No ano passado, diversas crianças e jovens participaram de dois encontros organizados pelo Departamento Editorial do Journal, Sentinel e do Arauto, onde se falou sobre a experiência de escrever para os periódicos da Ciência Cristã. Durante esses encontros eles ouviram, fizeram perguntas, escreveram e produziram ilustrações originais. Aqueles jovens nos falaram sobre as idéias que lhes foram úteis ao escreverem para os periódicos e gostaríamos de compartilhar algumas dessas idéias.
Escrever Para Os periódicos da Ciência Cristã não é a mesma coisa que escrever para o jornalzinho da escola ou para uma revista literária. O enfoque é totalmente diferente. É uma oportunidade de compartilhar seu entendimento espiritual e suas curas. Você pode escrever um artigo, um testemunho ou um poema e enviar-nos o seu trabalho escrito à mão, datilografado ou digitado em computador; se preferir, pode gravar sua mensagem numa fita cassete.
Você pode escrever sobre qualquer experiência em que tenha aplicado a Ciência Cristã. Você pode falar sobre a cura de uma doença ou de um ferimento, ou mesmo contar uma experiência relacionada com honestidade, com a superação do medo, ou com amizades. É bom compartilhar os ensinamentos que você mesmo comprovou ou pôs em prática na sua vida.
A seguir destacamos algumas perguntas e respostas apresentadas no encontro.
Pergunta: De onde vêm os artigos publicados nos periódicos da Ciência Cristã?
Resposta: Do mundo todo — de pessoas como vocês que estão pondo os ensinamentos da Ciência Cristã em prática e querem contar como esta religião as está ajudando.
É motivo de alegria pensar que seu artigo ou poema pode ajudar uma pessoa que mora do outro lado do mundo. Algumas das pessoas que escreveram já receberam cartas de outros que leram seus escritos e foram ajudados com as idéias apresentadas. Talvez vocês mesmos conheçam alguém que já tenha escrito para os periódicos. Quando compartilhamos o que já demonstramos, estamos encorajando e apoiando uns aos outros. Por isso é que é tão importante receber as colaborações de vocês!
P: Qual a diferença entre escrever um testemunho e escrever um artigo?
R: Vamos ver. Se você está pensando em escrever um testemunho, você vai falar sobre sua própria experiência. O testemunho vai centralizar-se no que aconteceu quando você orou. O artigo, por sua vez, também pode incluir uma experiência sua, mas nele você vai falar mais sobre as idéias que foram importantes na sua experiência, explicando melhor o raciocínio que você desenvolveu a partir de uma base espiritual. A cura pode ser usada para ilustrar as idéias apresentadas, mas nunca deve ser o ponto principal do artigo. Se você não tem certeza se o que escreveu (ou gravou numa fita) deva ser considerado artigo ou testemunho, mande-o para nós e ajudaremos na decisão.
P: É necessário que cada artigo inclua uma cura?
R: Não. Às vezes um artigo pode parecer mais elucidativo por ter sido ilustrado com uma cura. Qualquer que seja sua decisão, o melhor é escrever com base na sua própria experiência. Tudo que você escrever deve ser baseado no que você demonstrou. Aconselhamos os escritores a se fixarem em um tópico que lhes toque de perto o coração.
P: Posso escrever com minha professora da Escola Dominical ou com meu pai?
R: Se você quiser, sua mãe, seu pai, seu avô ou sua professora da Escola Dominical poderão acrescentar alguns comentários sobre sua experiência. Você pode pedir que eles escrevam (numa folha separada) um ou dois parágrafos a respeito de sua experiência, que poderão ser incluídos como uma observação especial ao final do que você escreveu. Mas não deixe ninguém explicar o que aconteceu e como você orou. O que você tem a dizer é muito importante.
P: Posso escrever meu artigo com base em algum relato bíblico?
R: Muitos artigos e testemunhos fazem isso. Não esqueça de mostrar a relação entre a mensagem bíblica e o mundo de hoje, e que ensinamento você tirou dela. Pode ser interessante incluir uma experiência dizendo como você aplicou o que aprendeu.
P: Que tamanho deve ter o meu artigo?
