Nunca dou ou recebo presentes sem pensar numa pessoa de nossa família que guardou todos os presentes que recebera em dúzias de Natais, aniversários e Dias das Mães. Após seu falecimento, nós os encontramos em armários e gavetas. Aparentemente ela abria os pacotes, olhava o conteúdo e tornava a empacotá-los nos papéis e fitas brilhantes, colocando-os de lado com vistas ao futuro. Esses presentes lhe pertenciam por direito, mas ela nunca fez uso deles nem os desfrutou. Às vezes me pergunto se realmente uso os presentes que me foram dados, particularmente o mais significativo de todos, a mais preciosa dádiva de todos os tempos, isto é, o amor de Deus, que Cristo Jesus revelou a toda a humanidade. Falando a respeito do que Cristo Jesus fez, o livro de João declara: "A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." João 1:12, 13.
Num comentário sobre essa passagem, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã
Christian Science (Kris´tiann sai´ennss), Mary Baker Eddy, faz uma pergunta que nos faz pensar. Isso me fez ver essa dádiva de amor sob uma luz totalmente nova: "É a filiação espiritual do homem uma dádiva pessoal ao homem, ou é ela a realidade do seu ser na Ciência divina?" Miscellaneous Writings, p. 181. Afinal, a Bíblia diznos que Deus criou o homem à Sua imagem. Se, em realidade, somos a imagem e semelhança de Deus, temos uma herança espiritual, refletimos a pureza, a inteireza e a indestrutibilidade da Divindade. A possibilidade de alcançarmos essa compreensão de nossa natureza real e de sermos curados graças a essa compreensão, é o que Jesus, nosso Guia, nos ofereceu mediante seu exemplo e demonstração.
Ao responder à pergunta acima citada, a Sra. Eddy comenta: "Quando compreendermos o verdadeiro direito que o homem tem por nascimento, isto é, de que ele não 'nasceu. .. da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus', compreenderemos que o homem é descendente do Espírito e não da carne; nós o reconheceremos por meio das leis espirituais e não materiais; e o consideraremos como sendo espiritual e não material. Sua filiação, a que se alude no texto, é seu parentesco espiritual com a Divindade: não é, então, uma dádiva pessoal, mas sim a ordem da Ciência divina." Ibid.
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