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Se eu retardar ainda mais o relato de meu testemunho, continuarei...

Da edição de março de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


Se eu retardar ainda mais o relato de meu testemunho, continuarei a ser como os nove leprosos curados por Cristo Jesus, os quais não expressaram agradecimento pela cura que tiveram (ver Lucas 17:11-19). Minha família e eu fomos abençoados e curados na Ciência Cristã muitas vezes, pelo que sou profundamente grato.

Quando criança freqüentei uma Escola Dominical da Ciência Cristã até os dezesseis anos. Nessa altura abandonei a Ciência, influenciado por intelectualismo e pressão social. Durante a Segunda Guerra Mundial, estando alistado no Exército, eu fumava, bebia e agia de modo muito diferente daquele em que fora ensinado. Apesar disso, aceitei um pequeno conjunto de bolso composto pela Bíblia e a correspondente edição de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, ofertado pela Comissão da Ciência Cristã de Apoio às Forças Armadas em atividade durante a guerra. Esses livros me acompanharam na frente de batalha, em geral na mochila.

Em 1943, na Sexta-feira santa, eu estava com um regimento blindado estacionado na Tunísia e havíamos nos abrigado durante a noite nos morros a oeste de Túnis. Sem razão aparente, acordei muito cedo (nosso plano era sair dali à tardinha) e li o salmo noventa e um na Bíblia e a "exposição científica do ser" em Ciência e Saúde (ver p. 468). Meus colegas tinham expressado muito medo e a leitura acalmou meu medo. Na noite anterior alguns dos soldados haviam participado de um culto de comunhão do qual eu me sentira excluído e essa leitura foi a maneira de me comunicar com Deus em oração.

Pouco depois de nos termos posicionado atrás de alguns morros, fomos atacados por cerrado fogo de morteiros. Impossibilitados de nos mover até aos flancos por causa dos campos minados, tivemos de permanecer ali e suportar o ataque. De repente, um tiro perdido ateou fogo aos cobertores enrolados dispostos na parte externa do meu tanque. Chamei um colega e juntos saltamos do tanque e conseguimos extinguir as chamas com extintores de incêndio e pás de areia. Então ocorreu outro ataque e nos atiramos rapidamente ao chão, se bem que tarde demais, pois fui atingido.

Acordei uns vinte minutos mais tarde pensando nas primeiras frases da "exposição científica do ser": "Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo." Essas palavras de Ciência e Saúde, que eu lera cedo naquele dia, eram lidas no encerramento de cada aula da Escola Dominical da Ciência Cristã, que eu freqüentara com regularidade muitos anos. Naquela altura elas vieram à minha consciência para me abençoar.

Cheio de força e confiança levantei-me do solo e saltei para a torre do tanque. Minha roupa estava muito danificada e o operador de rádio virou-se para mim alarmado e exclamou: "Você está bem? Pensamos que estivesse morto!" Nesse momento o comandante do esquadrão chamou pelo rádio para indagar sobre o que estava acontecendo, dizendo que o operador havia me dado por morto. Assegurei-lhe que estava bem e podia continuar em ação. Ele ordenou que me apresentasse para um exame médico assim que houvesse oportunidade.

Com firmeza alegrei-me na recente descoberta da verdade que eu acabara de vislumbrar com tanta clareza. A nitidez e a simplicidade daquela verdade permaneceram comigo durante muito tempo e essa mesma verdade ajudou a curar outros problemas nos anos seguintes.

Naquele dia, depois que a batalha terminou, quando o oficial médico do regimento finalmente chegou até o nosso esquadrão, ele encontrou os pedaços do cachimbo que eu usara até então e uma cigarreira estilhaçada no blusão que eu vestia durante a batalha. Mas por dentro, nos bolsos da camisa estavam os dois pequenos livros, ainda intatos e passíveis de uso. Eu os colocara ali depois de os ler naquela manhã. Havia um pequeno corte na capa de couro do exemplar de Ciência e Saúde, mas o livro não estava danificado e ainda fiz uso dele muitos anos depois disso, em conjunto com a pequena Bíblia. De acordo com a opinião do médico, os dois livros tinham absorvido o impacto do fragmento da bomba, me deixando apenas com leves escoriações. Um estilhaço de granada com aproximadamente seis centímetros de comprimento caiu da minha roupa. O comentário dele foi: "Isto é um milagre!"

Algum tempo depois fiquei tentado a pensar que tudo fora uma coincidência, uma questão de sorte, que fizera com que os livros estivessem no lugar certo na hora certa. Então encontrei esta declaração em Miscellaneous Writings de autoria da Sra. Eddy (p. 100): "A Ciência fala quando os sentidos estão calados e então a Verdade eterna triunfa. O monitor espiritual compreendido é a coincidência do divino com o humano, o pináculo da Ciência Cristã."

Durante a época em que estive na Segunda Guerra Mundial, minha mãe, residente na Inglaterra, estava ingressando na prática da Ciência Cristã. Mais tarde fiquei sabendo que quando eu estava na Tunísia, na noite anterior à Sexta-feira santa, mamãe acordara repentinamente com uma profunda sensação de medo quanto à minha segurança (ela não tinha conhecimento exato de minha localização devido às restrições de informação durante a guerra). Ela ficou acordada orando. Mais tarde, quando comparamos as horas, considerando a diferença de fusos horários, descobrimos que ela estivera orando no preciso momento em que eu estava sob fogo cerrado.

Desde a minha cura do uso de álcool, tabaco e medicamentos, ocorrida depois da experiência militar que relatei, minha família e eu tivemos muitas outras curas, entre as quais queimaduras severas e efeitos de acidentes. Ao longo de um período de quarenta e quatro anos, perdi apenas algumas horas de trabalho por motivo de saúde.

Estou muito feliz por testemunhar o "monitor espiritual" da verdadeira coincidência e por ser estudante aplicado da Ciência Cristã desde 1946.


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