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A Verdade divina anula o ocultismo

Da edição de agosto de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


A Palavra Oculto significa “escondido, encoberto”. Quando associada a ocultismo, refere-se à crença, acalentada há séculos, nos poderes ocultos do mal. O ocultismo inclui todas as crenças e práticas que não se originam na razão humana nem na compreensão ou fé em Deus: magia negra e branca, satanismo, demonologia, numerologia, feitiçaria, astrologia e quiromancia.

Algumas pessoas metem-se no ocultismo com um misto de fascinação e medo. Outras, por desconhecerem a onipotência de Deus, acreditam que as práticas ocultas podem fazer algum bem. Outras ainda, sentem apenas curiosidade. Existem aquelas de caráter perverso, que procuram o ocultismo para fazer mal a outras pessoas. E há ainda aquelas que, devido a um sentimento de vazio interior e falta de auto-estima, levadas pelo materialismo agressivo da sociedade, tornam-se vulneráveis à influência do ocultismo.

A regeneração moral, ou seja, a eliminação do pecado, é necessária para sentirmos as bênçãos de Deus e Seu poder, ao passo que para a prática do ocultismo é necessária a submissão ao pecado. Algumas pessoas acreditam que seja mais fácil conseguir mediante o ocultismo os benefícios que consideram difíceis de conseguir pela disciplina espiritual. A experiência, contudo, nos mostra que o mal sempre termina em autodestruição e carrega consigo o sofrimento e a ruína do malfeitor. Podemos comparar o interesse pelo ocultismo a um caminho perigoso. Consideremos, por exemplo, as notícias sobre incidentes macabros, ou ainda sobre a influência que a astrologia muitas vezes tem sobre decisões tomadas por personalidades políticas.

A Bíblia é muito clara ao nos admoestar contra essas práticas. “Não se achará entre ti“, diz o Antigo Testamento, “quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor”. Deuter. 18:10–12.

O verdadeiro poder e a verdadeira auto-estima que se originam na compreensão de Deus, a Verdade divina, ampliam-se na proporção direta do crescimento espiritual de cada um. O poder espiritual jamais causa mal a alguém, mas abençoa a humanidade, pois é o reflexo do Amor divino. Por outro lado, a sensação inicial de poder e de auto-estima que uma pessoa possa ter com a prática do ocultismo transforma-se por fim em um grande medo ao mal e na perda do autocontrole.

Em diversas ocasiões, tive a oportunidade de travar conhecimento com pessoas prisioneiras de alguma forma de ocultismo. A partir desses contatos, percebi a importância de adquirirmos, por meio da oração, uma noção clara da onipotência e da totalidade de Deus. Sem essa compreensão espiritual, nossa batalha contra o mal assemelha-se ao esforço de nadar contra uma forte correnteza. Não basta combater as crenças do ocultismo, afirmando simplesmente que Deus é um poder maior que a elas se opõe. O que aniquila qualquer aparente poder oculto sobre nós é a compreensão, obtida com a oração, de que todo o poder, toda a substância, ou seja, toda a realidade, provém de Deus, a Verdade, e, por isso, o mal não passa de uma pretensão, uma mentira.

Aliás, foi como “mentira” e “mentiroso” que Cristo Jesus qualificou Satanás. Em seu livro Christian Science versus Pantheism, a Sra. Eddy diz: “A definição de Jesus para diabo (o mal) explica o mal. Mostra que o mal é tanto o mentiroso como a mentira, um engano e uma ilusão. Assim, não deveríamos acreditar na mentira, nem crer que ela tenha corporificação ou poder; em outras palavras, não deveríamos acreditar que uma mentira, o nada, possa ser algo, mas sim negá-la e provar sua falsidade.“ Ela acrescenta: “Finalmente, irmãos, continuemos a denunciar o mal como sendo a pretensão ilusória de que Deus não é supremo, e continuemos a combatê-lo até que desapareça; contudo, não como alguém que golpeia a névoa, mas como quem levanta a cabeça acima dela e calca a mentira com o pé.” Christian Science versus Pantheism, pp. 5–6.

Esse entendimento correto do mal vem do Cristo, a influência divina na consciência humana. Foi o poder do Cristo que capacitou Jesus a expulsar “demônios”. As obras do Mestre ilustraram sua clara compreensão de que a totalidade de Deus exclui a existência do mal, que nada mais é do que uma ilusão.

Como as pessoas de sua época atribuíam a epilepsia, o mutismo e a loucura à presença de “demônios”, Jesus, em realidade, anulou o ocultismo quando curou o geraseno e o mudo endemoninhado e quando, na sinagoga, libertou o ”homem possesso de espírito imundo”. (Ver Marcos 5:1–15; Mateus 9:32–34; Marcos 1:21–28.) Além disso, Paulo derrotou a feitiçaria de Elimas, e Moisés e Arão mostraram a superioridade do poder divino quando confrontados com os mágicos da corte do Faraó. (Ver Atos 13:6–12; Êxodo 7:8–12.)

Por meio da compreensão espiritual, podemos vencer o ocultismo que encontramos na sociedade de hoje. É útil nos lembrarmos sempre de que as magias negra e branca, o satanismo, a feitiçaria, a bruxaria e qualquer outro tipo de ocultismo são apenas variações impotentes da mesma mentira e que Deus nos deu domínio sobre ela.

