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Um casamento mantido e fortalecido

Da edição de julho de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


O ano de 1994 foi designado pelas Nações Unidas como “O ano internacional da família”. Esta seção do Arauto dará atenção especial aos recursos espirituais ao alcance de todas as famílias. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras Mary Baker Eddy escreve: “Com um só Pai, isto é, Deus, toda a família humana consistiria de irmãos; e com uma Mente só, ou seja, Deus, ou o bem, a fraternidade dos homens consistiria de Amor e Verdade, e teria a unidade do Princípio e o poder espiritual que constituem a Ciência divina” (p. 469). O Arauto apresentará outros artigos sobre esse tópico em outubro.

“Durante Anos Fingi que tudo estava bem, quando de fato eu estava sofrendo todo o tempo.” Essas palavras ditas por uma mulher, referindo-se ao seu divórcio, poderiam ter sido minhas.

Há muitos anos, meu marido aceitou um novo cargo no setor de vendas, que parecia um passo de grande progresso. À medida que as semanas iam se passando, entretanto, o emprego começou a exigir cada vez mais de seu tempo, até que parecia ser a coisa mais importante para ele, absorvendo-o por completo. Meu marido tinha muito pouco tempo e disposição para mim e para nossa jovem família.

À medida que essa situação continuava, nossos interesses comuns foram, um a um, deixados de lado e eu comecei a sentir uma crescente separação entre nós, cada vez mais difícil de transpor. Finalmente pareceu-me que não havia ficado nada para manter de pé nosso casamento. A idéia de divórcio assediava-me freqüentemente. Quando eu falava com meu marido sobre a situação, só encontrava indiferença. Ele estava tão ocupado com as coisas concernentes ao trabalho, que não havia lugar para nossos problemas. Eu estava muito ofendida, frustrada e magoada.

Comecei a orar do fundo de meu coração para encontrar conforto e rumo, e para obter uma compreensão melhor de meu relacionamento com Deus, bem como de meu lugar permanente aos Seus cuidados. Lia o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy, consecutivamente, procurando, de modo específico, as verdades aplicáveis ao nosso casamento. Orei sinceramente para ser capaz de ouvir e obedecer à direção de Deus, fosse qual fosse.

Também comecei a ler, a cada domingo, o Sermão do Monte, de Cristo Jesus, procurando ver quais eram as qualidades cristãs que precisavam brilhar mais intensamente em minha própria vida. “Não julgueis, para que não sejais julgados” Mateus 7:1. foi o que me chamou a atenção por muitas semanas e eu procurei obedecer a esse mandamento com mais constância.

Procurei pensar nas qualidades divinas que eu via expressas em meu marido. De início, levei um bom tempo para lembrar de uma só qualidade boa, porque eu estava me sentindo muito magoada e negativa. Finalmente, pude admitir que ele era muito diligente em sua profissão. Usando um dicionário enciclopédico, descobri que diligência incluía constância, perseverança, esforço cuidadoso. Em Ciência e Saúde, aprendi que “na transmissão figurada do pensamento divino ao humano, a diligência. ... [acompanha] o passo dos propósitos mais elevados.” Ciência e Saúde, p. 514. Essa era uma qualidade advinda diretamente de Deus. Fiquei muito contente! Ponderei, também, que se meu marido podia expressar essa qualidade em sua profissão, ela devia ser-lhe inata e, portanto, podia ser expressa em todos os aspectos de sua vida, inclusive em relação à nossa família.

No dia seguinte, reconheci diversas outras qualidades espirituais que ele refletia e, em pouco tempo, não podia acreditar quão abençoada eu era por conhecer um homem com tantos e tão apreciáveis atributos!

Durante essa época, eu tive a oportunidade de assistir à Assembléia Anual d'A Igreja Mãe, A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston. Aproveitei esse tempo para estar próxima de Deus, para orar, ouvir e crescer espiritualmente. Em verdade, essa foi, para mim, uma experiência de renascimento. Fui despertada e tocada em profundidade.

Quando retornei a casa, tive o terno desejo de incluir mais meu marido em nossa família. Encontrei formas muito práticas para que nossa família pudesse “ir até ele”, se ele não podia estar conosco. Fazíamos pequenas coisas para ele e mandávamos bilhetes e guloseimas em seu caminhão, todos os dias.

