Num verão, há alguns anos, ao trabalhar numa construção, tive prova de que o poder e a bondade de Deus estão próximos. Eu e outro homem estávamos subindo uma rampa íngreme, carregando uma viga de carvalho, pesando uns cento e trinta quilos. (A rampa era de madeira, com uns vinte centímetros de largura, e eu estava caminhando de costas.) Ao chegar ao topo, escorreguei. A viga de carvalho caiu em cheio sobre minha perna direita, logo acima do joelho, prensando-a contra o alicerce. A primeira impressão que tive, foi que tinha quebrado a perna, pois não podia movê-la sem sentir muita dor. Mas, lembrei-me logo duma experiência anterior.
Lembrei-me de que minha reação inicial àquela grave situação fora de medo — temera pela minha vida. Isso se deu quando estava servindo o Exército dos Estados Unidos da América no Vietnã e recebi um tiro de metralhadora no quadril. De início pensei que fosse morrer. No entanto, antes que o impacto da bala me atirasse ao solo, inverti mentalmente minha opinião inicial. Declarei com calma: “Deus é minha Vida.” Essa afirmação simples, porém enfática, da onipotência de Deus protegeu-me de maiores danos, embora me encontrasse em meio ao fogo cruzado entre os dois lados.
Quando a batalha terminou, fui examinado. A bala da metralhadora que me derrubara, havia ricocheteado, deixando apenas uma contusão. Fiquei muito grato. (Devo acrescentar que, durante meu treinamento e minha estada no Vietnã, eu estudara atentamente a seguinte declaração da Sra. Eddy no livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany (pp. 149–150): “Lembra-te de que não podes ser levado a situação alguma, por mais grave que seja, onde o Amor não tenha estado antes de ti e onde a sua terna lição não esteja à tua espera.” A verdade dessa afirmação foi demonstrada de modo claro no incidente do Vietnã.
Devido a isso, sabia o que fazer na situação da construção. Mentalmente inverti a crença de que eu podia sofrer um acidente. Quando os outros trabalhadores, todos estudantes de Ciência Cristã, levantaram a viga de carvalho de minha perna, pedi que me trouxessem um exemplar do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde. Uns dias antes eu estivera lendo no livro-texto a resposta da Sra. Eddy à pergunta: “Pensa o cérebro, sentem os nervos, e há inteligência na matéria?” (ver pp. 478–482). Tornei a ler a resposta, que começa assim: “Não! Não, se Deus é verdadeiro, e mentiroso o homem mortal. A asserção de que pode haver dor ou prazer na matéria, é errônea.”
Foi o que bastou para acalmar meu pensamento. O medo e a dor diminuíram. Fiquei onde estava por uns cinco minutos, continuando a ler e a orar. Daí consegui levantar-me e caminhar, devagar, até um telefone, a fim de chamar uma praticista da Ciência Cristã. Conteilhe o que ocorrera e pedi que orasse por mim, segundo a Ciência Cristã. Daí voltei para casa, e continuei orando. Passei o resto da tarde a ponderar a resposta da Sra. Eddy à pergunta ”Pensa o cérebro, sentem os nervos, e há inteligência na matéria?” O progresso veio na proporção em que meu pensamento ficou mais livre.
No dia seguinte voltei ao trabalho, mas não pude trabalhar tão bem quanto queria. Mesmo assim, estava grato pelo progresso feito. Naquela noite, disse à praticista que não precisava mais dar-me apoio em oração.
Daí sentei-me e dei-me minucioso tratamento pela Ciência Cristã. Orei para ver de modo bem claro a substância de meu ser espiritual verdadeiro. Como Deus abarca tudo, inclusive o homem, eu só podia sentir o Amor todo-abrangente. O homem de Deus é criado reto, portanto, em meu ser real, eu nunca havia caído! É impossível crer num poder oposto ao Espírito, e esse fato era e é lei para mim. Continuei a orar dessa maneira. A inspiração elevou meu pensamento e senti-me muito livre.
A gratidão que senti em meu coração, permaneceu comigo ainda nos dias seguintes, sustentando-me quando tinha de erguer mais vigas de carvalho. A cura completa levou cerca duma semana, durante a qual continuei a firmar-me na Ciência Cristã. A cura tem sido permanente.
Boston, Massachusetts, E.U.A.