Escrever Para Os periódicos da Ciência Cristã é uma das belas e proveitosas oportunidades para demonstrar as capacidades espirituais ilimitadas que todos nós temos. É surpreendente como muitas vezes aceitamos, sem questionar, limitações e impedimentos.
Por exemplo, antes de entrar para a prática pública da Ciência Cristã, há alguns anos, eu havia escrito diversos artigos que foram publicados no Christian Science Sentinel. Contudo, como minhas ocupações aumentaram, achei que eu não tinha mais tempo para continuar a desenvolver essa atividade.
Dez anos depois, vi que eu estava duas vezes mais ocupada e comecei a repensar minhas atitudes e prioridades, em todos os campos. Entre outras coisas, despertei para o fato de que a possibilidade de escrever para os periódicos não deveria ser medida pela quantidade de tempo que temos disponível. Em vez disso, podemos aprender a "parar e ficar atentos a Deus". Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy escreve: "Ao contemplar as tarefas infinitas da verdade, paramos — ficamos atentos a Deus. Depois investimos para a frente, até que o pensamento sem peias caminhe embevecido e se dêem asas à concepção ilimitada para que alcance a glória divina." Ciência e Saúde, p. 323. Compartilhar, de maneira mais ampla, as idéias sanadoras da Ciência Cristã, é o resultado natural de nosso amor pela humanidade. Escrever para os periódicos mostra nosso profundo apreço pelas leis de Deus e sua aplicação prática aos nossos afazeres diários.
À medida que aprendia a esperar mais em Deus e a ficar mais atenta à direção divina, tornei-me também mais consciente da necessidade urgente que a humanidade tem de ser salva do desespero do materialismo e do sentido pessoal. Por isso, decidi fazer um esforço constante para compartilhar com os outros o progresso espiritual que estava reformulando minha própria vida e prometi a mim mesma seguir cinco pontos básicos que, a meu ver, constituiriam uma sistematização flexível do trabalho:
1. Mandar aos redatores um ou mais artigos religiosos, por ano. Pelo menos um deveria ser mandado dentro de um período específico de três meses.
2. Qualquer que fosse o artigo, trabalhar com a maior compreensão possível de que a mensagem ali contida era a atividade espiritual da Mente, e não um empreendimento pessoal. Para isso, é às vezes necessário tanto esforço quanto para escrever o artigo em si. Nem sempre é fácil para a mente humana captar e aceitar o fato espiritual de que a Mente divina interpreta e manifesta suas próprias idéias individualmente, ao autor, aos redatores e aos leitores, de acordo com as necessidades do momento. Um dos fatores mais importantes, para mim, nessa tarefa, foi tirar o ego mortal do meio do caminho.
3. Escrever sobre assuntos que estão vívidos em minha consciência, por minha própria demonstração de sua praticabilidade e, sempre que possível, incluir no artigo a prova dessa praticabilidade.
4. Gostar do assunto, pesquisá-lo a fundo e procurar novos vislumbres a respeito dele. Abordá-lo de todos os ângulos com a compreensão de que as verdades básicas podem ser inspiradoras tanto para o novato como para o estudante mais experiente, quando forem declaradas de forma simples e explicadas com novas aplicações às necessidades diárias.
5. Continuar a revisar o artigo tantas vezes quantas forem necessárias para conseguir maior clareza, e depois estar disposta a continuar a revisá-lo quando os Redatores assim sugerirem. Sempre aprendi muito com a orientação destes na revisão, dada com tanta consideração e talento.
Escrever para os periódicos pode nos ajudar a desenvolver nossas capacidades ilimitadas, como expressões da Mente divina; pode também nos ajudar a pensar com mais profundidade e clareza, a alcançar maior disciplina espiritual, a comunicar-nos melhor com a humanidade e a descobrir que a Mente criadora está sempre se manifestando na consciência individual de cada um de nós.
Assim fala o Senhor, Deus de Israel:
Escreve num livro todas as palavras que eu disse.
Jeremias 30:2