R: Bem, nós já recebemos peças bem curtas, escritas por crianças mais novas. O importante é que o que você está contando o ajudou e isso deve ficar bem claro. O número de palavras não é tão importante quanto o que está sendo escrito. Descreva sua experiência o suficiente para que os leitores entendam como você orou para obter a cura. Mas não se detenha muito nos detalhes da doença ou dos ferimentos, pois o enfoque principal deve estar na cura.
P: Posso escrever sobre meu gato que foi curado?
R: Sim. Mas volto a dizer, faça o esforço de realmente deixar transparecer no seu texto o que você pensou, a maneira como orou e o que você aprendeu sobre a verdade espiritual. Por outro lado, mesmo sabendo como a oração é eficaz em relação a toda a criação de Deus, é importante compartilhar tantos exemplos quantos for possível, mostrando como a Ciência Cristã cura crianças e adultos.
P: Eu fiz um desenho. Quer ver?
R: Sim. As ilustrações para artigos ou poemas sempre são bem-vindas.
A seguir compartilhamos alguns testemunhos apresentados nos encontros
Um dia eu estava numa reunião de Bandeirantes. Todo mundo já havia ido embora, mas minha mãe ainda não tinha vindo me buscar. Fiquei preocupada. Uma das líderes ofereceuse para me levar, pois eu tinha a chave de casa. Antes de sair, pedi à senhora da Secretaria que, caso minha mãe telefonasse ou fosse à escola, ela dissesse que eu estava em casa.
Quando cheguei em casa, minha mãe não estava. Comecei a entrar em pânico e a chorar. Tive o pensamento de que eu devia me acalmar. Foi um pensamento tão forte, que eu percebi que vinha de Deus, e obedeci. Fiquei esperando na janela, ansiosa para ver o carro de mamãe chegar. Mas ele não vinha. Deitei-me no sofá, fechei os olhos e fiquei atenta aos pensamentos que vinham de Deus. Então Deus me disse: "Está tudo bem. Ela está a caminho." Eu sabia que era verdade. Fiquei muito feliz e aliviada. Nesse momento, o telefone tocou. Era minha mãe! Disse que havia se esquecido de que eu sairia mais cedo do colégio naquele dia, e que logo estaria em casa.
Quando ela chegou, contei-lhe minha experiência. Eu estava tão feliz, que fiquei com vontade de dar um abraço em Deus.
Pembroke, Massachusetts E.U.A.
Observação dos pais: As aulas de Callie geralmente terminam às 14h40, e ela fica uma hora a mais na escola, para a reunião de Bandeirantes. Telefonei às 14h40 para saber se estavam em reunião. Perguntei se estavam lá e a Secretária respondeu: "Sim, estão." Pensei que ela quisesse dizer que a reunião estava começando e que eu poderia pegar minha filha uma hora depois. Aproveitei o tempo para fazer algumas coisas, cheguei à escola ás 15h40 e não vi nenhuma Bandeirante. A Secretária me informou que Callie havia ido para casa com a mãe de outra menina. Fiquei surpresa quando ela me disse que era o dia de saírem mais cedo, e que ela havia entendido que eu estava perguntando se a reunião já terminara quando telefonei. Ao saber que Callie havia ido para casa, logo lhe telefonei. Ela ficou muito aliviada e eu lhe assegurei que ela estava bem. Fiquei muito grata ao saber que Callie havia se voltado totalmente para Deus. Esta é uma experiência da qual sempre nos lembraremos, e que nos reafirmou que Deus se comunica conosco quando estamos atentos.
Eu estava trabalhando quando Callie me telefonou para dizer que sua mãe estava atrasada. Estava chorando, muito assustada. Afirmei que tudo estava bem e que essa era uma oportunidade de aplicar o que havia aprendido na Escola Dominical. Disse-lhe que telefonaria em poucos minutos novamente. Quando liguei, ela alegremente me disse que a mãe tinha acabado de chegar.
Um dia eu estava em uma cadeira na cozinha perto do fogão e queimei o dedo. Pus o dedo na boca e gritei: "Mamãe!" Minha mãe veio correndo e me pegou nos braços. Eu sabia que Deus estava comigo, mesmo que a dor fosse forte. Pouco tempo depois eu não sentia mais nada, e então comi macarrão.
