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Uma vasta audiência na África, em partes da Ásia e na Europa recebe por rádio de ondas curtas The Herald of Christian Science. Achamos que nossos leitores que ainda não tiveram a possibilidade de ouvir essas transmissões, gostariam de ler, de vez em quando, trechos desses programas radiofônicos.

PROGRAMA N° 27

A cura do preconceito

Da edição de março de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


Locutor: Este programa é The Herald of Christian Science, levado ao ar pela Sociedade Editora da Ciência Cristã, a atividade editorial, em escala mundial, d'A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, Massachusetts, Estados Unidos da América.

Derek: Olá, meu nome é .

Wanjohi: E eu me chamo Sejam bem-vindos ao programa The Herald of Christian Science.

Derek: Hoje vamos falar sobre fraternidade e sobre uma das coisas que mais a ameaça: o preconceito.

Wanjohi: É claro que nos sentimos muito gratos pelas pessoas que compreendem como é importante reconhecer a fraternidade entre os homens.

Derek: Exato. Há pouco tempo, tivemos um exemplo disso aqui em Boston. Enquanto entidades oficiais tentavam pôr fim àquilo que era considerado discriminação na administração de um projeto de habitação social, um grupo de pastores e leigos de vários credos religiosos organizaram um serviço religioso ecumênico, para orar pela fraternidade e pelo fim do preconceito na cidade.

Wanjohi: Falamos com dois dos participantes desse encontro, acerca do que pensavam sobre o preconceito. Ouçamos os seus comentários.

Rodriguez: Chamo-me sou presidente da Comissão contra a Discriminação no Estado de Massachusetts. Estou ligado à execução das leis dos direitos civis. Não sei se sabem que o preconceito e a discriminação raciais são um problema de entendimento. Não vás lá porque aquelas pessoas são perigosas. Não mores ali porque aquelas pessoas são sujas. Ou não mores ali porque eles não adoram o teu Deus. Isso é medo, ignorância. É um fator cultural, mas não um processo da razão.

Rev. Borders: Sou o Reverendo da Igreja Batista Estrela da Manhã, em Mattapan, Massachusetts. O preconceito existe quando as pessoas não desejam ver-se envolvidas ativamente mente nas vidas dos outros, de maneira que possam aprender quais as diferenças e quais os seus pontos de vista em comum. Poderiam assim avaliar e apreciar o bem e o mérito humano. A ignorância tem muito a ver com o preconceito. Algumas pessoas não têm o desejo de aprender, não querem alterar essa mesma ignorância. Existem também aqueles que preferem não ter opinião própria e seguir a de outra pessoa, agindo de acordo com a opinião dessa pessoa, em vez de usarem seu próprio raciocínio.

Wanjohi: Muito obrigada, Sr. Rodriguez e Reverendo Borders.

Derek: Acho que foi interessante ver como ambos sentiram que o preconceito é, de alguma forma, o produto da falta de raciocínio ou de compreensão. Em poucas palavras: que tememos ou odiamos alguém devido à nossa ignorância.

Wanjohi: Consequentemente, pessoas, ponderadas não agiriam desse modo, mas levariam realmente a efeito a idéia de amar o próximo como a nós mesmos, como Jesus nos ensinou.

Derek: No programa de hoje vamos conhecer [uma] Cientista Cristã que orou para pôr termo ao preconceito na [sua vida], para alcançar uma compreensão maior da natureza espiritual de [seu] próximo e [de si própria].

Wanjohi: Ouviremos o relato de uma senhora sul-africana, cujo amor pelo seu semelhante venceu algumas das restrições do "apartheid". .. Sabem como é, às vezes, apreciar o nosso próximo não parece tarefa muito fácil ou praticável, especialmente quando nos trata injustamente.

Derek: A nossa convidada achou, à luz do mandamento de Jesus "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" Mateus 19:19., que tinha de examinar o modo como encarava os outros. Um dos nossos colegas, está conversando com ela.

Edna: Chamo-me Sou de Mitchell's Plain, na Cidade do Cabo, África do Sul. Foi-me oferecido, inesperadamente, um emprego para o qual, no país de onde eu venho, na África, só se tomam pessoas brancas. Eu passei a trabalhar nesse lugar, mas não me misturava com ninguém que fosse branco, porque. .. .

Paul: Isso era norma. .. ?

Edna: É lei, na África do Sul. É a lei do apartheid, que significa lei da "separação".

Paul: Quer dizer que, essencialmente, você estava sozinha.

