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Podes dar-te ao luxo de ser generoso

Da edição de maio de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


A maioria de nós faz gosto em dar. Ficamos alegres, quando somos generosos para com a família, a igreja, o próximo. Gostaríamos de enfiar as mãos no bolso e ir-lhe até o fundo sem nenhum sentimento de limitação. Como podemos dar sem qualquer restrição?

A capacidade de dar de todo o coração, sem nenhuma reserva, segue uma compreensão cada vez maior da vasta natureza de Deus, de Sua totalidade. À medida que nossos pensamentos se abrem e percebemos cada vez mais da infinita bondade de Deus, descobrimos que a abundância é natural para Deus e para Sua semelhança, o homem espiritual, nosso verdadeiro eu.

Lembremo-nos, por exemplo, do modo pelo qual nosso Modelo de homem ideal, Cristo Jesus, o Mestre dos cristãos, manifestou os infinitos recursos do Espírito. Jesus multiplicou o bem, alimentando a multidão com apenas uns poucos pães e peixes, e ainda houve sobras! Jesus utilizava uma lei divina de abundância, lei que cada um de nós pode demonstrar, hoje em dia.

É importante reconhecer que, em essência, Cristo Jesus não estava multiplicando matéria. Pelo contrário, dava prova da totalidade do Espírito, a substância real. A Ciência Cristã mostra que a substância não está na matéria limitada, porque Deus é Tudo, e é Espírito.

Podemos então descobrir, por nós mesmos, que a abundância é a evidência da onipresença do Amor divino, e assim vivenciar como a riqueza de Deus jorra sem esforço e incessantemente. A grande bondade de Deus, tal como a luz solar, é gratuita para todos, porque é ilimitada. Cada qual pode ter tudo quanto necessita, sem ter de prejudicar alguma outra pessoa. Nossa própria generosidade, expressa com sabedoria, mostra que compreendemos algo desse fato espiritual.

O ato de dar, corretamente ponderado, nunca deveria depauperarnos. No ato cristão de dar expressa-se a abundância infinita que está à disposição de todos. O amor que dá a todos sem tirar de ninguém, reflete o Amor divino. A verdadeira generosidade não toma emprestado de um bolso para pôr no outro; sua dádiva emana da compreensão da abundância divina.

Acho interessante pensar que, ao desejarmos ser mais generosos, temos nisso uma oportunidade de crescer espiritualmente, de expandir nosso apreço pelo bem. Desejamos alargar o espaço das nossas tendas, por assim dizer. De acordo com o conselho bíblico, temos obrigação de trazer “todos os dízimos à casa do tesouro”. Talvez a limitação seja o “devorador” contra o qual achamos a terna proteção que Deus nos promete, naquele mesmo trecho: “Por vossa causa repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra.” Malaq. 3:10, 11.

Não podemos todos nós vibrar, ao vermos expandir-se um horizonte de amor que inclui a todos na grande bondade de Deus?! Em certa ocasião, ouvi de uma mulher que dizia: ”É Ele outra vez.” E dizia-o sempre que, no decorrer do dia, constatava a presença do bem. E, de fato, é verdade que quanto mais reconhecemos a lei de Deus em operação, tanto mais somos receptivos ao bem. Conhecemos a abundância que respondeu à pergunta feita pelos filhos de Israel: ”Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto?” Salmos 78:19. A Sra. Eddy confirma esta resposta, em Ciência e Saúde, dizendo: “Que é que Deus não pode fazer?” Ciência e Saúde, p. 135.

Talvez surja a ocasião em que nos vejamos confrontados com um apelo tão imperioso à nossa generosidade que nos vejamos forçados a expandir nosso conceito de dar. Talvez nossa filial da Igreja de Cristo, Cientista, se proponha transferir a sede para outro edifício ou mudar a Sala de Leitura. Temos obrigação de dar, o que realmente é uma ordem de crescer. Que parte temos nisso? Haverá necessidade de dar até estarmos bem com nós mesmos? Ou, teremos nisso uma oportunidade especial de ampliar nosso conceito de Igreja? Eis aí uma oportunidade perfeitamente talhada para aumentarmos a nossa compreensão do que é amar e dar, para vermos o suprimento de maneira mais espiritual.

