“Devo Ter Um descontrole em meus hábitos alimentares”, pensei eu numa dada manhã, enquanto me dirigia penosamente para o meu automóvel. Ia a caminho do emprego depois de mais uma noite, como muitas outras, de grandes excessos alimentares. Sentia-me completamente frustrada com minha própria atitude e minha aparente total falta de disciplina.
Ansiava sinceramente por uma melhor percepção de mim mesma. Mas por muito que tentasse, parecia que não conseguia evitar aqueles jantares de entrega excessiva aos prazeres da comida. Regressava a casa cansada e com pena de mim mesma, e então cedia deleitada a todo o capricho culinário, até que a noite fosse já tão adiantada que nada mais me restava fazer senão cair na cama, sentindo-me ainda insatisfeita, irrealizada e irremediavelmente nada atraente.
Tinha tentado toda sorte de dietas. Tinha tentado de novo praticar “jogging”. Tinha tentado ignorar meus hábitos alimentares. Mas o sucesso dessas tentativas era sempre efêmero. Eu era estudante de Ciência Cristã de longa data. Tinha testemunhado muitas curas físicas. Mas neste caso, tinha vindo a pensar, por alguma razão, que a oração não era suficiente ou que estava algo distante do problema em questão, que eu tinha de “fazer” alguma coisa tangível. No entanto, naquela manhã, quando surgiu o pensamento totalmente desesperado e impotente de que eu tinha um descontrole alimentar, a névoa da crença de que só o mero esforço humano poderia alterar o meu comportamento, foi rasgada pela compreensão de que eu podia escolher ver-me de outra forma.
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!