Edna: Sim, eu chegava, ia para o meu gabinete, fazia o meu trabalho, mas não utilizava as instalações, não utilizava os sanitários deles e não participava de suas festas nem de nada do gênero. Eu achava a situação bastante desafiadora, pois embora estivessem contentes com meu trabalho, a questão da minha cor constituía um problema.

Paul: As pessoas eram abertamente hostis?

Edna: Muito hostis. Quando eu entrava, as pessoas nunca me cumprimentavam, nem nada.

Paul: Então, quer dizer que precisava de muita coragem só para se encaminhar para o seu próprio local de trabalho.

Edna: E de que maneira! Isso fazia-me ficar tão triste! Eu sentia bastante dificuldade em amar. Meu pensamento era: como é que eu posso amá-los se, ao que parece, eles não me amam? Mas depois pedi ajuda a uma praticista da Ciência Cristã.

Paul: O que é que um praticista da Ciência Cristã faz?

Edna: Um praticista da Ciência Cristã é uma pessoa que ora e que cura através da oração, volvendo-se a Deus. Tive também de estudar todas as manhãs a Bíblia e o livro Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy, para [me ajudar a compreender] que Deus está no controle e que Deus é a única presença. Foi então que me pareceu bastante claro que se eu me intitulava Cientista Cristã, isso implicava que tinha de provar e de demonstrar essa Ciência, demonstrar esse amor. Tinha atingido o ponto em que eu compreendia que o que era importante era o meu pensamento e que. .. .

Paul: O seu pensamento acerca de quê?

Edna: O meu pensamento acerca do homem. Se eu continuasse a encarar os outros como tendo atitudes de separação para comigo, eu iria receber isso de volta. As pessoas iriam tomar atitudes de separação para comigo. O que me era exigido era que eu expressasse a natureza de Deus, que, efetivamente, apenas amasse. O. .. mandamento que Jesus nos deu, foi: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Então, se eu pretendesse que minha vida fosse agora real e verdadeiramente dependente dos ensinamentos de Cristo Jesus, eu teria que demonstrar isso mesmo, em toda a sua plenitude, amando-me a mim mesma como filha de Deus e amando o meu próximo como a mim mesma. Percebi que, assim agindo, tornou-se me mais fácil amar aos outros e vê-los sob o mesmo ângulo sob o qual eu me via a mim mesma. Resolvi, portanto, entrar no escritório de manhã com essa idéia no pensamento e cumprimentar toda a gente. Não me importava se eles me cumprimentassem ou não. Continuei a fazer isso e nunca hesitei em fazer o bem sempre que uma oportunidade se me apresentava. Fazia o bem de todo o coração; não por uma questão de justificação própria, mas por uma questão de amor.

Paul: E viu alguma mudança nos seus colegas de trabalho?

Edna: E que mudança! Eu tinha o cuidado de tratar todas as pessoas por "senhorita fulana-de-tal", ou "senhora" ou "senhor". Re-cordo-me de que um dia eu disse: "Bom dia, dona. .. . " E ela vol-tou-se e disse-me: "O meu nome é Ana, quero que me trate somente por Ana." Pode ser que para muita gente esse acontecimento não tenha grande importância, mas para mim significou muito, pois eu sabia que isso correspondia ao modo diferente pelo qual ela me via. Após alguns meses, recebi uma carta do meu chefe, agradecendo-me pelo meu trabalho. Aquilo que mais me inspirou, foi o fato de que ele escreveu na carta todas as qualidades que eu estava me esforçando por expressar. Ele agradeceu-me pela mansidão no meu trabalho, minha gentileza e minha alegria.

Paul: Quando aceitou o trabalho, aceitou-o com o espírito de ajuda?

Edna: Exatamente. Meu desempenho nesse emprego abriu a porta, proporcionou uma oportunidade para muitos negros, uma vez que no passado não era permitido aos negros trabalharem ali. Com minha presença tive a oportunidade de pedir à seção de pessoal que aceitasse pessoas negras como empregados. Na ocasião em que me demiti, havia cinqüenta negros que trabalhavam lá.

Paul: Portanto, isso quebrou todos os tipos de barreiras.

Edna: Sim. Posso dizer em verdade e com autoridade que, na ocasião em que saí do meu emprego, depois de lá trabalhar três anos, amava toda a gente naquele prédio e todos me amavam.

Paul: Muito obrigado, Edna.

Edna: De nada, tive muito prazer.

Se o leitor deseja ouvir um programa completo de The Herald of Christian Science, pode escrever pedindo uma lista das freqüencias de ondas curtas da sua área. Letterbox; P.O. Box 860, Boston, MA, E.U.A. 02123

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