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O concurso de oratória

Da edição de dezembro de 1992 dO Arauto da Ciência Cristã


Certo Dia, Na escola, a professora avisou que haveria um concurso de oratória. Como estávamos na aula de oratória e aprendíamos como escrever e fazer palestras, ela decidiu dar como lição de casa o preparo de um discurso. Todos teríamos de preparar uma palestra e trazê-la pronta na semana seguinte. Quando ouvi isso, pensei: “Oh! sou ótima aluna em inglês e adoro escrever. Isso vai ser fácil.” Na mesma noite, sentei-me para preparar meu discurso certa de que o teria pronto rapidamente. Eu achava que tinha pouca habilidade em várias outras matérias, mas tinha certeza de minha capacidade de escrever.

Ao começar o trabalho, procurei com afinco boas idéias, mas elas simplesmente não vinham. Passei aquela noite tentando escrever alguma coisa. Pensei e repensei. Comecei várias vezes. Mas nada do que escrevi valia coisa alguma. Fui deitar-me sem ter sequer conseguido um bom início para meu discurso.

Na noite seguinte, tentei novamente. Ainda pensava que, com minha facilidade de escrever, dessa vez eu conseguiria terminar minha lição de casa facilmente. Porém, aconteceu a mesma coisa da noite anterior. Todas as noites daquela semana tentei sem êxito e, quando terminou o prazo para a entrega do trabalho, não tinha nada pronto.

Tenho de admitir que nem me ocorreu volver-me a Deus. Freqüentara a Escola Dominical da Ciência Cristã desde os dois anos de idade e amava a Deus. Não rejeitei conscientemente a ajuda de Deus como se fosse desnecessária. Simplesmente pensei que pudesse resolver tudo sozinha. Isso até o dia em que deveria entregar a lição pronta.

Quando chegamos, a professora disse: “Vou dar cinco minutos para vocês terminarem seus discursos, antes de me entregar.” Bem, eu não poderia terminar algo que não havia sequer começado; então, em desespero, finalmente, voltei-me a Deus. Voltei-me a Deus e pedi Sua ajuda. Oração é isso: voltar-se a Deus e ouvir Sua orientação. Em minha experiência, em casa e na Escola Dominical, tinha aprendido que Deus é Mente, inteligência, a fonte de todas as idéias. E eu tinha visto muitas evidências do poder curativo de Deus. Mas, de qualquer maneira, até aquela manhã, simplesmente não havia pensado na inteligência divina como algo que eu expressasse, como algo que pudesse ajudar-me na lição de casa.

Tinha aprendido que o homem foi criado à semelhança de Deus e é capaz de fazer tudo o que ele precisa fazer; que Deus está sempre presente e tem todo o poder. Mas acho que durante aquela semana eu não havia pensado em como isso se aplicava à minha situação. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Um conhecimento da Ciência do ser desenvolve as faculdades e possibilidades latentes do homem. Estende a atmosfera do pensamento, dando aos mortais acesso a regiões mais amplas e mais elevadas. Eleva o pensador a seu ambiente nativo de discernimento e perspicácia.” Isso certamente se aplica aos trabalhos de escola! Reconhecendo nossa unidade com Deus e compreendendo que nossas habilidades procedem dEle, libertamo-nos para realizar coisas que pensávamos ser impossíveis.

Naquele momento, estava me sentindo bastante humilde e pronta para ouvir. Orei: “Deus, eu tentei escrever esse discurso sozinha, mas não pude fazê-lo. Realmente preciso de Sua ajuda.” Então, peguei uma folha de papel e comecei a escrever. Na verdade, passaram-se mais do que cinco minutos antes da professora recolher os trabalhos, mas quando ela o fez, o meu estava pronto.

Na semana seguinte, a professora disse que alguns dos discursos entregues eram excelentes. Ela estava muito satisfeita com os trabalhos e encorajou-nos a participar do concurso. Depois da aula, ela aproximou-se de minha mesa e disse: “Seu trabalho estava particularmente bom, Amy. Gostaria muito que você participasse.” Como fiquei surpresa!

Os alunos que decidiram participar gravaram seus discursos em fita. Passaram algumas semanas e certa manhã houve um anúncio pelo altofalante da escola. A voz disse: “Os seguintes alunos são os vencedores do concurso de oratória.” Em terceiro lugar ganhou minha amiga Linda. O segundo lugar foi de Liz. E, em primeiro lugar.. . fui eu!

Embora houvesse vários prêmios para o vencedor do concurso, o mais importante para mim foi a lição que aprendi. Até essa experiência, nunca havia pensado em mim mesma como alguém de valor. Não tinha muita autoconfiança e me considerava uma pessoa desajeitada e de difícil entrosamento com os outros. Mas, ao orar e provar o que aprendera na Escola Dominical, pude ver meu verdadeiro valor como filha de Deus. Comecei a confiar no fato de que Deus nos dá inteligência o tempo todo e, quando somos humildes o bastante para lembrar disso, todas as coisas mudam para melhor. Se nosso motivo é expressar a Deus em vez daquilo que pensamos ser nosso próprio talento, os receios desaparecem.

Isso não significa que volver-se a Deus assegurará os primeiros lugares em concursos. Significa algo ainda mais importante: temos a habilidade necessária para o que quer que precisemos fazer. E o motivo disso é que nossas habilidades vêm de Deus.

Mesmo Jesus disse: “Eu nada posso fazer de mim mesmo”. Seu discípulo Paulo, na carta aos filipenses, disse: “Tudo posso naquele que me fortalece.” O Cristo, a verdadeira idéia de Deus que Jesus expressava, vem a cada um de nós e habilita-nos a fazer tudo o que precisamos fazer — e a fazê-lo bem.

Eporque vós sois filhos,
enviou Deus aos nossos corações
o Espírito de seu Filho,
que clama: Aba, Pai.
De sorte que já não és escravo,
porém filho; e, sendo filho,
também herdeiro por Deus.

Gálatas 4:6, 7

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