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A oração nunca está aprisionada

Da edição de julho de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


Dentre As Inúmeras pessoas tiranizadas durante a Segunda Guerra Mundial pelo regime nazista, havia uma mulher, aprisionada por ser Cientista Cristã. Seu relato relembra as histórias bíblicas.

Contou como ela e outra prisioneira, também Cientista Cristã, decidiram, a certa altura, realizar um culto religioso na cela. Ao entoarem um hino, o guarda enfureceu-se e, irrompendo na cela, gritou com elas. O relato continua: “Quando ele saiu, a reação de minha companheira foi: ‘Agora sim, teremos mais problemas!’ Cheia de convicção, respondi: ‘Nada de mal nos sobrevirá. Deus está conosco!’ Na manhã seguinte, a porta de nossa cela foi aberta e fomos postas em liberdade.” Christian Science Sentinel, 25 de setembro, 1989, pp. 44—45.

Neste mundo, de fato é comum acabarmos em apuros, pelo menos temporariamente, quando defendemos um ideal espiritual. Por obedecermos à nossa consciência, talvez entremos em choque com a vontade de outra pessoa ou com o consenso geral da época. Se, de início, nos acomodássemos ao que está sendo ditado, evitaríamos encrenca e tudo poderia ser mais pacífico. Ora, medir o que quer que seja por esse tipo de “paz” ou por esse tipo de “problema” é extremamente enganador. A Bíblia, repetida e enfaticamente, ensina essa lição.

O profeta Jeremias, por exemplo, foi lançado num calabouço, por causa de suas perturbadoras visões. Quando parecia que ia morrer de fome, foi tirado de lá. Por fim, foi libertado pelo rei conquistador, o rei da Babilônia, acerca do qual ele tentara com tanta fidelidade avisar o agora derrotado rei de Israel.

Não seria de se esperar que, após séculos de tentativas para silenciar as vozes dos ideais e convicções espirituais com ameaças de prisão, os seres humanos já tivessem desistido dessas tentativas? Mas apesar disso, o ideal espiritual permanece livre e expande-se em influência e atração. Também liberta os inocentes que a ele se apegam muitas vezes, tanto física como mentalmente. Isso talvez se dê porque o ideal espiritual é, por natureza, irrestrito.

Sabemos que, quando alguém não serve a nenhum outro senhor, a não ser a verdade, essa pessoa é extraordinariamente livre. Mas talvez não tenhamos pensado o suficiente sobre o fato de a verdade ser mais do que um ideal abstrato. É um componente ativo do homem e do universo do Espírito divino. Sem ela, fracassamos. Com ela, somos sustentados e desfrutamos de seu efeito libertador.

Quando alguém está a serviço da verdadeira idéia de Deus, confiando em Sua realidade acima de tudo, esforçando-se por conhecer Seu poder e Sua presença, brota uma convicção, calma e racional, que ultrapassa medos e ansiedades comuns. Perseverar em servir a essa verdadeira idéia de Deus, a qual os Cientistas Cristãos chamam Cristo, não nos cria “mais problemas”, mas acaba por evidenciar mais da ordem, justiça e bondade de Deus para todos.

Hoje o ideal da cura cristã não está sujeito a ser destruído por meio de distorção e falsa representação ou por ameaça de aprisionamento, assim como não o estava no primeiro século do cristianismo. Conquanto naquela época houvesse os que se opunham a ele devido ao materialismo cego e à sua própria natureza agressiva, a oposição mais grave proveio daqueles que achavam, sem sombra de dúvida, estarem agindo em prol da ordem pública, para o bem de todos. Eles apelidaram Paulo de “homem pestilento”. Mas Paulo, como tantos outros personagens bíblicos, estava na verdade a favor do bem geral, inclusive do daqueles que pareciam se lhe opor. Quando ficaram livres para sair da prisão, Paulo e seu companheiro cristão, Silas, ficaram para proteger a vida do carcereiro e partilharam com ele o que sabiam do significado do Cristo.

Mary Baker Eddy, a Fundadora da Ciência Cristã, compreendeu que levantar a questão da cura cristã poderia originar uma agitação considerável. No início de um de seus mais notáveis sermões sobre o assunto, dado em Boston, ela disse: “Pedimos, em nosso egoísmo, que se esperasse até que a época avançasse para uma religião mais prática e mais espiritual, antes de debater com o mundo o grande tema da cura Cristã; mas a resposta que recebemos foi: ‘Então não haveria cruz a carregar e menos necessidade de publicar as boas-novas.’ ”

O tema da praticabilidade da cura Cristã não constitui um embaraço, nem é um infortúnio que seja alvo de atenção pública no momento. Esse tema não poderia ser mais importante do que agora, não apenas para a fé dos Cientistas Cristãos, mas para todos. A expectativa de que Deus faça uma diferença prática na vida das pessoas tem de continuar a sustentar a esperança de cada um, para que a religião tenha futuro. É uma expectativa que está intimamente relacionada com a crescente aceitação da natureza espiritual do homem. E a compreensão crescente da natureza espiritual do homem é hoje extremamente vital para a segurança e realização da humanidade.

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