No final do primeiro ensaio do coro universitário, a diretora teceu alguns comentários sobre a música que estávamos cantando e citou um versículo de 2 Timóteo: “Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da Verdade.” 2 Tim. 2:15. A seguir explicou em detalhes como esse versículo se aplicava à nossa atuação. A qualidade de nossa música, ou seja, o controle da voz, a concentração e a harmonia seriam melhores se estivéssemos mais bem sintonizados com a aprovação de Deus e O estivéssemos escutando. Ela gostava de considerar o canto como meio de louvar nosso Pai, ao invés de ser algo para impressionar a platéia.
Essa foi a primeira vez que num ambiente profissional dei com alguém que, de público, afirmasse terem os ensinamentos bíblicos efeito sobre atividades e decisões comuns. Pode-se esperar a ajuda de Deus, literalmente, orando para estar perto dEle.
A mensagem causou impacto todo especial porque eu tinha gasto tanta energia procurando descobrir como obter a aprovação de meus pais. Ao mesmo tempo eu não desejava fazer concessões e tornar-me estranha a mim mesma. Na escola secundária eu fora atraída pela idéia de tocar piano, de escrever ensaios, pelos direitos civis e por acampar, nem sempre o que meus pais tradicionalistas consideravam ser adequado a uma jovem. Quando cheguei à faculdade, as coisas melhoraram um pouco (ou talvez eu tivesse aprendido a agir com algum tato), mas ainda havia desacordo fundamental sobre os valores sociais e o que eles acreditavam ser de interesse para a mulher.
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