Ao terminar de ler Ciência e Saúde e ter dedicado muito tempo ao estudo da Bíblia, todo o conceito que eu tinha de meu marido mudara. Não mais me sentia separada dele nem do Amor divino. Não mais me sentia ameaçada por seu insuportável horário de trabalho. Novas atividades e novos rumos abriram-se em minha própria vida e eu me senti mais forte e mais completa. Houve uma grande libertação da tendência de condenar e julgar e uma nova disposição para tentar amar a individualidade pura de cada um, como idéia de Deus, e deixar as pessoas elaborarem sua própria salvação com o Pai.

Nesse ponto comecei a ver progresso em nosso casamento — um pouquinho de abrandamento e uma sensação melhor de equilíbrio. Senti que, talvez, a cura estivesse completa. Depois de passar por uma situação muito difícil em nossa família, entretanto, meu marido afastou-se da religião e, outra vez, entregou-se completamente ao trabalho.

Fui forçada a ir ainda mais fundo para achar um senso de inteireza e de alegria que não dependesse de uma pessoa. Através da oração, finalmente, alcancei o ponto em que eu senti poder confiar plenamente em Deus quanto à minha vida e ao bem-estar de nossos filhos.

Aprendi que a felicidade vem de Deus e é eternamente expressa em cada um de Seus filhos. Portanto, eu podia e devia reivindicá-la e vivê-la, momento a momento. Aprendi que eu era responsável por meus próprios pensamentos e descobri que, enquanto eu estava ocupada em manter meus pensamentos puros, estava menos preocupada com o que os outros estavam fazendo, e menos dependente disso.

Lentamente, ocorreram mudanças em nosso casamento. Comecei outra vez a ver em meu marido aquele que eu conhecera e amara e a perceber mais amor e cuidado da parte dele, por mim e pela família. Percebi em meu marido uma nova dedicação à nossa união. No Natal seguinte, deu-me um lindo anel em forma de flor. Meu anel de noivado tinha a forma de um pequeno botão e, realmente, senti que nosso casamento abrira-se e florescera. Na verdade, senti como se tivesse me casado outra vez.

Isso foi há quase dez anos, e continuamos a aprender e a crescer em nosso casamento. Há mais compreensão, ternura e desvelo do que jamais houve.

Sei que se a oração conservou e fortaleceu nosso casamento, pode fazer o mesmo para outros também. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “A mesma circunstância que teu sentido sofredor considera terrificante e aflitiva, o Amor pode converter num anjo que acolherás sem o saberes. Então o pensamento sussurra docemente: ‘Vem! Ergue-te acima de tua consciência errônea e adentra-te no verdadeiro sentido do Amor, e vê a esposa do Cordeiro — o Amor desposado com a sua própria idéia espiritual.’ ” Ibidem, pp. 574–575.

Foram as verdades desse livro, Ciência e Saúde, e da Bíblia, que salvaram meu casamento. Essas verdades espirituais me confortaram, fortaleceram, encorajaram, repreenderam e regeneraram. O empenho em compreender tais verdades e crescer com elas pode restaurar, solidificar e suavizar os casamentos. Isso abençoa não somente as pessoas envolvidas, mas o mundo todo.

Comentário do marido da autora

Prezados Redatores:

Desejo confirmar o que minha esposa escreveu a respeito dos desafios que tivemos de vencer durante os vinte e um anos de nosso casamento. O mundo de hoje apresenta constantes desafios à ternura, à compreensão, à dedicação e ao amor necessários para fazer um casamento florescer e crescer. Sei que o empenho de minha esposa em orar para resolver a situação ajudou-nos a mudar e a tornarmo-nos melhores cônjuges. Sou verdadeiramente grato por sua dedicação em buscar soluções através da oração e pelo fortalecimento que a oração trouxe a nosso casamento.

Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!
A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor,
o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!
Bem-aventurados, Senhor, os que habitam em tua casa:
louvam-te perpetuamente.
Bem-aventurado o homem cuja fôrça está em ti,
em cujo coração se encontram
os caminhos aplanados.

Salmos 84:1, 2, 4, 5

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