Certa vez, tive de provar essa verdade espiritual. Fiquei doente depois de conversar com um presidiário, que havia solicitado a visita de um Cientista Cristão. Se bem que na época eu não soubesse, aquele homem havia sido preso por tentativa de homicídio, ao participar de um ritual satânico.

Enquanto orava para curar-me, ocorreu-me que eu estava sendo afetado pela crença que aquele presidiário tinha no ocultismo. Reagi a esse pensamento com a afirmação de que todo o poder pertence a Deus. O ocultismo, juntamente com seus efeitos perniciosos e manipuladores, eram falsas afirmações de poder. Só pareciam ter influência sobre o pensamento humano se alguém não estivesse consciente da onipotência e da onipresença de Deus.

Também percebi que, apesar do que parecia estar acontecendo, a identidade que Deus outorga ao homem não poderia causar nem sofrer dano. Deus, que é a Mente que tudo cria e a Vida que tudo abrange, criou o homem espiritual e inocente, pois as Escrituras declaram que Ele criou o homem à Sua própria imagem e semelhança. Obviamente, nem sempre esse parece ser o caso. Parece que fazemos mal uns aos outros com demasiada freqüência. Esse pensamento, contudo, é baseado na evidência dos sentidos materiais, que são cegos para a realidade espiritual. O fato espiritual acerca do ser é que o homem vive na realidade absoluta da bondade de Deus, onde o pecado e o sofrimento não têm poder nem realidade. Quando, pela oração, compreendi essas profundas verdades espirituais, comecei a libertar-me dos sintomas da doença.

Em uma hora, o atordoamento, o medo e a fraqueza física que eu sentia desapareceram completamente. A compreensão do domínio que Deus me deu sobre o mal foi tão profunda que, duas semanas mais tarde, voltei a visitar aquele presidiário. Ele ficou chocado ao ver-me e as primeiras palavras que me disse foram: “Eu não esperava vê-lo novamente.” Ele confirmou que havia tentado provar que o ocultismo era mais poderoso do que a prática da Ciência Cristã.

Podemos reconhecer que existe apenas uma Mente, que é Deus, que governa o homem e o universo por meio da lei divina. Essa compreensão neutraliza os esforços do ocultista no sentido de obter vantagem por meio da manipulação mental ou invocando os chamados espíritos bons e maus. Naturalmente, esses espíritos de fato não existem, pois a única Mente é também o único Espírito infinito.

“Sabei, portanto, que vós tendes o poder soberano de pensar e agir corretamente,” a Sra. Eddy nos assegura em seu livro Pulpit and Press, “e que nada pode desapossar-vos dessa herança e infringir o Amor. Se mantiverdes essa posição, quem, ou o que, pode fazer-vos pecar ou sofrer? Nossa certeza reside em nossa confiança de que realmente habitamos na Verdade e no Amor, a morada eterna do homem. Essa segurança celestial põe fim a todas as guerras e ordena que o tumulto cesse, pois terminou a batalha em que lutamos e o Amor divino nos dá o verdadeiro senso de vitória.” Pulpit and Press, p. 3. Começar realmente a entender essa mensagem faz com que não nos deixemos enganar pelo mal e possamos comprovar cada vez mais a impotência de suas pretensões.

Se nossas fervorosas orações para enfrentar o fascínio e o medo do ocultismo, existentes na sociedade, nos levarem a conhecer pessoas envolvidas em práticas supersticiosas, não devemos ser ingênuos. Nem todos os que se declaram dispostos a abandonar o ocultismo estão necessariamente sendo sinceros. Seguir o conselho de Jesus, de não atirar pérolas aos porcos (ao pensamento despreparado), é uma atitude prudente nesses casos.

A pessoa que é sincera, contudo, pode estar certa de que a Ciência Cristã lhe propiciará a liberdade que procura, bem como a regeneração necessária. O homem é verdadeiramente a expressão pura e divinal do Amor. Essa verdade pode dar coragem e força a quem estiver se esforçando para abandonar o pecado.

Ainda que haja alguma reincidência, o arrependimento honesto e profundo aos poucos despertará aqueles que estão procurando libertar-se do ocultismo, fazendo-os ver a pureza e a inocência da identidade espiritual, criada por Deus. O ponto mais importante é quanto do bem inerente à sua verdadeira natureza estão eles colocando em prática no presente e colocarão no futuro.

Se o indivíduo abandona o ódio, a vingança e o desejo de controlar outros, ele se regozija com um novo sentido de poder, o poder crístico de ser bom e de fazer o bem, que inevitavelmente lhe propicia uma noção mais elevada do próprio valor. Esse novo sentido espiritual de poder e de valor o capacitará a deixar de temer aqueles que ainda praticam o ocultismo. Reconhecerá que a inocência espiritual é sua proteção e lhe dá domínio, porque alinha seu dia-a-dia com o poder absoluto do bem infinito, Deus.

Como seguidores sinceros da Verdade, os Cientistas Cristãos estão em guerra contra o mal. No curso da batalha podemos ajudar melhor a nós mesmos e aos outros, anulando, em nosso próprio pensamento, o mesmerismo do fascínio pelo mal e a crença em seu poder. A vitória nos pertence quando entendemos que o mal é uma “mentira”, que é anulada pela supremacia da Verdade divina, o único Deus.

Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; ...
Cria em mim, ó Deus, um coraçāo puro,
e renova dentro em mim um espírito inabalável.

Salmos 51:7, 10

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