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A cura provém da compreensão de nossa identidade à semelhança de Deus

Da edição de dezembro de 1992 dO Arauto da Ciência Cristã


Os Médicos Disseram que não há mais esperança para aquele seu ente querido? Você já tentou se livrar das drogas, álcool ou cigarro, mas não conseguiu? Você é vítima da injustiça, do pesar ou da hereditariedade? Qualquer que seja a condição a atormentá-lo, existe um sistema de cura cristão e científico, verdadeiramente demonstrável, infalível e disponível a todos.

Essa lei espiritual de cura, demonstrada por Cristo Jesus e seus seguidores no primeiro século da era Cristã e profundamente examinada pela Sra. Eddy em seus escritos sobre a Ciência Cristã, permite que se reconheça a verdadeira identidade, tanto nossa quanto dos outros, anulando padrões físicos, sociais ou financeiros. Seja qual for o lugar onde vivemos, ou de onde viemos, ou nossa posição social, cada um de nós pode, com a oração, encontrar uma resposta satisfatória à antiga e atual pergunta: “Quem sou eu?”

Em sua epístola aos cristãos de Roma, o apóstolo Paulo resumiu, com quatro palavras, sua resposta à “crise de identidade” do gênero humano: “Somos filhos de Deus.” Jesus revelou a verdade todo-abrangente de que Deus é Espírito. Portanto, sermos filhos de Deus, sermos a criação do Espírito incorpóreo, significa necessariamente que a verdade a nosso respeito transcende as aparências materiais. Temos o direito divino e a obrigação cristã de identificar a nós mesmos e aos outros como filhos e filhas espirituais de nosso Pai-Mãe Deus. O Espírito universal não nos conhece por meio de classificações humanas: homem ou mulher, cristão ou nãocristão, patrão ou empregado, rico ou pobre, preto, mulato ou branco.

Deus cria o homem, nossa verdadeira identidade, à Sua própria imagem e semelhança. Aquilo que o Pai cria tem de ser semelhante a Ele, bom e perfeito. Ele não poderia criar nada diferente dEle mesmo. O perfeito Amor não pode provocar o ódio. A Vida eterna não pode incluir a morte.

Não é Deus que causa o sofrimento humano. De acordo com as Escrituras, Ele não conhece o mal e a discórdia. Portanto, não deveríamos culpá-Lo por pensamentos e atos humanos errôneos. A Bíblia declara: “Ao Todo-poderoso não o podemos alcançar; ele é grande em poder, porém não perverte o juízo e a plenitude da justiça.”

Então por que as pessoas se envolvem em conflitos, se entristecem, se afligem e ficam doentes? O relato bíblico do homem que nasceu cego está relacionado a essa questão. São João relata que os discípulos perguntaram a Jesus se a cegueira do homem era um caso de hereditariedade pelo pecado dos pais, ou se era devida à sua própria transgressão.

A resposta de Jesus foi instrutiva: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.” Jesus restaurou a visão do homem. Quando os discípulos compreenderam melhor a lei de que Deus é Tudo e é bom, lei essa que destrói a doença e o pecado, eles também foram capazes de curar pelo poder do Espírito sobre a matéria.

Também nós podemos começar a curar como eles o fizeram, porque o mesmo poder da Verdade divina, ou Cristo, que Jesus demonstrou com perfeição e seus discípulos aprenderam a expressar, permanece até hoje. Cristo, a Verdade, é indestrutível, eterno. Nós também podemos demonstrar a Ciência do Cristo que espiritualiza, liberta, regenera e redime. No Prefácio de Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz: “A cura física pela Ciência Cristã resulta hoje, como no tempo de Jesus, da operação do Princípio divino, ante o qual o pecado e a doença perdem sua realidade na consciência humana e desaparecem tão natural e tão necessariamente como as trevas dão lugar à luz, e o pecado cede à reforma. Hoje, como outrora, essas obras poderosas não são sobrenaturais, porém supremamente naturais. São o sinal de Emanuel, ou ‘Deus conosco’ — uma influência divina, sempre presente na consciência humana, e que se repete, vindo agora como fora prometido antigamente:

Para proclamar libertação aos cativos [do sentido],
E restauração da vista aos cegos,
Para pôr em liberdade os oprimidos.”