Ninguém está espreitando por cima de nosso ombro para ver o quanto vamos dar. Ninguém nos pressiona a contribuir. Verdadeiramente, nossa contribuição só é conhecida por Deus e por nós mesmos. No sermão de dedicação de A Igreja Mãe, a Sra. Eddy observou: “Nenhuma hipoteca foi feita, nem foi solicitado empréstimo, e os doadores, todos eles, se referiram de modo comovente ao privilégio e à alegria que tiveram, de ajudar a construir A Igreja Mãe. Não houve insistência, súplica, nem foi tomado empréstimo; tão somente foi dada a conhecer a necessidade e apareceu o dinheiro, ou os diamantes, que serviram para erigir este ‘milagre em pedra’.” Pulpit and Press, p. 8.

O progresso de nossa igreja filial evidencia o crescimento individual de cada um dos membros, o resultado de sua noção ampliada daquilo que a Igreja divinamente é. Será que já não sabemos intuitivamente que nossa contribuição individual é, primordialmente, o resultado de nossas próprias orações, a sábia expressão de nosso amor?

“A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede” Ciência e Saúde, p. 583., como o conceito espiritual de Igreja é definido pela Sra. Eddy no Glossário de Ciência e Saúde, não necessita de nosso apoio. Mas, não resta dúvida, necessitamos dar apoio à instituição humana com que se manifesta a idéia divina, a Igreja.

À medida que ampliamos nosso conceito da essência espiritual de Igreja, por exemplo, compartilhamos da sábia visão e do propósito da Sra. Eddy ao fundar a Ciência Cristã: a bênção que esta seria para toda a humanidade. Nosso generoso apoio à Igreja que nossa amada Líder fundou, mostra que temos em alto apreço a missão de curar, de que se acha imbuída a Ciência Cristã.

Muitos de nós podem dar testemunho de que uma compreensão mais ampla de suprimento e de doação acompanha uma crescente compreensão de Igreja. Dessa compreensão mais elevada, com relação à função da Igreja, brota também uma demonstração mais elevada, enaltecendo a humanidade e curando os seus males.

De uma pessoa amiga eu soube que, na época em que sua igreja adquiria uma nova Sala de Leitura, essa pessoa e o marido abriram suas carteiras e contribuíram tão generosamente quanto puderam. Para sua grande surpresa, constataram que, num prazo muito curto, o total doado voltou a eles por inteiro.

Muitas vezes, eu mesma vi meus recursos ficarem plenamente refeitos após um ato de generosidade para com a igreja. Há uma alegria toda especial em descobrir que, quanto mais damos, tanto mais temos. Uma dádiva generosa reflete o Amor que é Deus, e o bem infinito que flui incessantemente do Amor. A doação, quando correta, não é limitada nem depaupera; pelo contrário, utiliza os amplos canais do amor extremoso de Deus.

Há uma nítida correlação entre a capacidade que temos, de dar generosamente, e o que compreendemos do Espírito, ou da verdadeira substância. Na Ciência Cristã, descobrimos que esse Espírito é infinito, ilimitado, irrestrito, e não pode ficar depauperado. Portanto os recursos do homem que é a expressão de Deus, são infinitos; o homem inclui suprimento em abundância. Em verdade, nós somos esse homem.

De maneira que não devemos pensar tanto em obter suprimento; em vez disso, reconheçamos que temos suprimento, dando expressão à nossa unidade com nosso Princípio divino, Deus. Nas palavras da parábola de Jesus, o nosso Pai nos assegura: “Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.” Lucas 15:31.

Podemos ser generosos, quando se expande nosso conceito sobre a abundância de Deus. Nosso horizonte espiritual se alarga e abre nossos corações, e então nossa ação de dar se torna mais desembaraçada, mais desprendida. Não há limites àquilo que divinamente somos, e, assim, não há limites à nossa capacidade de dar. Podemos facilmente dar-nos ao luxo de ser generosos.


Bem aventurado o que acode ao necessitado;
o Senhor o livra no dia do mal.

Salmos 41:1

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