Pembroke, Massachusetts E.U.A.
Observação da mãe: O Ben gosta de ajudar-me na cozinha. Naquele dia estávamos juntos perto do fogão, preparando o almoço. Enquanto me afastei para apanhar alguma coisa na geladeira, Ben ficou se balançando na cadeira, e acabou perdendo o equilíbrio. Ao tentar segurar-se na beira do fogão, seu dedo tocou a chama ardente. Lembro-me de haver pensado imediatamente na sua inocência como filho de Deus. Quando o tomei nos braços, falamos sobre a proteção que Deus nos dá. Lembrei-o de que ele é muito amado, e de que quando me ajudava a preparar o almoço ele também estava expressando amor. O amor de Deus não inclui nenhum sofrimento. Em pouco tempo ele parou de chorar e voltou à sua alegria natural, sempre disposto a ajudar. O dedo tinha a aparência normal, e saboreamos o almoço que tínhamos preparado. Sou muito grata por esta prova do perfeito amor de Deus por todos os Seus filhos.
Na véspera de um feriado torci o tornozelo quando brincava com meus amiguinhos da Escola Dominical. Meu tornozelo doía muito e eu não conseguia caminhar.
Quando cheguei em casa, telefonei para um praticista. (Um praticista da Ciência Cristã é uma pessoa que ora com você para obter a cura.) Ele me disse para eu me apoiar no amor de Deus.
No dia seguinte eu ainda não conseguia andar, por isso meu pai teve de me carregar. Até quando ele me sentava para um descanso, meu tornozelo doía.
Então minha amiga Bethy me disse: "Por que você não se levanta?" Naquele instante me pus de pé! Eu, de fato, me apoiei em Deus, a Verdade, e meu tornozelo ficou bom.
Estou grata por ter podido caminhar e correr livremente com meus amigos o resto do dia.
Sou muito feliz por saber que Deus ama todos os Seus filhos, e que Bethy ouviu a mensagem do anjo de Deus.
Lexington, Massachusetts E.U.A.
Observação dos pais: Naquela manhã pensamos em cancelar nossos planos para o dia. Abbie não podia colocar nenhuma força sobre o tornozelo. Ficamos alguns momentos juntos em silêncio, atentos à orientação de Deus. Decidimos, então, não dar ouvidos à falsa afirmação de que nosso Pai-Mãe Deus pudesse criar uma idéia que não fosse perfeita. Assim, continuamos com nossa programação. Abbie tinha uma alegre expectativa do bem. Quando sua amiga Bethy pediu que ela se levantasse, ela assim o fez sem hesitar, sem sentir dor, e sem olhar para trás.
Observação da amiga: Naquele feriado, quando a família de Abbie e a minha foram juntas ao desfile, o pai dela teve de carregá-la. Abbie havia machucado o tornozelo no dia anterior e não podia caminhar. Eu sabia que a verdade era que um tornozelo machucado não fazia parte de minha amiga, porque Deus a fizera perfeita.
Quando pedi a Abbie que se levantasse, ela atendeu. Fiquei muito feliz porque ela estava bem.
Lexington, Massachusetts E.U.A.
Uma noite, chegaram algumas visitas lá em casa e deixaram o vidro traseiro do carro aberto. Meu gato amarelo e branco, que eu chamava de Coronel Mostarda, deve ter visto o vidro aberto, pulou para dentro do carro e acabou pegando no sono.
Algum tempo depois as visitas foram embora. Depois de terem andado um pouco, notaram a presença de Coronel e o puseram fora do carro. Coronel era um gato caseiro, que não estava acostumado a andar pelas ruas.
No dia seguinte notamos a falta dele. Telefonamos para as visitas da noite anterior e perguntamos se tinham visto nosso gato. Responderam que no caminho haviam soltado um gato amarelo e branco. Ficaram muito chateados quando souberam que era nosso.
Naquele dia eu estava muito triste, mas minha mãe veio ao meu quarto e falou-me sobre esperança e disse que podíamos confiar em que Deus guiaria o Coronel para casa. Na manhã seguinte, quando saí de casa, lá estava o Coronel, sentado na casinha dele. Fiquei muito agradecida.
Tioga, Texas, E.U.A.
