Em todas as partes do mundo os programas em ondas curtas do O Arauto da Ciência Cristã chegam a um grande público. Achamos que os leitores que ainda não tiveram a possibilidade de ouvir essas transmissões gostariam de ler, de vez em quando, algo desses programas radiofônicos.
Walter: Este programa é O Arauto da Ciência Cristã, levado ao ar pel’A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, de Boston, Massachusetts, Estados Unidos da América. Meu nome é
Moji: O meu é .
Walter: Muitos de nossos convidados nos têm contado como é que, enquanto procuravam um senso mais elevado de saúde ou de vigor físico, acabaram por encontrar, afinal, sua relação com Deus. Nossa próxima convidada, achava que não queria encarar a Deus devido a algo que tinha acontecido anteriormente em sua vida.
Claire: Meu pai faleceu quando eu era bastante nova e minha mãe viu-se de repente com cinco filhos para sustentar. Eu atribuía a culpa de tudo isso a Deus, ou àquilo que eu pensava ser Deus.
Walter: O que quer dizer com isso?
Claire: Simplesmente cheguei à conclusão de que não havia Deus nenhum. Se era aquele o resultado dessa força maravilhosa, amorosa e boa, então ela não podia existir.
Walter: O que é que aconteceu à medida que você ia crescendo?
Claire: Ajudei minha mãe a criar aquelas crianças. Acabaram todas por seguir seus próprios caminhos. De minha parte, freqüentei um curso de enfermagem num hospital, casei-me e tive um filho. Não muitos anos depois, separei-me de meu marido por bastante tempo, tentando criar sozinha esse filho.
Foi durante esse período que comecei a sentir fortes dores nas costas. A medicação que me foi dada parecia não ajudar nada. Fiquei muito doente.
Na opinião dos médicos, eu estava à beira de uma depressão nervosa, pelo que deveria procurar auxílio o mais depressa possível. Assim, dei entrada num hospital psiquiátrico, onde fui submetida a um difícil [intensivo] tratamento, durante um ano e meio.
Quando saí, não me sentia nem um pouco melhor, como se nada tivesse sido feito para me ajudar. Efetivamente, os pensamentos de autodestruição eram muito fortes nessa altura....
Walter: Como é que você conseguia viver com esses sentimentos?
Claire: Eu me sentia muito infeliz. Não conseguia ler. Não conseguia pensar. [Os médicos] fizeram-me uma série de exames e concluíram que eu tinha herdado a doença de que meu pai tinha morrido, uma doença renal.
Para mim, isso foi a última gota! Decidi que iria mandar meu filho para longe, para casa de uma amiga, e depois, suicidar-me. Não sabia bem como, mas era isso o que eu queria fazer.
Ao ir para casa com essa intenção, passei por uma igreja. Ora, eu não entrava numa igreja desde criança. Mas daquela vez, ao passar pela igreja, reparei que as portas estavam abertas. Recordo-me de entrar, sentar-me e pensar: “Bem, aqui estou eu, onde é que Você está?”
Nem queria pronunciar a palavra Deus. Apenas “Onde Você está?” Se existia alguma coisa que me pudesse salvar, onde é que ela estava nesse momento? Minha oração foi apenas essa.
Fiquei ali sentada durante bastante tempo e comecei a ser invadida por um sentimento de grande tristeza, pois percebia que nunca tinha conseguido realizar nada. Nem sequer fora capaz de acabar o curso de enfermagem. Foi então que pensei: “Sempre quiseste tocar piano; porque é que não vais aprender?”
E assim fiz. Fui para casa e liguei a uma pessoa que disse que sim, que podia dar-me aulas de piano. Tive aulas durante três ou quatro semanas. Aí a dor tornou-se ainda mais intensa. Por fim, não aguentei mais e contei ao professor toda a história.
