Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Durante Quase Toda a...

Da edição de janeiro de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Durante Quase Toda a minha infância sofri de depressões. Meus pais bebiam muito e meu pai foi muito violento com todos nós, tanto verbal como fisicamente. Apesar de ser boa aluna e excelente em música, eu sempre achava que devia fazer mais — se eu fosse uma pessoa melhor, talvez a vida familiar melhorasse e talvez os meus pais me aceitassem. Cedo comecei a acreditar que eu sempre seria feia, boba e medíocre.

Aos treze anos descobri, quase ao mesmo tempo, o álcool, a maconha e os namorados. Eu gostava de me embebedar e de me dopar junto com os amigos e se um rapaz se interessava por mim, especialmente se fosse mais velho, eu achava que era valorizada por alguém. Sentia-me deprimida quando não tinha encontros com rapazes. Ter namorados tornou-se por si só uma espécie de vício, mesmo que o relacionamento fosse infeliz ou meu parceiro me maltratasse.

Durante o segundo ano da faculdade, senti-me sobrecarregada pelos estudos. Imprudentemente, eu havia me inscrito em demasiados cursos. Quando algum namorado me dava o fora, eu costumava cortar-me com cacos de vidro ou lâminas. Como conseqüência, fui temporariamente internada no departamento psiquiátrico de um hospital da região, a fim de receber tratamento contra a depressão e o comportamento autodestrutivo. Mais tarde, mudei para outro estado, onde me tornei financeiramente independente e onde pude levar a cabo os meus estudos. Durante os cinco anos seguintes, tratei-me regularmente com um psicólogo. Eu acreditava que meu passado estava me impedindo de levar uma vida normal.

A terapia e as reuniões de grupos de apoio contra o alcoolismo proporcionavam-me alguma ajuda construtiva e fui encorajada a volver-me a um "poder maior". Comecei a orar a Deus como podia e isso me trazia alívio contra os sentimentos de ansiedade e depressão, e me ajudava a encontrar solução para os problemas.

Um ano mais tarde, aproximadamente, comecei a namorar um velho amigo de escola, que era Cientista Cristão. Perguntei-lhe sobre sua religião e o que ela significava para ele. Contei que estava aprendendo a orar e falei das experiências de cura que eu tinha presenciado como resultado da oração. Ele me contou algumas das coisas que aprendera na Ciência Cristã e convidou-me para assistir a uma conferência de sua religião. Fui à conferência apenas como pretexto para encontrá-lo de novo, mas o que ouvi ali tinha lógica para mim.

Durante o ano seguinte, estudei as Lições Bíblicas do Livrete Trimestral da Ciência Cristã e fiz muitas perguntas ao meu amigo. Também lia e procurava compreender Ciência e Saúde. Um dia me confidenciei com uma mulher que trabalhava na Sala de Leitura da Ciência Cristã, que eu estava visitando. Soube que ela não somente crescera com pais alcoólatras e fora curada de muitas dificuldades oriundas dessa experiência, como também era ela praticista da Ciência Cristã. Comecei a visitá-la todas as semanas, ávida de saber tudo que ela falava sobre Deus e a Ciência Cristã.

A essa altura eu havia me tornado muito dependente do meu namorado. Era esplêndido estar junto com sua família compreensiva. Mas, de vez em quando, a minha própria vida familiar parecia tão ruim em comparação à dele, que eu ficava bastante ressentida. Quando ele me disse que se sentia oprimido por mim (com toda razão), e que estava interessado em outra moça, fiquei desesperada e outra vez me sentei traída e na solidão. Comecei a imaginar uma maneira de me suicidar. Entretanto, alguma coisa dentro de mim desejava que esses sentimentos de autodepreciação e depressão fossem sanados, de uma vez por todas.

