade à parte, exclusivamente sua.

Enquanto insistirmos mentalmente que as coisas devam ser resolvidas de determinada maneira, estaremos nos atendo à vontade própria. Abrir mão desta nos liberta para ficarmos em paz, sabendo que Deus está no controle, falando a cada um. Vemos que talvez não sejamos nós o porta-voz especial de Deus em certa situação!

Na criação de Deus não há favoritos. Deus não tem expressões superiores ou inferiores. Somos todos iguais porque há uma só criação, na qual está incluído o nosso ser real e o de todos os demais. Tal oração de nossa parte dissolve a vontade própria e deixa-nos mais dispostos a fazer só o que é certo. Abandonamos com maior flexibilidade o que humanamente pensamos ser melhor. Ao invés de bater na mesma tecla e criar um caso, oramos a fim de perceber com mais clareza para onde aponta a direção e orientação de Deus, confiando em que Ele realizará Seu plano para Sua criação.

Esse enfoque amplia nossa perspectiva. Quando reconhecemos haver uma Mente única, Deus, somos capazes de ver as coisas desde o ponto de vista alheio sem comprometermos nossa fidelidade à verdade do ser do homem. Pela paz que sentimos no coração, sabemos que estamos de fato destruindo a vontade própria.

Essa é uma das maneiras de eliminar o pecado em nós. Vemos que não é tanto o que dizemos o que conta, mas sim o que somos é o que traz redenção a nós e inspira a outros. É quão bem vivemos a vida.

Na proporção em que nos apegamos ao que sabemos ser real acerca do homem de Deus, cumprimos nossa missão divina, fazemos nossa parte para curar a crença universal em pecado.

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