Transcrito da revista Vogue de dezembro de 1985
“... À nossa volta existe uma fome religiosa incrível. Vejo isso em meu trabalho como professora e como psicóloga. As pessoas que vêm em busca de psicanálise dizem sem rodeios: ‘Perdi meu senso de objetividade,’ ou ‘Perdi o gosto pela vida,’ ou ‘Não encontro mais motivação para o que estou fazendo,’ ou ‘Quero me relacionar com as pessoas, com os acontecimentos, logo me “importo” com o que acontece.’ Os estudantes perguntam com franqueza: ‘Como é que se ora?’ ou ‘Como posso orar melhor?’
“Basta folhear um jornal para se ver essa preocupação com o significado da vida....
“O anseio por um elo espiritual... vem direto ao indivíduo e está bem no íntimo das pessoas. Sentem-no elas como se fora uma fome indefinida, inquietação, uma procura indecifrável. Um homem de sucesso no trabalho disse-me, por exemplo: ‘É só isso?’ querendo dizer, ‘Sucesso’ é apenas isso? Estava lhe faltando algo essencial: A sensação de uma vida cheia de ânimo, uma vida de amor que vem do fundo do coração. A aproximação do final do milênio e a chegada ao ano 2000 influem também sobre esse anseio inquietante. Está para encerrar-se outro milênio e há quem pense que a era moderna está chegando ao fim. Será que outra está se abrindo?”
De uma entrevista com Ann Belford Ulanov por . Cortesia de VOGUE. Copyright © 1985 de The Condé Nast Publications Inc.
Comentário da Redação: Nossa resposta seria: Sim! Sim, algo notável está acontecendo, mas veio o momento em que temos de fazer muito mais do que ler com apreço os sinais dos tempos. É preciso ser os sinais dos tempos. O Evangelho de Marcos coloca isto da seguinte forma: “E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (Marcos 16:20).
