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Será que o diabo mora debaixo da casa?

Da edição de agosto de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


Algumas crianças disseram a um garoto de quatro anos que o diabo morava debaixo da casa dele. O menino se assustou e contou tudo à mãe. Apesar das palavras tranqüilizadoras que ela lhe disse, o garoto continuou com medo. A mãe, então, percebeu que ele, ao longo da vida, teria de vencer as afirmações malévolas do mundo e que precisava de uma compreensão básica de Deus, a fim de enfrentá-las. A mãe sentia-se grata pela instrução que recebera na Escola Dominical, o que muito a auxiliara a vencer o mal por amar o bem. Portanto, decidiu matricular o filho numa Escola Dominical da Ciência Cristã.

No primeiro domingo, o garoto fez muitas perguntas sobre o diabo. A professora falou-lhe do amor de Deus por Seus filhos e declarou firmemente que não existe diabo, porque tudo o que Deus criou é bom e Ele criou tudo. Depois de sua primeira aula na Escola Dominical, o menino contou à mãe: “Minha professora disse que não existe diabo e ela sabe mais do que aquelas crianças.” Ele continuou na Escola Dominical e já teve várias provas de que Deus cuida dele e de sua própria capacidade de dominar o mal. Agora ele não tem mais medo.

Quão importante é aprendermos a falar com autoridade a respeito da verdade e do erro. A Bíblia diz, a respeito de Cristo Jesus, que ele “ensinava como quem tem autoridade”. Mateus 7:29. E quando Jesus falou sobre o diabo, disse: “Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade.”  João 8:44. A definição de diabo no Glossário de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, diz em parte: “O mal; uma mentira; o erro; nem corporalidade, nem mente; o oposto da Verdade. ...” Ciência e Saúde, p. 584. Se aceitássemos a irrealidade do diabo com a mesma presteza daquele garoto de quatro anos, reconheceríamos que as sugestões más, ou diabólicas, são uma imposição, compreenderíamos que não são nada, não estão em lugar algum, não são representadas por pessoa alguma, ninguém. Assim resistiríamos a elas com autoridade.

A Bíblia inclui exemplos de como Jesus repreendia o diabo e das curas que se seguiam. Relata, também, a experiência de Jesus ao ser “tentado pelo diabo”  Ver Mateus 4:1–11. e seu método de lidar com os argumentos. Jesus experimentou no deserto algumas tentações semelhantes às que sobrevêm a nós. Poderíamos dizer que o diabo tentou fazer da inverdade uma verdade. Mas Jesus optou por repudiar o corpo, a popularidade e o poder pessoal. Suas vigorosas declarações de verdade baseavam-se nas Escrituras. Não havia nenhum “e”, “se” ou “mas”. Nenhuma condição. Nenhuma concessão. Seu compromisso com Deus não podia ser abalado.

Nós também podemos escolher. Mesmo quando parecemos desanimados pelo que vemos ao nosso redor, podemos afirmar, conscientemente e com convicção: “Entre o bem e o mal, só posso fazer uma escolha, o bem, pois como cristão já testemunhei a presença e onipotência do bem, Deus.”

Talvez estejamos como aquele garoto, ainda sem saber que Deus é o bem e é Tudo e está em toda parte. Aí ficamos perturbados e ansiosos. Mas o diabo não existe, só existe a crença, ainda não desafiada, de que há um poder maligno (às vezes denominado magnetismo animal) a nos amedrontar.

Se não asseverarmos nossa autoridade espiritual para destruir os argumentos do mal, eles causam os atritos no lar, onde cada um dirá que a culpa é do outro. Esses argumentos nos fazem crer que ninguém nos ama, ninguém nos quer bem, ninguém nos aprecia e somos desprezados. Fazem a esposa resmungar contra o marido, ou o marido esquecer de elogiar a esposa e expressar-lhe amor. Poderíamos fazer uma lista de problemas que se apresentam na igreja também, tais como: conflitos gerados por confrontos de personalidades ou vontades humanas; crer que estamos tão ocupados, que não dá tempo para receber com afeto ou cumprimentar um visitante; ou, talvez, resistir à idéia de trabalhar para a igreja, de freqüentar os cultos ou as assembléias. No entanto, sejam quais forem os argumentos do erro, ele não faz parte do pensamento de ninguém, mas é uma mentira que precisa ser detectada e corrigida.

