Há Alguns Anos, no mês de dezembro, fui chamado ao escritório de meu superior que me comunicou que os departamentos sob minha gerência seriam eliminados. Disse-me que o trabalho que restava me manteria ocupado apenas até março. Eu deveria, pois, procurar outro emprego. Isso me assustou, pois minha esposa e eu morávamos havia apenas dois anos em nossa nova casa. Tínhamos dois filhos estudando em escolas particulares e não podíamos depender de nossas reservas bancárias por muito tempo.
Embora minha primeira reação fosse a de procurar um novo emprego imediatamente, percebi que, em primeiro lugar, necessitava abordar o problema em oração e só depois começar a tomar as devidas providências. Eu era Primeiro Leitor em nossa igreja e, naquela semana, minha leitura para o culto de quarta-feira versava sobre o tema suprimento. Tinha encontrado na Bíblia a narrativa de Jesus alimentando a multidão com alguns pães e uns poucos peixes (ver Marcos, cap. 6). Ele provou que quando o conceito correto de suprimento é claramente compreendido na consciência, a provisão aparece na experiência humana.
Ciência e Saúde declara que “o milagre não introduz desordem alguma, mas revela a ordem primitiva, estabelecendo a Ciência da lei imutável de Deus” (p. 135). Cada dia tornava-se penoso para mim, à medida que a data final se aproximava. Almoçando à minha mesa, no escritório, aproveitava para anotar os itens que mais me preocupavam. Então, com “minhas reservas mentais” de verdades espirituais, substituía o erro do pensamento humano com a determinação da compreensão espiritual. Fazia constantes retiradas dessa poupança que havia sido formada de experiências e provas do poder curativo da Ciência Cristã.
Por vezes, tornava-me impaciente, pois as coisas não estavam acontecendo com a rapidez desejada. Enviei currículos sem levar em conta a localização geográfica da empresa; os resultados foram mínimos. Fiz muitos outros contatos pessoalmente e por telefone, sem contudo obter resultados concretos. Como o desânimo aumentava, percebi que estava me apoiando no planejamento humano, em vez de no poder de Deus. Volvi-me humildemente a Deus em oração, compenetrando-me do fato de que, no passado, Ele sempre suprira tudo para minha família.
Uma semana antes da data de meu desligamento, fui chamado por uma companhia que distava mais de três mil quilômetros dali, firma essa com a qual eu nunca havia entrado em contato. Eles souberam através de conhecidos comuns que eu estava para ser dispensado. Tomei o avião para lá para uma entrevista e eles constataram que minha experiência e conhecimentos se adequavam perfeitamente às necessidades deles.
Saí de meu emprego na sexta-feira e comecei a trabalhar no novo posto na segunda-feira seguinte. Trabalhei lá durante quatorze anos, até aposentar-me. Não houve redução no salário e esse emprego garantiu o sustento de nossa família.
A Sra. Eddy escreve, na página 206 de Ciência e Saúde: “Na relação científica entre Deus e o homem, descobrimos que tudo o que abençoa um, abençoa todos, como Jesus o mostrou com os pães e os peixes — sendo o Espírito, não a matéria, a fonte do suprimento.”
Como Cientista Cristão de longa data, sempre achei que estar empregado significa realmente despertar para as qualidades que Deus nos deu e que são inatas em cada um de nós. Meu planejamento humano, sobre como ou onde eu deveria trabalhar, jamais me trouxe a satisfação que resultou da orientação e desdobramento vindos de Deus.
Meu cálice transborda.
Mission, Texas, E.U.A.
