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Os filhos de Deus

Da edição de janeiro de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Um homem passou, certa vez, diante de um local onde estava por começar uma conferência sobre a Ciência Cristã. O título atraiu-o e ele entrou. Gostou do que ouviu e depois, quando lhe perguntaram se algum ponto em especial lhe havia chamado a atenção, respondeu: "Claro que sim. O orador disse que eu era filho de Deus. Ninguém me havia chamado assim, antes."

Acontece que esse homem era de classe social menos favorecida, e o pensamento de ser filho de Deus teve significado especial para ele. Trouxe-lhe novo sentido de respeito próprio e dignidade. E qualquer pessoa, de qualquer posição social, que comece a se identificar como filho de Deus, isto é, com aquilo que a Bíblia também chama de imagem e semelhança de Deus, descobre que isso lhe dá uma sensação muito profunda de satisfação e faz com que se sinta protegida por uma sabedoria e um poder maior do que sua própria sabedoria ou sua própria força.

"Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus,"  1 João 3:1. a Bíblia nos diz. E a Oração do Senhor começa assim: "Pai nosso que estás nos céus"  Mateus 6:9.. Mas como é possível igualar dois conceitos que parecem tão diferentes, como os filhos de Deus e os filhos dos homens?

O descendente da carne, que comumente pensamos ser, parece sempre restringido por deficiências pessoais, por origem familiar humilde, nacionalidade, posição e outras considerações negativas. Mas a importância de tudo isso, e seu impacto, começam a desaparecer à medida que deixamos o filho de Deus, nossa genuína, amada, divina natureza, brilhar através de todas as nossas experiências diárias: à medida que começamos a pensar como o filho de Deus pensaria, a falar como o filho de Deus falaria e a agir como o filho de Deus agiria.

Não será que tudo isso é pedir demais? Como é que isso pode ajudar-nos a realizar as tarefas mundanas? Importa sentir, através da oração, que nosso eu real não é um mortal inepto ou pecador, mas que a própria semelhança da natureza divina nos proporciona nova noção de equilíbrio e segurança. Capacita-nos a fazer mais do que fazíamos antes. Traz nova dimensão para nossas vidas e purifica nosso modo de ver os outros. Às vezes também traz esta prudente advertência: "O filho de Deus não faria tal coisa!"

Cristo Jesus disse que Deus era seu Pai. Jesus é conhecido como o Filho de Deus, e mostrou-nos que Deus é também nosso Pai, o Amor divino, acessível, de confiança, cujos recursos são infinitos. Como filho de Deus, o homem está sob Seus cuidados. A parábola do filho pródigo, relatada pelo Mestre, na qual o pai assegura ao filho mais velho: "Tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu", Lucas 15:31. demonstra o constante amor do criador por Sua criação.

Jesus não se dirigia ao Pai só quando queria algo, mas estava sempre consciente da presença divina. Não somente aceitava sua unidade com o Pai, mas a valorizava muito. Não desejava ter vontade própria, porque ele se considerava a expressão de seu Pai, obediente à Sua vontade, que é infinitamente sábia.

Deus e o homem, o Pai e o filho, têm um relacionamento eterno. O filho necessita do Pai para guiá-lo e cuidá-lo. O Pai necessita do filho para representá-lo, para dar testemunho de Sua natureza. Nenhum dos dois pode existir sem o outro. A Sra. Eddy escreve: "Se Deus, que é Vida, ficasse por um só momento separado do Seu reflexo, o homem, durante esse momento não haveria divindade refletida. O Ego ficaria sem ser expresso, e o Pai não teria filhos — não seria Pai." E acrescenta: "Mas se o homem reflete Deus, não pode, nem por um instante, ser separado de Deus. Desse modo, a Ciência prova que a existência do homem está intacta." Ciência e Saúde, p. 306.

Tudo isso é particularmente importante no mundo de hoje, com suas disparidades de aspirações humanas e seus conflitos de desejos e interesses. Mas ninguém pode beneficiar-se totalmente ao entender a filiação do homem com Deus, a menos que entenda que cada um tem essa mesma relação com o criador. Cada um dos descendentes de Deus é igualmente importante, igualmente amado, igualmente abençoado por seu Pai. Até mesmo um só vislumbre desse relacionamento produz maravilhoso efeito unificador na experiência humana.

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