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Deus é quem manda aqui em casa

Da edição de janeiro de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Há Vários Anos, uma manhã concordei em tomar conta da filha de uma amiga. Pouco depois de eu ter dado meu consentimento, comecei a ter algumas dúvidas. Outras amigas apressaram-se em me contar as experiências perturbadoras que haviam tido com essa família. Os relatos detalhavam prejuízos havidos e as tentativas infrutíferas de pôr um basta ao comportamento rebelde, principalmente de uma das crianças. Era justamente essa a criança que ficaria aos meus cuidados.

Logo chegou o dia desse compromisso. A campainha tocou e lá estava minha amiga com a filha. De repente, fui invadida por uma onda de arrependimento. Quisera ter tido a firmeza de dizer "não" logo de início. Eu já tinha meus próprios filhos para cuidar. A lista de coisas ruins que essa menina havia feito incluía haver machucado outras crianças. Até os animais de estimação não escapavam, segundo me haviam dito. A vontade que eu tinha era de me esconder num buraco.

Bem, ninguém jamais conseguiu resolver algum problema escondendo-se num buraco — exceto em desenho animado, e esse não era um desenho animado! A criança estava à minha porta e eu sabia que era chegada a hora de começar a orar. Ao perceber que teria de apoiar-me no poder de Deus, logo veio-me uma idéia. Pouco antes estivera lendo hinos do Hinário da Ciência Cristã. As palavras contemplaremos. .. o Teu divino ser vieram-me ao pensamento. Elas estão na segunda estrofe do hino n° 206:

Ó Tu, Verdade, Pai-Mãe, Deus,
Emite Tua luz,
E em Teu puríssimo fulgor
Contemplaremos com louvor
O Teu divino ser.

O que era exatamente o divino ser, nessa situação? Qual a verdade sobre Deus — e sobre o homem?

No Glossário do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy descreve a Deus desta forma: "O grande EU SOU; Aquele que tudo sabe, que tudo vê, que é todo-atuante, todo-sábio, a tudo ama, e que é eterno; Princípio; Mente; Alma; Espírito; Vida; Verdade; Amor; toda a substância; inteligência."Ciência e Saúde, p. 587. Em outros trechos de Ciência e Saúde ela fala de Deus como Pai-Mãe. Afirmar que Deus é Pai-Mãe significa reconhecer a nós mesmos como Seus filhos. Um dicionário define filho como "produto, resultado". Se o homem é o resultado de Deus, é natural que expresse as qualidades de Deus. Comecei a perceber que eu não poderia ter incorrido em erro, quando concordei em praticar um ato de bondade, porque significava expressar a natureza do meu Criador e minha própria natureza verdadeira. Percebi também que era impossível para essa criança — como filha de Deus — ser mal comportada ou iniciar alguma atividade adversa.

Com esse pensamento, recebi a menina com alegria em nossa casa e tive real prazer em tê-la conosco, tomando parte em nosso dia. Minha oração me elevara de um estado de total apreensão para o de grande alegria, estado esse que é normal aos filhos de Deus. Disse à garotinha que havia uma coisa importante que ela deveria saber sobre nossa casa: ali era Deus quem mandava, e Deus era todo-poderoso — tão poderoso que fizera todo o universo. E Deus vira que tudo quanto fizera era muito bom. Portanto, somente boas coisas poderiam acontecer em nossa casa. Depois disso, indiquei-lhe a caixa de brinquedos e disse que ela podia brincar.

Passamos uma manhã esplêndida! As crianças brincaram juntas muito bem; não quebraram nada e ninguém ficou machucado. Quando a mãe voltou para pegar a menina, nem podia acreditar no que estava acontecendo. Eu não tinha queixa alguma a fazer nem havia prejuízos a serem cobrados. Simplesmente não houvera problema algum. Sei que ela não acreditou em mim, no entanto, nós tínhamos mesmo nos divertido. Eu até esquecera que devia esperar problemas. Foi uma manhã ótima, realmente.

No dia seguinte, minha campainha tocou. Era a minha amiga com os dois filhos. Ela queria saber o que eu tinha feito, pois a menininha se comportara bem o resto do dia anterior e nessa manhã até aquela hora. A mãe queria crer que alguma mudança para melhor tinha ocorrido e que o bem continuaria, contudo, sentia-se insegura quanto ao que teria acontecido e o que fazer a respeito. Sua lista de coisas que se tinham normalizado era ao menos tão extensa quanto aquela que me fora dada a conhecer, detalhando o mau comportamento daquela criança.

Eu não tinha orado para que a menina se tornasse uma criança melhor. Em realidade, eu não havia nem mesmo orado de maneira específica para a criança. Tinha, isso sim, orado para mim mesma e para o meu próprio lar, a fim de perceber o fato de que nós todos estávamos protegidos da discórdia. Por estar vendo toda a minha família sob a lei de Deus, tudo dentro de minha casa fora abençoado. A oração específica, naquela manhã, acontecera num abrir e fechar de olhos e não fora complicada. Eu tentara conhecer a Deus melhor e fora receptiva à Sua revelação de Si mesmo.

Falei à minha amiga dos conhecimentos que eu tinha a respeito de Deus e lhe expliquei como eu estava aprendendo mais sobre Ele através do estudo da Bíblia e do livro-texto da Ciência Cristã. Ela e os filhos nos visitaram várias vezes após essa experiência, até que nos mudamos daquela cidade. Muito embora nossas famílias já não estejam em contato, eu jamais perdi de vista o fato de que Deus é quem manda — Ele é o único poder real em minha vida e na de qualquer outra pessoa.

Eu nada posso fazer de mim mesmo;
na forma por que ouço, julgo.
O meu juízo é justo porque não procuro
a minha própria vontade, e, sim,
a daquele que me enviou.

João 5:30

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