Tive uma experiência que comprovou a “operação do Princípio divino”, o poder de Deus sempre presente, a lei de Deus que ainda atua em nossa vida nos dias de hoje. Certa manhã, em 1988, encontrei uma jovem mãe esperando para deixar a filha na creche. A criança soluçava e gritava.

Naquela manhã, bem cedo, meu pensamento se enchera de gratidão pela verdade da natureza espiritual da criação de Deus. Quão maravilhoso é nosso Criador, que é Vida e Amor onipotente e onipresente, para quem tudo é possível.

Estendi as mãos para a criança e disse-lhe: “Venha comigo, queridinha.” A criança literalmente pulou para meus braços e eu a afaguei. Num instante parou de chorar e sorriu para mim. A porta abriu-se. “Vou levá-la para dentro,” eu disse à mãe e esta partiu apressada, parecendo muito aliviada.

Lá dentro, a pessoa encarregada de receber as crianças exclamou: “Milagres acontecem! Ninguém quer tocar nesta criança, muito menos carregá-la!”

“Por que não? Ela é uma menina tão linda,” eu disse. O rosto da menina se iluminou, ela pulava no meu colo, de contentamento.

“Você olhou bem para ela?” perguntou a mulher. Somente então percebi que as pernas e os braços da criança estavam cobertos de uma irritação da pele bem desagradável à vista e que ela não tinha cabelos.

Imediatamente, refutei numa oração silenciosa o quadro deplorável de sofrimento humano, substituindo-o com a afirmação de que o homem de Deus, feito à Sua semelhança espiritual, é sempre harmonioso, imaculado e incontaminado. Na realidade, foi dessa maneira que eu pensara intuitivamente sobre a menina; eu a tinha visto bela e completa e ela correspondera a essa verdade expressa em meu pensamento amoroso por ela. Orar é empenhar-nos para compreender o que Deus sabe sobre nós como Sua criação, é uma comunhão silenciosa e paciente com Deus, em nosso coração.

Ao sair, ponderei sobre como o poder do Amor divino está sempre presente para curar todos os males humanos. Certamente, essa querida menininha e sua mãe precisavam de tal nutrição espiritual, pensei, pois o Amor divino é o bálsamo que limpa e purifica.

Mais tarde, encontrei a mãe de novo e dei-lhe um Christian Science Sentinel que ela devolveu uns dois dias depois. Disse-me que a leitura tinha acalmado seu medo. Compreendera que Deus pode curar a doença, se nos dirigimos a Ele em oração. Contou-me que os médicos tinham declarado que esse eczema e a alopecia (falta de cabelos) não tinham cura e por isso ela havia interrompido o uso de medicamentos e remédios à base de ervas, pois tinham sido ineficazes. Emprestei-lhe um exemplar de Ciência e Saúde e encorajei-a a lê-lo, o que ela fez.

Em um mês, o cabelo da garotinha começou a crescer e as feridas que lhe cobriam o corpo começaram a secar. Agora, mais de dois anos depois, ela está completamente curada. Tem a pele lisa e macia e o cabelo preso em duas grossas e reluzentes tranças.

Quem, ou o que, realmente curou essa criança?

Foi o Cristo, o poder de Deus. Essa influência divina ajudou-me a aceitar a verdade do ser espiritual, mostrando-me que o homem é sempre tão perfeito como seu Criador. Foi essa mesma influência universal, em ação na consciência humana, que destruiu o medo da mãe e libertou a filha.

A cura pelo Cristo ocorre quando vemos a nós e os outros como filhos de Deus, o Espírito divino. Conhecermo-nos espiritualmente não apenas eleva nosso pensamento para expressar amor, alegria, beleza, mas também remove da consciência males tais como maldade, ganância, desespero, inveja, raiva, que são substituídos por harmonia, bondade e confiança em Deus.

Para que mais amplamente expressemos no dia-a-dia a verdade de nossa identidade espiritual, é necessário aderir à admoestação inspirada da Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “Deves ter presente a verdade do ser — que o homem é a imagem e semelhança de Deus, em quem toda a existência é isenta de dor e é permanente. Lembra-te de que a perfeição do homem é real e irrepreensível, ao passo que a imperfeição é censurável, irreal, e não é produzida pelo Amor divino.” Essa compreensão de que nossa natureza é semelhante a Deus, cura.

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