Sou Grato Pela experiência de ter freqüentado a Escola Dominical da Ciência Cristã desde tenra idade e também por ter me filiado À Igreja Mãe e a uma filial da Igreja de Cristo, Cientista, antes de completar vinte anos de idade. Quando estava na faculdade, freqüentei regularmente a igreja filial da localidade e tornei-me membro da Organização Universitária da Ciência Cristã naquela universidade. Ao longo dos anos, esses primeiros passos foram fonte de força e inspiração.
Durante o segundo ano na faculdade, quando me preparava para prestar a primeira parte dos exames principais, meu orientador chamou-me ao seu gabinete e afirmou ter certeza de que eu não estava me empenhando suficientemente nos estudos. Naquela ocasião, eu estava atuando como leitor nas reuniões semanais de testemunhos em nossa organização, além de ajudar na preparação de uma conferência da Ciência Cristã para a comunidade estudantil. Tentei aceitar a reprimenda no espírito em que foi externada, contudo estava muito grato pelo pensamento de que não poderia ser punido por meu esforço sincero de fazer as coisas importantes em primeiro lugar. A lei divina do bem não iria permitir castigo algum.
Alguns meses mais tarde, enquanto me preparava para mais exames, debruçado sobre os livros, certo dia, fiquei paralisado pelo medo de não poder rever toda a matéria dada em dezoito meses de estudo intenso e detalhado. Também me assustava o pensamento de que toda minha futura carreira de professor dependia de uma semana de provas, que se aproximava voando. O medo só cessou depois que telefonei a uma praticista da Ciência Cristã e solicitei que orasse por mim. Senti imediatamente o apoio de suas orações, pois veio-me a certeza de que minha carreira não dependia de exames mas, sim, de Deus, que eu poderia expressar somente Seu propósito e que Sua vontade é onipotente, tem todo o poder. Percebi, também, que nada poderia obstar a vontade de Deus, e que a falta de tempo nunca poderia ser um fator decisivo.
Alguns dias antes do primeiro exame, estava claro que não haveria tempo de rever todos os tópicos necessários e fui tentado a pular apressadamente de um tópico a outro, num esforço apavorado de absorvê-los todos. Mas eu sabia que a melhor resposta viria pela oração: “Pai, o que devo fazer agora?” Quando disciplinei meu pensamento, deixando de lado distrações e temores de modo a poder ouvir a orientação divina, tornouse-me claro o que deveria estudar. Eu me senti grato pela coragem de ignorar o resto da matéria e concentrar-me nos tópicos que a voz interior me ditava.
Em meio à nervosa tensão entre os alunos, na época dos exames, senti-me calmo e em paz. Ainda hoje fico maravilhado quando me lembro de que, na véspera de cada um dos exames, fui guiado a estudar quatro tópicos e no dia seguinte havia nas provas questões expositivas sobre cada um dos tópicos estudados. Imaginem minha alegria ao relatar à praticista meu progresso diário!
Pouco antes do último ano na faculdade, fiz o Curso Primário da Ciência Cristã. Aquelas duas semanas foram de valor inestimável. Inúmeros aspectos da Ciência Cristã foram explicados e aprendemos a pô-los em prática. Lembro-me de um em particular que, mais tarde, ajudou-me numa cura física bastante significativa para mim.
Certa noite fui dormir sentindo-me muito mal e com dor de cabeça. Despertei de madrugada, não conseguindo ficar deitado, nem de pé. Fui até meu gabinete e lá fiquei caminhando de um lado para outro, tentando em vão alcançar um senso de domínio por meio da oração. Com muita dor, caí numa cadeira e, relembrando a inspiração do curso primário, anos antes, pensei quão ridículo era tudo o que estava se passando. Por meio do estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, aprendêramos que o homem é o reflexo da Alma, Deus, incluindo e expressando somente qualidades espirituais. Como poderia, pois, um assim chamado corpo material ficar clamando a mim com dores? Pensei especialmente nas seguintes palavras de Mary Baker a respeito do homem, em Ciência e Saúde: “Ele é a idéia composta que expressa Deus e inclui todas as idéias corretas ....” Ao orar com essa inspiração, a dor desapareceu repentinamente e eu voltei a dormir o resto da noite, perfeitamente bem.
No emprego, tive muitas oportunidades de demonstrar o cuidado de Deus. Pouco depois de ser contratado pela primeira vez como professor, foi-me dada a responsabilidade sobre um departamento, mas sem remuneração adicional (devido a um reescalonamento nas faixas salariais). Pareceu-me injusto, especialmente porque as responsabilidades aumentavam cada vez mais.
Depois de um período particularmente crítico, decidi procurar uma solução por meio da oração e, em pouco tempo, não mais tive medo de enfrentar a injustiça, porque vi que a injustiça não tem o poder de obstruir a lei de Deus. Achei, também, que haveria a oportunidade certa de resolver o problema.
Certo dia, o chefe dos professores chamou-me ao seu gabinete para se queixar sobre o modo como eu havia cuidado de certa situação no departamento; percebi que essa era a oportunidade esperada. Falei-lhe firmemente, mas sem raiva, e disse que sua crítica era injusta, Como era injusta a falta de remuneração pelo cargo. De repente, o chefe mudou completamente de atitude. Despedimo-nos amigavelmente e, em pouco tempo, foi-me concedido o pagamento pelo aumento de responsabilidades. Essa é apenas uma das muitas experiências que tive, nas quais aprendi um pouco mais da verdade espiritual de que o homem tem uma só atividade — a de ser empregado e recompensado por Deus. Nos Salmos, lemos: “O Senhor é a porção da minha herança e do meu cálice; tu és o arrimo da minha sorte. Caem-me as divisas em lugares amenos, é mui linda a minha herança.”
Sou muitíssimo grato pelas inúmeras oportunidades de servir no trabalho da igreja e pela inspiração obtida do estudo da Lição Bíblica, que nos habilita a servir outras pessoas mais eficazmente.
Stroud, Gloucestershire, Inglaterra
