Oro
para livrar-me da complacência —
o estado nem frio nem quente
que torna em tépido tédio
cada tarefa realizada para a igreja.
Perscruto
minha consciência em busca de algum frio
pensamento carente de sentimento que esfria
o ardor de meu primeiro amor
e me ilude
a pensar que a letra nem fria nem quente
possa realizar a obra do fogo do Espírito.
Ainda mais alto elevado
sinto o poder da chama sagrada do Amor
que me desperta da vergonha amortecedora
de encontrar-me
entre o frio e o quente
da Terra da Indecisão.
Compreendo:
O Amor não conhece grau de variação
nem o descambar para ritual ou regra,
mas brilha eternamente com a mesma
intensidade.
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