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Uma oração atendida

Da edição de fevereiro de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


No último dia de aula, quatro amigas minhas e eu fizemos um pacto de jamais tomar bebidas alcoólicas no curso colegial, que iniciaríamos no ano seguinte. Durante todo o verão, a lembrança desse pacto me ajudou a acalmar o medo de enfrentar a pressão que, eu sabia, os colegas do colegial fariam para eu beber. Aconteceu, porém, que logo no primeiro fim de semana em que minhas amigas e eu fomos a uma festa da escola, as quatro começaram a beber com a rapidez de um relâmpago. Senti-me traída e sozinha. De repente, nosso pacto não significava mais nada. Eu era a única pessoa sóbria, na festa, e estava me sentindo realmente de fora. Não sabia o que fazer nem para onde me voltar.

Nos dias seguintes, continuei a me sentir deprimida e sozinha. Peguei a Lição Bíblica daquela semana, que se encontra no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, na esperança de encontrar algum consolo. A primeira citação bíblica que encontrei era de Salmos, e dizia: "Em me vindo o temor, hei de confiar em ti." Mal conseguia acreditar no que via! A mensagem dessas poucas palavras varreu completamente todo o medo que sentira nos últimos três meses. Continuei a ler: "No dia em que eu te invocar, baterão em retirada os meus inimigos: bem sei isto que Deus é por mim.. .. Neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem?" Salmos 56:3, 9, 11.

Cada palavra dessa Lição me fazia sentir melhor e mais confiante. Comecei a entender que eu jamais poderia estar sozinha, porque Deus está sempre comigo. Ele está sempre presente e, como Sua imagem e semelhança, eu não poderia estar separada dEle. Compreendi que eu não precisava ter medo dos colegas, do álcool, da escola, porque Deus, o bem, é o único poder. Ele cuida amorosamente de mim e sempre cuidará.

Lembrei-me do relato que a Bíblia contém, sobre Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Ver Daniel cap. 3. Os três rapazes foram lançados na fornalha ardente porque se recusaram a curvar-se perante a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor havia erigido. Eles devem ter tido a compreensão do perene amor e onipresença de Deus. Quando saíram da fornalha, "ajuntaram-se os sátrapas, os prefeitos, os governadores e conselheiros do rei, e viram que o fogo não teve poder algum sobre os corpos destes homens; nem foram chamuscados os cabelos da sua cabeça, nem os seus mantos se mudaram, nem cheiro de fogo passara sobre eles."

Compreendi que essa história tinha alguma relação comigo. Eu não precisava me curvar perante a pressão dos colegas, nem precisava ficar sem jeito e embaraçada pela decisão que tomara de não beber. Confiando somente em Deus, eu sabia que não podia ser prejudicada, de forma alguma. Eu estava constantemente aos cuidados dEle.

Continuei a estudar aqueles trechos, a semana toda, e a cada dia encontrava nova inspiração. Quando chegou novamente o fim de semana, apeguei-me firmemente à verdade de que Deus estava sempre cuidando de mim. Ele não me deixaria sozinha. Dessa vez, quando minhas amigas quiseram beber, eu não senti medo algum. Se um pensamento de temor ou de mal-estar vinha me tentar, eu logo me lembrava de que Deus estava sempre comigo e de que nenhuma sugestão mortal e materialista (como por exemplo: "quem não bebe fica sem amigos") tinha o poder de me influenciar. Com os pensamentos firmes nesses conceitos, senti-me em paz. Em vez de pensar: "Eles bebem, eu não bebo, compreendi que, em realidade, éramos todos filhos perfeitos de Deus."

Nos últimos tempos, tenho aproveitado a companhia dessas amigas, mas sem sentir a necessidade de ficar o tempo todo com elas. Ampliei meu círculo de amizades e conheci outras pessoas que também não bebem. Não acho que estou perdendo alguma coisa com a decisão de não beber e sinto-me completamente à vontade. Além disso, a verdadeira alegria não é encontrada na bebida. Acho que com essa decisão eu fiquei até mais livre.

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