Locutor: Este programa é O Arauto da Ciência Cristã, levado ao ar pela Sociedade Editora da Ciência Cristã em Boston, Estados Unidos da América.
: Em nossas entrevistas falamos com pessoas de todos os tipos e de todas as partes do mundo: homens de negócio, esportistas, professores ...
: engenheiros, arquitetos, atores, artistas...
Deborah: Quer sejam esposas e mães, ou exerçam qualquer outra profissão, todas essas pessoas têm algo em comum, ou seja, quando oram realmente sentem a presença de Deus junto de si.
Derek: Não apenas no sentido de pedir a Deus que faça algo por elas ou para resolver uma crise.... Essas pessoas reconhecem, realmente compreendem, que a bondade de Deus é um socorro sempre presente, ao alcance de todos, já.
Deborah: É verdade, mas antes de mais nada, vamos fazer uma pausa para as apresentações. Meu nome é Deborah Hand.
Derek: Eu sou Derek Holmes e acabou de chegar ao estúdio para participar do programa.
: Recentemente algumas pessoas de nossa equipe foram às Filipinas. Deborah fez parte do grupo.
Deborah: A viagem foi maravilhosa. Conhecemos pessoas muito interessantes. Você se lembra de ?
Paul: Sim, lembro-me dele especialmente devido a seu elevado conceito de integridade. Ele havia enfrentado sérias dificuldades. Sua companhia fora à falência porque um cliente não havia pago o que devia.
Deborah: Tratava-se de um projeto muito grande. A empresa em questão recusara-se a fazer o pagamento pelo trabalho que Bienvenido executara e com isso ele não conseguiu pagar seus credores. Isso acontecera havia já uns oito ou dez anos. Ele contou-nos que, ao chegar ao auge da crise, começou a orar com toda a devoção. Perguntei-lhe como orou e eis seu relato:
: Ao olhar para trás vejo que de início minhas orações não foram eficazes. O problema era terrível e parecia tomar conta de mim. Eu estava mais envolvido com o problema do que com a solução. Um de meus irmãos sugeriu que eu fosse trabalhar nos Estados Unidos.
Deborah: Você foi?
Bienvenido: Sim. Lá consegui readquirir a calma e dispus de mais tempo para orar. A partir daí minhas orações passaram a ser mais específicas. Quando estava sozinho em meu quarto eu orava intensamente.
Deborah: Que tipo de idéias lhe ocorreram, que lhe foram úteis e deram força para pensar em voltar para as Filipinas?
Bienvenido: Lembro-me de uma determinada ocasião em que estava lendo a Bíblia, no livro do Gênesis, capítulo 1. O relato descreve como Deus criou o mundo. Compreendi que as coisas não acontecem por acaso. De certa forma, um poder é a causa da existência de tudo. Um poder que governa nosso próprio ser. Em outras palavras, sob a luz da sabedoria divina, que é liberalmente outorgada ao homem, inclusive a mim, eu poderia expressar a sabedoria e o amor divino em minha própria vida, aqui nas Filipinas.
Paul: Seria interessante fazer uma pausa para salientar que Bienvenido estava começando vida nova nos Estados Unidos e poderia ter ficado lá. A tentação de ficar deve ter sido grande.
Deborah: Sim, ele tinha um irmão nos Estados Unidos, portanto tinha família. Poderia muito bem começar tudo de novo.
Derek: Ele poderia ser tentado a pensar que essa era a resposta a suas orações e o fim de seus problemas. Ele, no entanto, não podia fazer isso.
Deborah: À medida que orava, compreendeu que tinha compromissos.... Havia pessoas nas Filipinas que lhe deviam dinheiro e ele, por sua vez, não estava pagando seus credores. Ele sabia que isso estava errado.
Paul: Bienvenido se preocupava com essas pessoas. Por isso voltou, apesar de, no fundo, não ser a coisa mais fácil.
Deborah: Exatamente, mas ele contou-me que a oração feita a sós, em seu quarto, deu-lhe coragem para voltar porque sabia que com a ajuda de Deus poderia enfrentar a situação.
