Um Dia, Meu corretor de valores me comunicou que determinados títulos deveriam ser resgatados e pediu-me que eu os levasse até seu escritório. Procurei em meu cofre e vi que os títulos ali não estavam. Notifiquei o corretor de que os papéis não estavam comigo e ele me assegurou que tampouco estavam em poder dele, nem havia registro algum de onde pudessem estar.
Os títulos eram de valor considerável e qualquer pessoa que os achasse poderia resgatá-los. Em vão fiz nova busca. Então, ocorreu-me que ali estava um problema enorme a ser resolvido pela oração.
Eu acabara de ler um artigo de
Unity of Good da Sra. Eddy, intitulado: "Não há matéria" (p. 31), assim como esta afirmação de Ciência e Saúde: "A metafísica reduz as coisas a pensamentos e substitui os objetos dos sentidos pelas idéias da Alma" (p. 269). Percebi, então, que eu não estava em realidade procurando papéis, e sim as idéias ou pensamentos que eles representavam.
Ocorreu-me que os títulos poderiam ser considerados como símbolos, representando substância, que é uma qualidade de Deus. Em Romanos, lemos: "Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (8:38, 39). Conseqüentemente, não podemos estar separados de uma idéia ou atributo de Deus, nem pode uma idéia na Mente divina ser roubada, perdida ou estar em lugar errado.
Seguindo essa linha de raciocínio, descobri que espaço é definido no dicionário como "a distância entre coisas". Compreendi que não poderia haver espaço ou distância entre mim e alguma idéia correta — algo bom — porque não há espaço nos separando dos pensamentos de Deus. A Mente divina, Deus, em Seu infinito amor por Sua expressão, o homem, dálhe a conhecer todas as idéias verdadeiras. Por reflexo, o homem expressa a inteligência de Deus. Esse é nosso direito inato: expressar e manifestar as idéias de Deus. É portanto imperativo procurar e esperar receber todo e qualquer pensamento de que necessitemos, em cada situação.
Após um sono profundo, não interrompido por preocupação alguma, eu acordei sem desapontamento, apesar de ainda não ter recebido nenhuma mensagem específica. Afinal, minha oração havia sido que o homem, não necessariamente eu, tinha a inteligência necessária.
Mais tarde, naquela mesma manhã, recebi uma chamada telefônica. O corretor tinha decidido, logo cedo, fazer uma outra busca nos arquivos e os títulos haviam sido encontrados. Um empregado tivera a idéia de procurá-los em outra pasta, que não estava em meu nome. Essa foi uma experiência inspiradora e uma vívida demonstração da direção infalível de Deus.
Em outra ocasião, eu estava com fortes dores num dos ombros. Imediatamente, lembrei-me de um amigo que havia consultado um médico sobre um problema parecido e fora-lhe dito que ele tinha uma inflamação nos tendões e que o tratamento médico necessário se estenderia por muitos meses. Meus esforços iniciais para curar o problema pela Ciência Cristã não trouxeram alívio e a perspectiva de uma prolongada luta parecia me assustar e frustrar minhas orações por mim mesmo.
Contudo, eu estava decidido, neste caso, a buscar a cura por meus próprios esforços, sem a ajuda de ninguém.
Após vários dias de estudo, cheguei à seguinte frase, em Ciência e Saúde: "Se os que estudam a Ciência não se curam com presteza, devem recorrer logo a um Cientista Cristão experimentado para ajudá-los" (p. 420). Imediatamente ficou claro qual era o erro em meu pensamento. Eu estava deixando a vontade própria limitar meu esforço de cura. A relutância desnatural em pedir ajuda em oração a um Cientista Cristão experiente estava sendo um obstáculo no processo de cura. Chamei um praticista da Ciência Cristã e combinamos falar sobre a situação daí a trinta minutos.
Nesse meio tempo, ficou patente que eu havia inconscientemente aceitado como lei o pensamento de que é necessário um período de tempo para a cura. Tal pensamento medroso e limitante é denominado, na Ciência Cristã, "magnetismo animal". Como este é baseado em uma falsa lei que se origina na matéria, a vigilância espiritual, ou seja, a oração, pode pôr, e põe a descoberto essa obstrução oculta e, através do poder de Deus, destrói qualquer poder que alega ter.
Quando essas errôneas sugestões mentais foram postas a descoberto, a dor sumiu imediatamente e a cura estava completa dentro daquela meia hora. Senti muita gratidão pelo alívio da dor, mas o regozijo maior foi pela lição aprendida sobre como lidar com os efeitos insidiosos do magnetismo animal no processo de cura. Foi uma experiência maravilhosa.
Camp Hill, Pensilvânia, E.U.A.