Quando terminei, ele disse-me: “Tenho um livro que gostaria que você lesse”. Esse livro era Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria da Sra. Eddy. Comecei a lê-lo naquela mesma noite, desde a primeira página.
Walter: O que é você começou a aprender pela leitura desse livro?
Claire: A Sra. Eddy descreve a Deus como Vida, Verdade e Amor. Prometi a mim mesma que iria aprender acerca de minha natureza espiritual, que eu era a idéia espiritual de Deus e que nossa vida é governada por Deus. Em breve, as coisas começaram a mudar.
Walter: Mudaram em que sentido?
Claire: Eu fumava muito, três maços de cigarros por dia, havia muitos anos. Tinha começado a beber bastante, porque o álcool parecia aliviar os problemas das costas.
Comecei a ler Ciência e Saúde. Desde o dia em que peguei pela primeira vez o livro, nunca mais toquei um cigarro. Ora, para uma fumante inveterada, é algo surpreendente! E durante um acontecimento social, quando ia tomar uma bebida, apercebi-me de que nem sequer conseguia bebê-la. Não queria. O desejo de beber desapareceu completamente.
Ao chegar aproximadamente ao meio do livro, disse para mim mesma: “Bem, se alguma destas coisas é verdade, então tudo tem de ser verdade.” Juntei todos os remédios que costumava tomar. E eram muitos. Eu até usava um colete ortopédico para poder ficar sentada. Meti tudo dentro de um saco de papel e joguei-o na lata do lixo.
A primeira coisa que eu quis saber foi: “Existe alguma igreja ligada a isto?” Fui ter com aquele maravilhoso professor de piano, contei-lhe o que estava a acontecer comigo e ele respondeu: “Sim, há uma igreja. Aliás, amanhã à noite vamos ter uma reunião de testemunhos. Será que você gostaria de ir, comigo e com minha mulher?”
E assim foi. Comecei a ir às quartas-feiras e aos domingos. Iniciei, também, um estudo intensivo da Bíblia. Senti que todo meu corpo estava mudando, que toda a minha vida estava mudando. Tudo o que me rodeava parecia ter novo brilho e clareza.
Walter: E você libertou-se completamente das dores nas costas?
Claire: Desde que joguei todos os medicamentos no lixo, nunca mais pensei nisso. E a partir daí a dor desapareceu completamente. Passou-se um ano inteiro sem que eu pensasse nisso, até que um dia, de repente, apercebi-me que tinha obtido a cura total.
Não é necessário dizer que a pessoa que está aqui neste momento não tem nada a ver com a pessoa que eu era há trinta e cinco anos. Meu casamento foi reatado e tivemos mais três filhos maravilhosos. Estou muito agradecida por conhecer o Deus vivo, amoroso, que preenche todas as necessidades humanas.
Walter: Obrigado, Claire. Você sabe, Moji, o que ela nos contou fazme lembrar de uma afirmação que a Sra. Eddy fez, que para mim tem muito significado. É a seguinte: “Se procuramos no corpo o prazer, achamos a dor; se a Vida, achamos a morte; se a Verdade, achamos o erro; se o Espírito, achamos seu oposto, a matéria.” E continua: “Agora inverte esse processo. Desvia o olhar do corpo para a Verdade e o Amor, o Princípio de toda felicidade, harmonia e imortalidade.” É óbvio que Verdade e Amor são sinônimos de Deus. Precisamos começar com nossa relação com Deus.
Moji: Sim, essa passagem sempre me ajudou a compreender que não sou um mortal limitado. Nos Salmos há também um trecho que fala acerca de voltar-se a Deus: “Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o seu rosto, para que se conheça na terra o teu caminho; em todas as nações, a tua salvação”.
Se o leitor deseja ouvir um programa completo do O Arauto da Ciência Cristã, pode escrever pedindo uma lista das freqüências de ondas curtas da sua área. O Arauto da Ciência Cristã; P.O. Box 58; Boston, MA, E.U.A. 02123.
    