Há Ocasiões Em que a melhor oração possível é também a mais simples que conhecemos. E há ocasiões, também, em que essa oração singela é mais necessária do que qualquer outra.
Um tipo simples de oração é pedir que Deus nos ajude; que nos ajude a ser mais semelhantes a Ele, mais bondosos, mais compassivos. Pedimos a Deus que nos dê a humildade de só desejarmos o que Ele quer para nós. Pedimos-Lhe que eleve nossos motivos e valores e melhore as razões que temos para fazer o que estamos fazendo.
Quando nosso coração faz essas petições singelas, elas são atendidas, exatamente porque vêm do coração.
A Sra. Eddy tinha bastante experiência sobre orações de petição e orações vindas do fundo do coração. Em Miscellaneous Writings, ela afirma: “Quando o coração faminto pede pão ao divino Pai-Mãe Deus, não lhe é dada uma pedra, e sim mais graça, obediência e amor.”
E mais adiante, adiante, ela diz: “Se esse coração humilde e confiante pedir fielmente ao Amor divino que o alimente com o pão do céu, com saúde e santidade, ele será moldado até ficar apto a ver atendido seu desejo....”
Talvez nossa singela petição pareça não ter resultados espetaculares imediatos, mas os frutos certamente serão o que necessitamos para aquele dia. As coisas começarão a mudar. Nossa petição nos levará para mais perto de Deus e nosso suplicante coração receberá “mais graça, obediência e amor.”
A Ciência Cristã ajuda-nos a entender que nossa oração é, em realidade, um reconhecimento da presença e do amor de Deus, um reconhecimento de Sua onipotência e de Sua conseqüente capacidade de ajudar-nos. É um entregar-se a Seu governo perfeito. Eis por que a oração sempre adianta, ainda que momentaneamente não saibamos bem o porquê. Às vezes, é mais importante não nos preocuparmos demais bem “por que” ou “como” e simplesmente aceitarmos o poder de Deus para nos ajudar.
Cristo Jesus certa vez relatou uma parábola sobre um fariseu e um comletor de impostos. O fariseu estava confiante de sua própria honradez e olhava os outros com arrogância, inclusive o coletor de impostos. Sua oração expressava seu orgulho. A oração do publicano, porém, era humilde. Era uma oração singela, uma súplica que brotava do fundo do coração dorido, na expressão: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” Jesus aprovou essa petição, ressaltando a importância da humildade.
Referindo-se a essa oração, a Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Quando a lamentação do publicano volveu-se ao grande coração do Amor, o seu humilde desejo foi atendido.” Acaso essa oração não o faria sentir o amor de Deus, bem como ter mais certeza de que merecia ser amado?
Nossas petições sinceras dirigidas ao “grande coração do Amor” têm efeito sanador. Nosso humilde desejo pode ser atendido. Poderemos começar a perceber melhor nosso valor espiritual e a sentir um pouco o grande amor de Deus por nós.
Entretanto, é importante que a oração tenha um lastro de compreensão espiritual. Não para argumentar com Deus, mas para reconhecê-Lo como a fonte infinita de todo o bem e reconhecer nosso verdadeiro ser, Sua semelhança espiritual. Em verdade, nossas petições não mudam com que Deus nos ame mais do que já ama, assim como nossas orações não mudam nem melhoram nossa verdadeira identidade espiritual. Uma maneira de nossas petições sinceras nos ajudarem é abrandando-nos o coração. Com isso, somos capazes de sentir melhor a já existente aprovação de Deus e tornamo-nos mais conscientes de nosso valor inato.
O processo é muito semelhante à remoção da sujeira de uma janela. A limpeza não muda a natureza da janela, como também não faz o sol brilhar mais forte. O que faz, em verdade, é permitir que passe mais luz pela vidraça.
A petição que vem do fundo do coração tem efeito similar sobre nós. Sempre ajuda, sempre é respondida. Uma oração singela e humilde, apoiada na compreensão, pode ser exatamente o que se faz necessário.
