Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

A nova aliança: promessa que se cumpre

Da edição de março de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando as pessoas querem deveras alguma coisa, dispõem-se a muitos sacrifícios para consegui-la. Quem hoje em dia se empenha em reduzir a violência contra a mulher, ou na proteção do meio ambiente, ou em apoio ao menor abandonado, por exemplo, está predisposto a sair de sua comodidade, no afã de cumprir a promessa de realizar aquilo que eles percebem que pode e deve ser realizado.

A realização de tal promessa, ou visão, e a disciplina necessária para se alcançar esse ideal estão, muitas vezes, estreitamente relacionadas. Naquela relação entre Deus e o Seu povo, conhecida como a aliança, a Bíblia nos descreve um relacionamento que inclui tanto a promessa, como o dever de suma abnegação. No monte Horebe, Deus faz saber aos filhos de Israel a Sua lei, para que a cumpram. Promete-lhes bênçãos, se obedecerem a ela. Exige deles que recusem confiar em falsos deuses.

Até mesmo quando os israelitas deixavam de cumprir a lei, os profetas ressaltavam o constante amor e a misericórdia de Deus. Jeremias, por exemplo, refere-se a uma "nova aliança", de natureza mais íntima, entre Deus e o povo. Ver Jeremias 31:31-34. "Esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo."

Com essa nova aliança, os homens conhecerão a Deus quando se dispuserem a viver segundo as Suas leis. Assim, lhes serão perdoados os pecados. Cristo Jesus deu cumprimento a essa profecia com sua vida e seus ensinamentos. Não revogou a lei mosaica, mas construiu sobre ela, cumprindo a lei por amor a Deus e à humanidade. A vida dele foi de total abnegação, em obediente resposta à vontade de seu querido Pai.

Jesus mostrou, com mais clareza do que ninguém antes dele, que a verdadeira natureza do homem, na semelhança de Deus, é espiritual e impecável. Conhecia o amor de Deus e vivenciava esse amor, existente no âmago de seu ser como o Filho de Deus. Trouxe à luz o Cristo, sua natureza divina e humana e mostrando a contínua relação que há entre Deus e o homem. Em sua amarga experiência na cruz, Jesus deixou claro que essa relação é indestrutível.

O apóstolo Paulo descreve qual o impacto que teve, na sua própria vida, essa nova compreensão do amor de Deus. Declara que, embora desejoso de obedecer à lei de Deus, "na carne" encontrava-se ainda no cativeiro do pecado. É no contexto desse dilema que ele apela para a vida de Cristo Jesus e encontra nela a resposta, pois a vida humana de Jesus, destituída de pecado, dá prova de que o pecado não é parte intrínseca da natureza humana. Paulo conclui que não há nenhuma condenação para os que caminham na senda do Cristo, porque a Verdade nos liberta de todos os desejos carnais. Escreve: "A lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte." Romanos 8:2.

Podemos aprender, como Paulo, que nos aproximamos do Cristo mediante a auto disciplina, a temperança e a pureza. Apercebidos da influência ativa do Cristo na consciência, espiritualizamos nossos motivos e desejos. Gradativamente, rechaçamos as crenças pecaminosas da vida carnal, separada de Deus. Assim encontramos a realidade e a liberdade da vida no Espírito.

Por ocasião da última ceia, Jesus convidou seus discípulos a partilharem com ele do mesmo cálice. Disse ele: "Isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados." Mateus 26:28. Não lhes ocultou seu sacrifício, a fim de mostrar-lhes como se destrói a crença no pecado.

No capítulo "Reconciliação e Eucaristia" do livro Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy elucida a significação profunda do sacrifício de nosso Salvador e de sua vitória final sobre a mortalidade. Levanta estas questões pertinentes: "Cristãos, estais bebendo seu cálice? Participastes do sangue da Nova Aliança, das perseguições que acompanham uma compreensão nova e mais elevada de Deus? Caso contrário, podeis então dizer que comemorastes Jesus no seu cálice?" Ciência e Saúde, p. 33.

Certa mulher, que com muitos sacrifícios cuidara da avó e da mãe, encontrou-se subitamente sozinha quando as duas senhoras vieram a falecer no mesmo ano. Escreveu: "Uma noite, eu, cheia de comiseração própria, me sentei ao ar livre e me pus a olhar para as estrelas, pensando: 'Agora não tenho mais ninguém para amar.' Logo, no entanto, sobreveio a resposta surpreendente: 'Ora, posso amar a humanidade!' Isso mesmo. Ao invés de permanecer engolfada em comiseração própria, comecei a pensar profundamente de que maneira eu podia amar a humanidade. Frente a esse pensamento singelo, a tristeza se desfez."

Prosseguiu ela: "Desde aquela noite, sempre que em meu desalento eu orava a Deus e Ele me respondia com Sua mensagem de amor, estive muito ativa, ocupada na aventura de refletir e expressar a Mente e o Amor, amando o mundo e a humanidade. Ao obedecer a essa orientação divina, também fui abençoada, pois as mesmas qualidades que procurei manifestar, paz e serenidade, bondade e amor, vieram ao meu encontro na minha própria vida, de muitas maneiras imprevistas e jubilosas." Christian Science Sentinel, 31 de outubro de 1988, pp. 20, 22.

Também nós podemos descobrir com júbilo que a nossa relação com Deus se torna ainda mais real, quando participamos "do sangue da Nova Aliança", quando abandonamos a noção mortal e limitada do ser e permitimos ao Cristo que nos governe os pensamentos e o coração.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / março de 1990

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.