Aos doze anos, mais ou menos, mudamo-nos para uma região do meu país, onde fazíamos parte do pequeno grupo de cristãos da cidade. Meu país de origem é o Irã e a Bíblia é proibida lá. Somente a um número muito pequeno de imigrantes é permitida a prática de sua própria religião cristã, mas esse privilégio não é estendido àqueles que se convertem e se afastam da religião oficial do país.
Na ocasião em que nos mudamos para essa cidade, para que meu pai pudesse trabalhar com missionários cristãos, ainda não havia, no país, o fundamentalismo rígido que há agora. As pessoas pareciam ser mais tolerantes com os cristãos. Entretanto, havia muitas outras pessoas que não toleravam a nossa conversão ao cristianismo e que nos hostilizavam abertamente. Minha irmã e eu tínhamos nos acostumado ao ódio que às vezes nos era dirigido, devido à nossa fé cristã. Não era raro, no trajeto para a escola, que alguma janela se abrisse e alguém cuspisse sobre nossa cabeça. Contudo, nossa confiança no amor de Deus era tão grande, que as perseguições pelas quais passávamos só nos tornavam ainda mais fortes na nossa fé cristã, e fomos salvas de muitos ataques do ódio alheio.
Essas experiências da infância me foram úteis mais tarde, na vida. Aprendi que nenhum terror, de qualquer espécie, jamais pode nos tocar de verdade. Não quando sabemos quem realmente somos e onde realmente estamos. O Salmo 23 exprime esse pensamento. Minha irmã e eu havíamos memorizado esse Salmo, quando éramos pequenas, mas foi somente quando comecei a estudar a Christian Science, que cheguei a entender seu significado verdadeiro.
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