Bienvenido: Quando saí das Filipinas o problema parecia ser maior do que eu. Quando estava pronto voltar senti que, com a graça de Deus, eu estava agora em condições de superar o problema, ou seja, estava pronto para enfrentá-lo. Senti confiança, serenidade e inspiração para encarar o que quer que fosse, nas Filipinas.
Deborah: O que você fez então?
Bienvenido: Alguns dias mais tarde juntei minhas coisas e voltei para as Filipinas e pus minha firma em funcionamento. Se você quiser saber como orei, eu conto: eu antes ficava muito ocupado, tentando dizer a Deus o que fazer por mim. Então eu procurei saber o que Deus tinha a me dizer. Não se tratava de eu dizer a Deus o que fazer, não era mais uma questão de forçá-Lo a fazer uma coisa por mim. Era, no entanto, uma questão de sentir Sua presença junto a mim. A partir daí tentei ouvir e seguir o cicio tranqüilo e suave que, para mim, é a maneira como Deus nos revela as boas coisas que devemos fazer. Tentei expressar e praticar essas idéias. Tentei segui-las em meu dia-a-dia.
Paul: Seria bom destacar aqui que Bienvenido estava se organizando para pagar seus credores. É justamente por isso que esse homem impressionou-me, pois possuía um elevado conceito de integridade, que adquiriu por meio da oração. Ele enfrentara, de fato, uma luta, pois houve momentos em que teve vontade de não pagar as dívidas.
Deborah: Há outro detalhe que me impressionou a respeito de Bienvenido. Ele disse-me que suas orações o levaram a compreender que seus negócios não dependiam da maneira como as outras pessoas agiam com ele. Já não era importante que as pessoas pagassem o que lhe deviam, ou não. O que importava eram suas atitudes. Sua obrigação era pagar o que devia.
Derek: Voltemos à entrevista, para saber o que aconteceu.
Bienvenido: Uma coisa maravilhosa aconteceu. Encontrei-me com um grande amigo meu que era um importante executivo numa das maiores empresas das Filipinas. Naquela ocasião fechou um pequeno contrato com minha firma e continuamos a trabalhar para essa empresa até hoje.
Deborah: O que você está dizendo é que esse executivo possibilitou que sua empresa voltasse a funcionar?
Bienvenido: Exatamente.
Deborah: E agora vocês têm muitas encomendas e contratos?
Bienvenido: Sim, muitos.
Deborah: Mais do que vocês tinham antes?
Bienvenido: Sim e eu me esforço para que todos os nossos negócios sejam governados pela “sabedoria, a economia e o amor fraternal” (como o aconselha a Sra. Eddy no Manual d’A Igreja Mãe). Essa experiência fez com que eu hoje veja o mundo sob uma luz melhor. Não se trata mais de um mundo cheio de amargura, ódio, rancor e privações. Essas coisas, é evidente, parecem visíveis sobre a terra, mas não são permanentes. Podem ser vencidas com a oração. Eu o fiz numa escala pequena. Se oramos como Cristo Jesus nos ensinou, tenho certeza de que, como eu encontrei a solução, qualquer pessoa na face da terra pode encontrar a solução para seus problemas.
Deborah: Muito obrigada, Bienvenido.
Bienvenido: Eu é que agradeço.
Deborah: Meu entrevistado foi Bienvenido R. Tañga, de Pateros, Região Metropolitana de Manila, nas Filipinas.
Paul: Houve outra coisa que me comoveu, quando fizemos a entrevista com Bienvenido. Ele contou-nos que fez um esforço especial para dar emprego a pessoas desempregadas de sua cidade. O que o motivou a fazer isso foi um grande amor e desejo de apoiar seu próximo. Creio que isso deve ter contribuído para seu sucesso posterior.
Se o leitor deseja ouvir um programa completo do O Arauto da Ciência Cristã, pode escrever pedindo uma lista das freqüências de ondas curtas da sua área. O Arauto da Ciência Cristã; P.O. Box 58; Boston, MA, E.U.A. 02123.