Tudo isso indica a necessidade de construirmos, por meio da oração, uma forte defesa para o lar, o casamento e a igreja. Podemos acabar com a insatisfação, o aborrecimento, a busca de prazeres materiais, o sexo pré-marital ou extramatrimonial, ao compreender que procedem do diabo, de uma mentira, ou seja, que absolutamente não são pensamentos do homem.

O que podemos fazer na prática, de modo tangível, para defender nosso lar e nosso matrimônio, é saber que é um engodo o que nos quer fazer crer que o problema está sempre na outra pessoa. A necessidade espiritual é defender o casamento e o lar, porque são essas instituições que o diabo, a mentira, procura destruir. Ao menor indício de desarmonia, ao menor alvoroço de temperamento, à menor onda de irritação, sempre devemos desviar nossa atenção das pessoas envolvidas e defender a instituição do casamento. Podemos orar e defendê-lo com tanto vigor quanto a ursa-mãe defende seus filhotes ameaçados. Experimente. Quando praticado de modo contínuo, esse sistema funciona, silencia as discussões, antes de iniciarem. Introduz o amor na situação humana. Auxilia-nos a ser um alegre raio de luz no lar. Abre o caminho para expressões de amor aos familiares que amamos. E como é importante oferecer, aos que nos são mais caros, o mesmo apreço, as mesmas pequenas gentilezas que tão prontamente estendemos a outras pessoas!

Em Ciência e Saúde, o capítulo sobre o matrimônio tem todo tipo de conselhos úteis, se estivermos dispostos a dar-lhes atenção. Nesse capítulo a Sra. Eddy diz, por exemplo: “Cada qual deveria ter a mais terna solicitude pela felicidade do outro, e o desvelo e a aprovação mútuas deveriam estender-se por todos os anos da vida conjugal.” Todos os anos.

Quanto tempo faz que perguntamos: O que posso acrescentar à felicidade de meu cônjuge? Como posso lhe dar maior apoio? Que qualidades reforçariam nosso relacionamento? Na mesma página da citação acima, a Sra. Eddy enfatiza: “Esposos, ouvi isso e lembrai-vos de que uma só palavrinha, ou um só gesto delicado, pode renovar os velhos tempos de namoro.” Ciência e Saúde, p. 59.

Nós mesmos podemos pôr em prática o que desejamos ver expressado pelo outro. Podemos simplesmente amar mais sinceramente. Com efeito, é o amor que reduz o atrito nas relações e comprova que o diabo não mora debaixo, nem dentro de nosso lar, nem em lugar algum.

Do mesmo modo podemos encarar as atividades em nossa igreja. Em verdade, a igreja é um campo de treinamento para aprendermos a praticar o cristianismo, para amar mais, ser paciente, compassivo, misericordioso, compreensivo e até mesmo longânimo. No momento em que você é tentado a acreditar que o conflito é causado por alguma pessoa, você pode defender vigorosamente a instituição da igreja. Se você acha que não sabe como fazê-lo, pergunte a Deus. Ore a Ele e adquira uma compreensão mais clara da Igreja como idéia espiritual. Deus sustém a Igreja no Seu amor.

Ao menos uma das vezes que leio a lição bíblica Ver o Livrete Trimestral da Ciência Cristã. da semana, gosto de aplicar as citações que a compõem, à igreja e aos meus pensamentos sobre os membros e suas atividades. Esse estudo é fonte inesgotável de renovada inspiração e de compreensão que mantém nossa oração esperançosa, eficaz e frutífera. Então podemos, confiantemente, declarar a verdade a toda mentira e observar como a verdade cura.

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