Há Alguns Anos, quando eu estava orando para saber que direção tomar em minha carreira, senti-me impelida a me matricular num curso de especialização em um novo campo de estudo, na universidade. Durante esse curso, as empresas costumavam entrevistar os estudantes que dele participavam, com o fim de contratá-los. Entretanto, eu fui rejeitada diversas vezes pelas firmas, pelo fato de ter menos experiência profissional do que os outros colegas.
Ao procurar a orientação divina, ocorreu-me que Deus me conduziria a um caminho de progresso. Sempre que sentia medo, eu orava para compreender melhor o cuidado total de Deus. Comecei então a me concentrar mais no objetivo de expressar qualidades espirituais.
No dia em que eu teria uma entrevista particularmente importante, acordei sentindo-me muito mal. Antes da entrevista, abri o Hinário da Ciência Cristã ao acaso, no hino 97. A segunda estrofe, que diz: "Sempre firme, semeando, sem temor ou fraquejar, dura luta sustentando, alegrias vais segar”, satisfez minha necessidade imediata de consolo e de cura. Compreendi que eu só poderia ser contratada por Deus, não pelo medo. Os sintomas logo desapareceram, à medida que eu confiava serenamente na orientação de Deus. Pouco tempo depois, fui contratada pela firma que me entrevistara naquele dia. A partir daí, tenho desfrutado de um emprego que me traz plena satisfação.
Uma cura física importante ocorreu cerca de dois anos depois dessa experiência. Eu vinha sentido um certo desconforto físico. Mais tarde, quando o problema se agravou, fiquei com medo e pedi a um praticista da Ciência Cristã que me ajudasse através da oração. Nessa época eu já estava casada e, com a oração, compreendi que me sentia ansiosa a respeito de uma situação desagradável que meu marido estava enfrentando no trabalho, havia alguns meses. Tinha me tornado crítica em relação a meu marido e ficava totalmente absorta em minha preocupação com o futuro. Percebendo isso, sentime inspirada a começar a orar sobre o casamento.
Percebi que tinha, no íntimo, alguns sentimentos de medo em relação ao casamento, que não tinham sido detectados antes. Tinha visto casamentos de pessoas conhecidas serem abalados pelos mais diversos motivos. Pensei na seguinte declaração da Sra. Eddy em Miscellaneous Writings: “Deixa em paz as relações conjugais dos outros: elas se referem somente a duas pessoas.” Ocorreu-me que eu deveria fazer mais do que simplesmente abster-me de dar conselhos sobre o casamento dos outros. Compreendi que não deveria mais me preocupar, nem ficar curiosa ou temerosa, nem mesmo colocar-me na posição de juíza do casamento das outras pessoas. Em verdade, eu precisava me empenhar em descobrir melhor a orientação de Deus em minha própria vida.
Um versículo da Bíblia, no livro de Salmos, vinha-me continuamente ao pensamento: “Caiam mil ao teu lado, e dez mil à tua direita; tu não serás atingido.” No começo, quase descartei esse versículo como irrelevante. Contudo, a mensagem angelical persistiu, até que finalmente compreendi que, por mais desanimador que parecesse o quadro mortal de casamentos desarmoniosos, eu não tinha de aceitar esses conflitos como verdadeiros. E, se eu não aceitasse esse quadro como verdadeiro, ele não poderia me “atingir”.
Na Ciência divina, o homem está permanentemente em união com o amoroso Pai-Mãe, Deus. Nenhuma discórdia, infelicidade ou divisão pode ocorrer nessa união. Um casamento estabelecido na união espiritual tem de ser harmonioso, trazer progresso e ser duradouro. Não pode magoar os indivíduos nele envolvidos.
Continuei a orar e a estudar, seguindo essa linha de pensamento. Comecei a sentir dores nas costas e no pescoço, até que certa noite não conseguia mais me mover sem sentir dor intensa. Também comecei a me sentir mentalmente apática. Conversando com o praticista, pela manhã, compreendi que estava encarando minha situação como a de alguém que está travando um duro combate com o pensamento mortal e material. Durante todo o dia, apeguei-me às verdades espirituais, bem como à promessa bíblica: “A peleja não é vossa, mas de Deus” (2 Crônicas).
Na manhã seguinte havia recobrado minha vivacidade, embora a capacidade de me movimentar estivesse ainda bastante restrita. Naquela noite, tentei ouvir a Deus de todo o coração. Logo tive uma sensação maravilhosa da totalidade envolvente de Deus. Comecei a perceber a absoluta infinidade de Deus como Princípio, Vida, Alma, Amor e Verdade. Eu sabia que Deus envolvia tanto a mim quanto a cada um de Seus filhos. Com essa compreensão, a dor simplesmente desapareceu. Levantei-me da cama, andando com liberdade total. Sentia-me ótima!
No dia seguinte, entretanto, o problema voltou. Naquela noite, orei fervorosamente e esforcei-me para enxergar a evidência espiritual, em lugar do falso testemunho material. Num determinado momento, ficou evidente que meu marido estava preocupado com as constantes dificuldades enfrentadas em seu trabalho. Ao confortá-lo, senti um ajustamento em meu pescoço. A dor desapareceu e nunca mais voltou.
Essa cura completa deu-me liberdade para dedicar tempo e energia a meu trabalho numa época muito atarefada. Posteriormente, meu marido arranjou um novo emprego bem apropriado às necessidades de sua carreira e às suas habilidades. Entretanto, o efeito mais profundo dessa cura foi a transformação de caráter pela qual eu passei. A mudança real ocorreu em meu pensamento. Pensamentos egoístas e medrosos foram eliminados e isso permitiu que eu passasse a expressar compaixão e atenção verdadeiras. Certamente, isso teve um efeito maravilhoso em nosso casamento, ajudando a estabelecer um fundamento sólido para os anos que se seguiram.
Sou profundamente grata por essas e por muitas outras provas do poder regenerador e curativo da Ciência Cristã.
Westlake, Ohio, E.U.A.
