O APELO DA ÉPOCA NATALÍCIA

É a metafísica, não a física, que nos capacita a permanecer inabaláveis em sublimes altitudes, contemplando o imensurável universo da Mente, perscrutando a causa que governa todos os efeitos, ao mesmo tempo em que sentimos a força da unidade existente entre Deus e o homem. Existe “método” na “loucura” desse sistema — visto que loucura parece ser para muitos observadores. Esse método assenta sereno ao portal do templo do pensamento, enquanto os líderes das escolas materialistas se deixam levar por bufonarias irracionais. A cura metafísica busca a sabedoria que é mais elevada do que a tintura de ruibarbo ou uma pílula de ipecacuanha. Trata-se de um método suficientemente piedoso para confiar no Cristo, mais do que em drogas.

Com humildade nos ajoelhamos aos pés de nosso Mestre, por uma migalha que seja, caída de sua mesa. Temos fome de Amor, da caridade alada de branco que cura e salva; estamos cansados de superficialidades teóricas — tanto quanto o filho pródigo estava cansado das alfarrobas que compartilhava com os porcos, aos quais dava esse alimento sadio, mas pouco atraente. Como ele, nós desejamos voltar à casa do Pai — o perfeito e eterno Princípio do homem. Temos sede do vinho inspirador, fruto da vinha cultivada por nosso Pai. Ansiamos pelo privilégio de dizer aos doentes, quando sua fraqueza pede ajuda: “Levanta-te e anda.” Alegramo-nos ao dizer, no espírito do Mestre: “Estende a mão, e sê curado!”

Quando os fariseus viram Jesus realizar tais atos de misericórdia, retiraram-se e conspiravam contra ele, sobre como lhe tirariam a vida. O espírito antagonista do mal ainda percorre a terra; mas o espírito do Cristo, que é maior, também está presente — ressuscitou do sudário da tradição e da gruta da ignorância. Possam os atalaias, nas torres de vigia de Sião, gritar uma vez mais: “Um menino nos nasceu, um filho se nos deu.”