Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Uma trilha na floresta

Da edição de março de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


“Conte-me uma história,” disse Daniel, subindo no colo do tio Beto. “Conte aquela história do Camboja, ou seja, Campuchéia.”

Certa vez, o tio Beto tinha ido ao Camboja, que é um país da Ásia. A aventura que ele tivera lá era uma das histórias favoritas de Daniel.

“No último dia de minha viagem ao Camboja, eu fui a Angkor, onde há construções antigas, muito bonitas,” começou tio Beto. “Cheguei ao local de táxi, isto é, num triciclo que lá é usado como táxi. O rapaz que dirigia o triciclo não falava minha língua, nem eu a dele, por isso não podíamos conversar entre nós. Um homem, no hotel, havia dito ao rapaz para me levar às ruínas de Angkor.

“Andamos por uma espécie de rua, vazia, ladeada por estátuas altas. Depois viramos numa esquina e havia floresta por todos os lados.

“O rapaz parou, fez sinal para eu descer e indicou uma trilha na floresta. Eu entendi que era para eu ir por aquela trilha a pé, que ele me esperaria do outro lado. Estava começando o crepúscuìo, mas eu pulei para fora do táxi.”

“Crepúsculo é quando está escurecendo mas ainda não é noite,” disse Daniel.

“Isso mesmo,” confirmou tio Beto. “O céu ainda estava cor de rosa com o sol se pondo. Mas o mato fechado que havia dos dois lados da trilha, não deixava a luz passar. Fiquei surpreso de ver como era escuro, lá na trilha. Logo cheguei a uma clareira onde havia um palácio antigo, vazio. Fiquei olhando uns momentos, depois decidi ir embora.

“Só que era muito escuro para eu atravessar o palácio por dentro e ir ao encontro do táxi, do outro lado. Achei melhor dar a volta por fora para chegar ao lado de lá. Tentei ir por um lado, mas o mato era muito fechado. Não dava para passar.

“'Bem,' pensei, 'deve haver uma trilha pelo lado de cá.' Mas não havia trilha nenhuma.

“A luz do sol estava diminuindo, até mesmo naquela clareira, e eu precisava chegar ao táxi. Corri para o lado que eu tentara primeiro, para ver se, procurando melhor, acharia algum caminho. Nada.

“Teria mesmo que atravessar pelo meio daquele palácio. Entrei, era escuro como breu. Pensei 'Talvez haja cobras aí dentro,' por isso bati o pé com força no chão para afugentar alguma cobra que houvesse.”

Daniel bateu as mãos com força para imitar a batida do pé.

“O que aconteceu, porém,” continuou tio Beto, “foi que, de repente, vuuu!... uma nuvem de morcegos atravessou o salão por cima de minha cabeça.”

“Mas eles não atacaram você,” disse Daniel.

“Não, mas agora eu tinha certeza de que não queria passar pelo meio do palácio. Fui para fora e corri de um lado para outro à procura de algum caminho. Estava ficando mais escuro e eu estava assustado.

“Aí, justamente quando eu estava com mais medo, veio um anjo, um pensamento angelical.”

“É, um pensamento que vem de Deus,” explicou Daniel. Ele havia aprendido, na Escola Dominical da Ciência Cristã, o que a Sra. Eddy diz a respeito de anjos, isto é, que são “Pensamentos de Deus que vêm ao homem” Ciência e Saúde, p. 581..

“Certo,” disso tio Beto. “E o pensamento angelical era que eu ficasse calmo e parasse de correr de um lado para o outro. Então, veio outro pensamento, da Bíblia: 'Não temas ,porque eu sou contigo.'” Isaías 41:10.

“Isso me fez lembrar que Deus está em todo lugar. Por isso, Ele estava bem ali, comigo. Eu não estava só. Podia contar com Ele para me mostrar o que fazer. Não precisava ficar com medo.

“Então tive a idéia de voltar para um dos lados do palácio e olhar de novo. Não precisei correr. Andei até onde começava o matagal e dessa vez afastei os cipós. Na minha frente, apareceu um caminhozinho, uma trilha que quase não se via, no meio do mato. Estivera lá o tempo todo, mas eu estivera afobado demais para vê-la. Quando parei de sentir medo e escutei a Deus, achei o que precisava.

“Agradeci a Deus e segui por aquele caminho em volta do palácio, através da floresta fechada.

“Achei depois outra trilha que levava para fora do palácio e, no fim, lá estava o rapaz com o triciclo, exatamente como ele havia dado a entender.

“O que eu aprendi naquele dia, Daniel, é que Deus está sempre conosco, não importa onde nós estejamos.”

“Eu sei,” disse Daniel, “por isso que é uma história tão bonita!”

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / março de 1989

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.