Um dia, minha amiga, meu irmão e eu fomos deslizar de trenó rampa abaixo, na neve. Desci uma encosta com tanta velocidade, que fui parar dentro de um galpão nos fundos da casa, ferindo o lábio. Minha mãe conversou comigo sobre como Deus nos ama e nunca deixa que nos machuquemos. Escutei atentamente a Deus e orei para não ficar com medo. Em pouco tempo nem dava para notar que eu havia machucado o lábio.
Rockport Massachusetts, E.U.A.
Obervações da mãe: Quando Emily entrou em casa pela porta dos fundos, chorando, percebi imediatamente que seu lábio precisava de atenção. Pedi à sua irmã mais velha que chamasse um praticista da Ciência Cristã, e depois uma enfermeira da Ciência Cristã que morava perto. Enquanto consolava Emily e tentava limpá-la o melhor que podia, meu pensamento elevava-se para Deus, buscando sentir Seu amor que a todos envolve, e que nunca abandona nenhum de Seus filhos. Afirmei que Emily nunca poderia cair fora do cuidado de Deus, porque Deus está em toda parte.
Minha filha mais velha saiu para buscar a enfermeira. Enquanto aguardávamos a chegada delas (uns dez minutos mais ou menos), Emily ficou quieta em meus braços, ouvindo-me cantar um de seus hinos preferidos do Hinário da Ciência Cristã. Começa com: "Gentil presença, gozo, paz, poder..." (Hino n° 207). Começamos a sentir-nos envolvidas em paz e calma.
Quando a enfermeira chegou, cuidadosamente limpou e cobriu o ferimento, e suavemente assegurou a Emily que tudo estava bem. Depois que ela saiu, Emily e eu telefonamos para a praticista que estava orando conosco. Ela nos falou sobre escutar os anjos — pensamentos amorosos sempre presentes que vêm de Deus. Todos nós gostamos muito de fazer isso. Durante essa experiência, um sentimento de cooperação e ternura foi expresso por todos os membros da família. No dia seguinte o corte tinha fechado completamente. Depois de alguns dias, não havia mais nenhuma evidência do acidente.
Minha mãe estava muito doente. Eu sabia que Deus estava com todos. Naquela noite orei por ela. Papai também orou. Na manhã seguinte eu lhe disse que tinha orado por ela, e ela me respondeu que se sentia bem melhor. Eu sei que Deus ama a todos.
New Providence New Jersey, E.U.A.
Observação da mãe: Quando Caryn participou do Encontro de Jovens Escritores realizado durante a Assembléia Anual d'A Igreja Mãe em Boston, Massachusetts, no ano passado, ela escreveu sobre uma experiência que aconteceu em nossa família. Um membro d'A Igreja Mãe que cuidava de crianças ajudou-a a escrever as palavras que ela queria usar. Caryn tinha acabado de fazer seis anos. A cura ocorreu da forma como ela relatou.
Eu me sentia muito mal e disse a minha filha que precisava deitar-me um pouco. Caryn foi para o quarto dela; deitei-me na cama, tentando conciliar os pensamentos e orar por mim. Antes mesmo de começar a orar, senti que a indisposição começava a ceder. Pensei: "Alguém está orando por mim." Senti-me bem melhor no mesmo instante.
Naquela noite dormi profundamente. Quando acordei pela manhã, Caryn estava ao lado de minha cama sorrindo. Pergunteilhe: "Você esteve orando por mim, não?" Ela disse: "Sim." Mais tarde, perguntei-lhe que pensamentos ela tinha usado. Ela respondeu: "Eu sei que Deus está em toda parte e que Ele ama você. Ele fez você perfeita, por isso você é perfeita." Era tão simples! Agradeci-lhe e louvei a Deus por Seu cuidado amoroso.
Caryn freqüenta a Escola Dominical da Ciência Cristã em nossa igreja filial e está aprendendo a relação do homem com Deus. Em casa lemos artigos do Christian Science Sentinel e conversamos sobre as histórias da Bíblia contidas nas Lições Bíblicas semanais. Quando Caryn tem algum problema, procuramos compreender mais profundamente a totalidade de Deus, Sua onipotência e Seu amor por nós — e por todos os Seus filhos.
