O Garoto Chorava amargamente. Havia sido pego em flagrante, roubando. Na delegacia, ele falou de sua infância. Quando sua mãe ia à feira, ela costumava equilibrar uma cesta na cabeça e carregá-lo preso às suas costas. Passando pelas barracas que tinham pilhas altas de alimentos, ela se abaixava para examinar melhor alguns produtos. Nesse momento, o menino pegava aquilo que lhe agradava e jogava na cesta. Sem saber o que ele fazia, sua mãe pagava apenas pelos alimentos que ela havia escolhido. Esse procedimento errado não foi corrigido e o garoto continuou a adotá-lo quando era pequeno. Ele se sentia justificado, por ser pobre.
Quando tomei conhecimento desse incidente, percebi como era importante o garoto reconhecer que errara e não voltar a repetir o erro. Mas também pensei: "Será que as lágrimas também não manifestavam sua revolta contra a desonestidade? Não era sua inocência espiritual que clamava para ser reconhecida?"
A Bíblia nos fala de uma ocasião em que as lágrimas de uma pessoa indicaram um profundo desejo de mudança. Lucas conta que Cristo Jesus era o convidado de um fariseu chamado Simão. "E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento." Lucas 7:37, 38. Ao comentar esse episódio em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy levanta a questão: "Tratou Jesus a mulher com desprezo?. .. Não! Ele a olhou com compaixão." Adiante, na mesma página, a Sra. Eddy pergunta: "Teria ela se arrependido e regenerado, e havia a perspicácia de Jesus percebido esse silencioso reerguimento moral?" Ciência e Saúde, p. 363. A pureza do Mestre permitiu que ele visse o que os outros não viam, e então pôde dizer a ela: "Perdoados são os teus pecados." Lucas 7:48.
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