Meu primeiro contato com a Ciência Cristã
Christian Science (kris´tiann sai´ennss) foi quando estava na faculdade. Uma amiga que é Cientista Cristã convidou-me para irmos juntas à Escola Dominical. Ao lembrar esse episódio, não sei por que aceitei o convite, pois não tinha interesse imediato por religiões. No dia seguinte, o professor da Escola Dominical passou pelos meus aposentos e deixou um exemplar de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy, com um bilhete sugerindo que talvez o livro me interessasse.
Apesar de meu cepticismo, comecei a ler o livro e logo passava horas, todos os dias, lendo Ciência e Saúde. Lembro-me de como fiquei impressionada com a interpretação espiritual da Oração do Senhor, às páginas 16 e 17, especialmente esta parte:
“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; E o Amor se reflete em amor.”
Acabava de ter sério desentendimento com uma companheira de quarto. Embora já não compartilhássemos mais o mesmo aposento, ainda iríamos morar próximas uma da outra, por isso nem imaginava como contornar a situação. Sentia que havia sido “injustiçada” e estava magoada. A afirmação “O Amor se reflete em amor” deu-me um vislumbre de Deus como Amor, o que me possibilitou discernir, até certo ponto, que essa verdade abrangia tanto a ela como a mim. Ao encontrar minha antiga companheira alguns dias mais tarde, notei que o ressentimento tinha desaparecido. Conseguimos conversar com tranqüilidade. Daí por diante, não houve mais contendas entre nós.
Considerando que a perda dessa amizade parecera irremediável, fiquei muito impressionada e continuei a freqüentar com regularidade a Escola Dominical, cujo professor era também conselheiro da organização universitária da Ciência Cristã na faculdade. Fiz-lhe muitas perguntas que me surgiram ao ler Ciência e Saúde. Serei sempre grata pela paciência e gentileza que ele teve ao responder àquelas perguntas todas.
Quanto mais tempo dedicava ao estudo e à aplicação daquilo que estava aprendendo, mais certa estava de que esses ensinamentos faziam sentido. Durante esse período, notei que as tarefas escolares requeriam menos esforço e meu relacionamento com os outros melhorou.
Apesar dessas experiências positivas, ao terminar a faculdade, ocasião em que mudei-me para outra parte do país a fim de começar a trabalhar, desviei-me da prática da Ciência Cristã. Já não me parecia tão fácil aplicar esses ensinamentos no ambiente de trabalho, como o havia sido no mundo acadêmico. Sempre tinha sido um tanto avessa à igreja e a freqüentava agora apenas esporadicamente, pensando que, em realidade, não era necessária. Aos poucos, fui desistindo de ler a lição bíblica delineada no Livrete Trimestral da Ciência Cristã com regularidade. Isso se repetiu durante muitos anos.
Há uns quatro anos, reatei amizade com uma antiga companheira de quarto que também se afastara da prática da Ciência Cristã. Durante a conversa, enquanto jantávamos juntas certa noite, nós duas expressamos considerável insatisfação com o que víamos em nós mesmas. Constatamos que não nos agradava o jeito como as coisas caminhavam e ambas reconhecemos que devia haver algo melhor.
Decidimos tentar um regresso a uma filial da Igreja de Cristo, Cientista, assistindo a uma reunião de testemunhos das quartas-feiras, uma vez por mês, para ver se conseguíamos voltar ao caminho acertado. Concordamos em ir na quarta-feira seguinte. Sentimos não só uma enorme paz, mas também uma elevação espiritual tão grande como resultado daquela reunião, que, a partir daí, fomos a todas as reuniões de testemunhos de quartas-feiras!
Nos meses subseqüentes, por ter eu recomeçado assiduamente o estudo da Ciência Cristã, senti meus dias cada vez mais cheios de paz e propósito. Obtive curas físicas, entre elas a da predisposição para enxaquecas. Melhoraram, outrossim, os relacionamentos com amigos, parentes e companheiros de trabalho.
A maior de todas as conquistas foi vencer a resistência à igreja. Aos poucos, fui ampliando meu comparecimento aos cultos, incluindo agora também os de domingo. Comecei a perceber que a igreja era uma tremenda fonte de fortalecimento para mim, mas também precisava de meu apoio na forma de adesão e participação em suas atividades. Percebi que, enquanto minha participação se limitasse a apenas freqüentar a igreja, eu estava perdendo a oportunidade de dar. Pouco depois, filiei-me n’A Igreja Mãe e numa igreja filial. Constatei que a filiação à igreja é fonte de contínua alegria e inspiração.
Durante esse período todo, comecei a estudar essa religião sistematicamente, a fim de assegurar-me a formação de sólido fundamento espiritual na Ciência Cristã. Adquiri compreensão e apreço mais profundos pelos escritos da Sra. Eddy e aprendi como aplicar os ensinamentos da Ciência Cristã de maneira mais coerente. Isso naturalmente levou-me à decisão abençoada de receber instrução em Curso Primário da Ciência Cristã, o que assentou a base do desenvolvimento contínuo do bem em minha vida.
Fiquei curada de uma febre intermitente que me afligia havia três ou quatro meses. Quando orei para obter uma noção mais clara da harmonia de Deus, a Alma e da ordem do Princípio divino em meus afazeres diários, o mal desapareceu e não voltou mais.
Em outra ocasião, sofri dor violenta no quadril, a ponto de quase não poder caminhar. Também dormir era difícil, pois não achava posição cômoda para me deitar. Solicitei a uma praticista para me ajudar por meio da oração e ela me assegurou que eu era imune a essa tal dor.
O mal persistiu dois ou três dias. Foi então que, numa madrugada, me vieram à mente estas palavras do Hinário da Ciência Cristã (nº 412): “O Cristo rasga o denso véu do erro, / E vem abrir as portas da prisão.” Com esse pensamento, senti-me livre. Pouco tempo depois, a dor desapareceu.
Quando esse distúrbio ressurgiu, algumas semanas mais tarde, querendo reafirmar-se, foi com um versículo da Bíblia que consegui eliminar a dificuldade (Ecles. 3:14): “Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar, e nada lhe tirar; e isto faz Deus para que os homens temam diante dele.” Eu sabia que tinha sido Deus a fonte da cura. Por conseguinte, nada poderia anular Sua obra. Não houve mais problemas com o quadril.
Sou realmente grata à Ciência Cristã e por uma compreensão ainda maior do Princípio infinito, Deus.
Playa Del Rey, Califórnia, E.U.A.