Pedi à praticista que orasse por mim. Estava tão desgostosa com minha vida, que desejava uma mudança radical. Durante as semanas seguintes, ela conversou comigo a respeito da Bíblia e dos escritos da Sra. Eddy. Falamos sobre o Salmo 91 e o que ele diz sobre habitar "no esconderijo do Altíssimo" e descansar "à sombra do Onipotente". Falamos sobre Jesus no horto de Getsêmani. Ele estava sozinho. Seus amigos haviam adormecido e não o apoiaram nesse momento difícil. Ele não queria ser crucificado, mas disse a Deus: "Não se faça a minha vontade, e, sim, a tua" (Lucas 22:42). Jesus sabia que Deus estava com ele, mesmo se nenhum ser humano estivesse, e que Deus o levaria a provar a verdadeira segurança e o domínio do homem sobre o mal. Com referência ao anelo de Jesus, não atendido, por apoio humano, Ciência e Saúde diz: "Esse anseio humano não foi correspondido, e assim Jesus volveu-se para sempre da terra para o céu, do sentido para a Alma" (p. 48).

A praticista assegurou-me que aquilo de que sentia falta em relação ao meu ex-namorado, eram as qualidades espirituais que ele expressava. Essas qualidades provinham de Deus e não podiam ser perdidas, nem podiam ser limitadas a uma pessoa. Ela me disse que eu não precisava obter amor na minha vida porque, como filha de Deus, o Amor era a fonte verdadeira da minha identidade real. Como reflexo de Deus, eu já desfrutava de Sua companhia permanente, não era alguma coisa que me faltava.

Ela me explicou que a minha identidade espiritual nunca tinha tido início, nem jamais poderia ter fim, porque o Espírito é imortal. Se eu desejava suicidar-me, melhor seria compreender que isso não me livraria de ter de aprender sobre o ser espiritual. Assim sendo, era melhor eu continuar vivendo e começar a viver a Vida! Ela me encorajou a entender quanto amor já estava sendo expresso ao meu redor, em maneiras que eu nem tinha imaginado. Quando comecei a reconhecer e apreciar o amor de Deus, Sua presença tornou-se cada dia mais palpável.

Os pensamentos fantasiosos sobre suicídio desapareceram dentro de poucos dias e não voltaram. Comecei a freqüentar a igreja da Ciência Cristã na minha cidade e fiz algumas novas amizades, tanto na igreja como na comunidade. Comecei a pensar nos outros e a fazer gentilezas — coisas que antes eu teria feito apenas para namorados, como levar o jantar a um amigo que tinha de trabalhar até trade, ou distribuir doces para os colegas no escritório. Não demorou muito para eu ter um novo senso de segurança e alegria como filha de Deus, o que foi notado por outras pessoas, inclusive por minha própria família. A princípio, pensei que iria sentir falta da maconha ou de beber ocasionalmente, mas descobri que essas coisas não me faziam falta alguma, e para mim esse novo modo de pensar valia todo o tempo e esforço dispensados. Meu telefone começou a tocar com convites para passear e outras atividades.

Cerca de três meses após o rompimento com meu namorado, conheci outro rapaz que também fora educado num lar de Cientistas Cristãos. Começamos a nos encontrar com freqüência e casamonos no mesmo ano. Temos um casamento feliz — um casamento onde há crescimento espiritual, liberdade, amor, apoio e estabilidade. Eu amo muito meu marido, mas não me sinto dependente dele para ser completa. E isso sim, foi algo totalmente novo para mim.

Não posso dizer que agora minha vida seja perfeita; continuo tendo de resolver problemas, através da oração. Estou aprendendo sempre mais sobre como orar por mim mesma, e sobre como encontrar respostas na Bíblia e em Ciência e Saúde. Também gosto muito de ajudar os outros. Realmente não há nada mais importante para mim do que continuar a aprender sobre Deus e sobre o relacionamento do homem com Ele, agradecendo-Lhe pela riqueza e inteireza que cada dia nos proporciona.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / janeiro de 1995

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.