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Dizer a verdade

Da edição de julho de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


Mentiras Na Vida privada e pública provocam, hoje em dia, muito mal-estar e debates, pois parecem ser, cada vez mais, indispensáveis. Sob certas circunstâncias, torna-se difícil para as pessoas decidirem se mentem, enganam, silenciam, ou declaram a verdade. O que decidirem fazer é, porém, vital, pois afetará não só a pessoa envolvida, mas também a integridade da família e, até mesmo, a estabilidade da sociedade.

Declarar realmente a verdade resulta do mais profundo amor ao próximo. É provável, porém, que poucas pessoas possam, do fundo do coração, afirmar que nunca usaram o subterfúgio de uma mentira. Infelizmente, as chamadas mentiras desculpáveis levam, com freqüência, a uma vida de fingimento.

Ninguém gosta que lhe mintam. As pessoas sentem-se depreciadas, quando, no altar da falsidade, se sacrificam a confiança e a honestidade. É interessante notar que uma das queixas mais freqüentes sobre os governos que caíram recentemente no Leste Europeu, é a de mentiras ao povo; que o desrespeito à verdade era prática corrente.

Francis Bacon, filósofo e escritor inglês, diz em seu ensaio “Da Verdade”: “Certamente, é o céu na terra, que a mente do homem se mova no amor, repouse na previdência e gire no eixo da verdade.” A vida e o exemplo de Cristo Jesus são a epítome das palavras de Bacon. Jesus, conhecedor de que a natureza de Deus é a Verdade absoluta e o Amor invariável, podia confiar em seu Pai celestial para o guiar e sustentar. Até mesmo ao ver-se ameaçado de morte, não se desviou do mais alto padrão do que é direito, cuja origem e autoridade está em Deus.

Quando Pilatos lhe perguntou se era o rei dos judeus, Jesus esclareceu que seu reino não era deste mundo. Sabia que sua realeza estava no reino espiritual da verdade, no verdadeiro conhecimento de Deus, seu Pai, que é a Verdade. Disse: “Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.”

Cristo, a idéia verdadeira de Deus, de que Jesus deu testemunho, livra as pessoas de serem subjugadas pela materialidade, de se submeterem à doença e ao sofrimento, ao pecado e à morte. O Mestre mostrou a homens e mulheres, o que inclui seus seguidores de hoje, que a compreensão de que Deus é o nosso Pai comum liberta as pessoas de seus modos de pensar materiais e limitados. Capacita-as a colocarem seus pensamentos e ações em consonância com o Princípio divino, a Verdade do ser.

Quando nos volvemos a Deus, como a Verdade suprema, em busca de orientação e forças, verificamos que uma infalível lei do bem sustenta nossa vida. À proporção que nos dispomos a obedecer cada vez mais a essa lei, aumenta nosso desejo e nossa capacidade de viver de acordo com o mais elevado conceito de veracidade. Ao vislumbrarmos um pouco de nossa natureza real na semelhança de Deus, queremos ser verazes e bons, corretos e compassivos nos nossos contatos com o próximo. Então, esforçamo-nos sinceramente para viver de acordo com o ideal que Cristo Jesus expressou em toda a plenitude.

O Consolador, “o Espírito da verdade” prometido por Jesus a seus seguidores, expressa-se hoje na Ciência do Cristianismo. Auxiliadas pela compreensão nova-e-todavia-antiga de que o homem é a expressão de Deus, as pessoas acham mais liberdade e coragem de tornar primordial, em seus pensamentos e vida, o princípio de dizer a verdade.

A Sra. Eddy compreendeu que há no Espírito Santo, ou Consolador, um poder transformador que cura a doença e destrói o pecado. Em Message to The Mother Church for 1901, escreve o seguinte sobre a ação divina: “O Espírito Santo toma das coisas de Deus e mostra-as à criatura; e essas coisas, por serem espirituais, perturbam o que é carnal e o destróem; são revolucionárias, reformatórias e, agora como outrora, expelem demônios e curam enfermos.”

A purificação e a reforma exigidas de todos os cristãos não são obtidas facilmente. Impõem uma mudança radical de pensamento e perspectiva, de uma base material para uma base espiritual. Exigem de nós uma autocrítica, pedem que enfrentemos com honestidade as fraquezas humanas e requerem a disposição de deixar que o Cristo entre em nossa vida e a regenere.

Derradeiramente, todos temos de enfrentar o nosso próprio senso do que é certo e do que está errado. Pessoa alguma pode fazêlo por nós. Se, por exemplo, vivemos confortavelmente com mentiras ou meias-verdades, adquirimos força moral ao confrontar essa fraqueza com sinceridade, corrigindo-a. O remorso e o arrependimento genuínos pelo erro nos impedem de repeti-lo em detrimento de nossa integridade. O Consolador, a Ciência divina, apóia cada um de nossos passos sinceros. Permanece conosco como um amigo e guia forte. Encoraja-nos a somente dar testemunho da Verdade.

Para esta época, a Ciência Cristã manifesta a realidade universal de que o homem de Deus jamais esteve afastado do eixo da Verdade, nem de sua perfeição original na semelhança de Deus. O homem espiritual, que pertence a Deus, não foi jamais um mentiroso, nunca foi enganado pelas mentiras da “mente carnal” que o denominaria homem pecador. O mal não subsiste na presença da Verdade.

Ao darmos diariamente testemunho fiel da verdade, ajudamos a edificar uma sociedade que tem prazer real em dizer a verdade.

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