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Suprimento estável

Da edição de julho de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Todas As Famílias gostariam de ter um rendimento certo e um futuro financeiramente seguro. No entanto, as fontes de riqueza material facilmente caem em descrédito. São “tesouros sobre a terra,” como Jesus as chamou, “onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam.” Mas também há “tesouros no céu,” Mateus 6:19, 20. que, segundo Jesus nos relata, não estão sujeitos nem à decadência nem a roubos.

Que tesouros são esses e qual é a verdadeira fonte segura de onde provém o nosso suprimento? Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, diz: “Deus nos dá as Suas idéias espirituais, e elas, por sua vez, nos dão nosso suprimento diário.” Miscellaneous Writings, p. 307. As idéias espirituais são nosso suprimento seguro que têm origem em Deus, a fonte de todo o bem, que nunca varia nem seca. Essa era a fonte divina da qual Jesus dependia e que nunca o abandonou.

Mas, e se não soubermos reconhecer essas idéias? E se tivermos sido educados de maneira a confiar no nosso próprio intelecto ou nas nossas capacidades ou na riqueza material e não tivermos aprendido a confiar no Espírito, a verdadeira origem de tudo o que somos ou que realmente temos? E se não estivermos interessados em procurar as coisas do Espírito, se não tivermos paciência nem persistência para aprender a confiar no nosso Criador, para confiar nEle acima de tudo o mais? Seria então bem mais difícil sermos capazes de usufruir das Suas idéias em situações de carência, não é verdade?

Mas o fato é que cada um de nós pode exercer a inteligência e a humildade dadas por Deus, necessárias para nos apercebermos das idéias espirituais que Ele está sempre nos comunicando. Para que tal aconteça, precisamos silenciar os pensamentos que nos dizem que não somos merecedores nem qualificados ou que vivemos no local errado no momento errado. Necessitamos igualmente apagar as promessas tentadoras de que o bem se atinge através de métodos ilegais, imorais ou mesmo meramente materiais. Esses argumentos não provêm de Deus, mas sim do “pendor da carne”, como Paulo o chamava. São as vozes da opinião do mundo, do medo, da insegurança pessoal e assim por diante. Essas vozes podem ser silenciadas através de oração, à medida que nos tornarmos receptivos ao fato espiritual de que o homem é o filho amado do Deus todo-harmonioso, da Mente infinita. O livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras da Sra Eddy, assegura-nos que “O Espírito, Deus, é ouvido quando os sentidos estão calados.” Ciência e Saúde, p. 89.

O salmista teve a clara percepção de que Deus é a fonte sempre a jorrar, de tudo o que o homem precisa na vida. Em relação ao Criador, ele disse: “Em ti está o manancial da vida; na tua luz vemos a luz.” Salmos 36:9. Assim, se tivermos uma necessidade específica de suprimento estável, poderemos volver-nos a Deus em busca de resposta. No entanto, teremos de estar prontos a reconhecer essa resposta independentemente da forma que esta assuma. As pessoas sentem com demasiada freqüência que suas orações não são atendidas, e isso acontece porque ainda não aprenderam o modo como a oração se cumpre. Uma das grandes contribuições da Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss) é fornecer-nos esse vislumbre tão importante.

Se, por exemplo, orarmos a Deus em relação a suprimento, e de nossos corações brotar o desejo de praticar alguma boa ação ou de corrigir algo de errado que fizemos com alguém, não deveríamos ignorar esse impulso, mas antes vê-lo como resposta à oração. Deveríamos ver esse impulso como expressão de suprimento estável de idéias espirituais, que nosso Pai, o Amor divino, está derramando sobre nós. É importante que desejemos verdadeiramente compreender a substância da orientação e que nos esforcemos por lhe obedecer liberalmente e não de forma mesquinha. A Bíblia diz-nos: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará.” 2 Cor. 9:6.

À medida que compreendermos que as idéias espirituais são o suprimento mais valioso que jamais possamos desejar, e que Deus, o Amor divino, é a fonte ilimitada e imparcial dessas idéias, nunca as negando a ninguém, veremos que num senso muito real, teremos sempre um suprimento estável. Este não depende fundamentalmente nem de condições econômicas, nem de fortuna pessoal, nem de habilidades. Nosso acesso ao suprimento depende apenas de nosso esforço para compreender a Deus, a Verdade eterna, mais claramente, bem como da nossa obediência mais fiel e constante a Seus ternos mandamentos.

Ao nos apercebermos de que o nosso suprimento estável vem de uma fonte espiritual, veremos que nossa necessidade básica, em caso de grave carência, não consistirá em rogar a Deus, mas sim em orar no sentido de compreender e aceitar as Suas idéias espirituais, as verdades que Ele transmite e em impor silêncio às sugestões limitativas da mente carnal. A Sra. Eddy pergunta: “Devemos implorar junto à fonte aberta, da qual jorra mais do que aceitamos, para que nos dê mais?” Ciência e Saúde, p. 2.

Por vezes tais idéias surgem sob formas que costumamos menosprezar ou às quais resistimos por uma questão de orgulho ou de justificação própria. Foi essa a lição que Naamã teve de aprender nos tempos bíblicos. O que ele necessitava, aparentemente, era humildade e obediência. Eliseu, o profeta a quem ele recorreu para obter cura, exigiu-lhe que pusesse essas virtudes em prática (ver 2 Reis 5:1–14).

Em momentos de grandes dificuldades econômicas, poderemos ficar tão absorvidos com o tentar arranjar dinheiro, que não ouvimos as verdadeiras idéias que Deus nos está proporcionando. Assim, nessas alturas, precisamos estar especialmente atentos no sentido de responder a todas as intuições espirituais, bem como a todas as oportunidades de expressar as qualidades divinas. Em relação a esse asunto, a obediência aos Dez Mandamentos é muito útil. Ser honesto e fiel ao Deus único talvez seja aquilo de que mais necessitamos de modo a tornar o nosso suprimento diário mais aparente.

Por vezes pensamos ter de ir além daquilo que a princípio parece necessário em nossa obediência à lei divina. Por exemplo, o obedecer inteiramente ao mandamento: “Não adulterarás” Êxodo 20:14., poderá requerer que nos elevemos não só acima da tentação em nós, mas que também rejeitemos a noção de que seja inevitável que outros possam ser apanhados por este tipo indigno de vida. Precisamos persistentemente negar que haja algo de impuro inerente ao homem ou que qualquer circunstância econômica bem como outras condições, possam forçar alguém a ceder a tal conduta. Tornar-se-á então necessário elevar-nos acima de qualquer corrupção de nossa fidelidade a Deus.

Quando as idéias espirituais de que precisamos se relacionam com reforma em nossa vida ou requerem orações altruístas pelos nossos semelhantes, o pensamento carnal far-nos-ia resistir e continuar aferrados a comportamentos infrutíferos ou à indiferença quanto às necessidades dos outros. No entanto, a coragem moral para aceitar humildemente o pedido divino de progresso e o amor altruísta para desafiar os pecados do mundo, poderá trazer recompensas enormes.

Deus não esconde de nós Suas idéias espirituais. Na verdade, é como Cristo Jesus disse: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino.” Lucas 12:32. Se, por vezes, o trabalho nos parece difícil, será talvez por estarmos tão petrificados pelo problema, que não mantemos o pensamento aberto àquilo de que mais necessitamos. Então o que precisamos é orar para impor silêncio aos sentidos e abrir o coração. Assim certamente veremos o suprimento do qual necessitamos.

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