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Há alguma razão para esperar?

Da edição de maio de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


ESSA É UMA pergunta que os apaixonados se fazem; e não só eles, mas também os que estão apenas interessados em outra pessoa. Até os que se sentem solitários. As respostas são as mais variadas.

No entanto, acaso as dúvidas sobre a conduta sexual não estão diretamente relacionadas com valores? E se os valores forem importantes para você, o mero raciocínio intelectual não vai proporcionar respostas satisfatórias, porque ele não leva em consideração um fator que é mais valioso do que todo o resto — nosso relacionamento com Deus.

A partir do momento em que reconhecemos que Deus é real — e não apenas uma figura que as pessoas criaram para controlar o comportamento humano — Ele passa a ser um fator cada vez mais preponderante em nossas decisões importantes.

Dessa forma, é natural que toda pergunta importante comece sempre com “O que é Deus?”

Tome alguns momentos e pense sobre qual seria sua resposta honesta a esta pergunta: qual é a idéia mais tangível que você tem de Deus? Tendo esse conceito em mente, como é que você se encaixa nele? Vou dar um exemplo, mas você pode colocar suas próprias idéias sobre Deus, neste raciocínio: Deus é universal, todo-amoroso, a divina inteligência, preenchendo todo o espaço. Que lugar você ocupa nesse quadro? Essa inteligência é sua verdadeira substância e individualidade. Você é em essência e eternamente uma idéia distinta que Deus tem. O propósito de sua vida é importante para Deus porque você existe para expressá-Lo.

Um amigo meu descobriu uma conexão entre sua relação com Deus e sua atitude a respeito do sexo. Ele havia tido dois relacionamentos em que a atração física fora muito forte. Em ambos, os inúmeros altos e baixos emocionais haviam consumido muito de seu tempo e atenção. No transcorrer dessas experiências, o desejo de ser fiel a Deus tornara-se mais forte nele. Sabia que isso incluía um compromisso com hábitos de autocontrole e um modo de pensar e de viver mais espirituais. Fazer simplesmente o que dava vontade ou aquilo que seu corpo dizia que ele queria ou precisava, não o estava ajudando a formar esses bons hábitos essenciais.

O casamento indica que existe um compromisso duradouro de amar a outra pessoa de uma forma que vai além da gratificação sexual.

Uma das bem-aventuranças do Sermão do Monte, proferido por Jesus, tocou-o diretamente: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5:8). Em certos momentos sentira-se muito próximo de Deus — sentimento esse que era maravilhoso e cheio de poder.

Nos momentos de maior percepção, meu amigo compreendia que o que mais desejava era captar a luz da presença divina com mais regularidade. Decidiu que um dos passos que deveria tomar para alcançar a pureza de coração que vê a Deus, seria adotar o padrão cristão de não ter relações sexuais fora do casamento. Nem sempre foi fácil, mas nunca duvidou de que estava no caminho certo.

Muitas vezes as pessoas acham que esses padrões são arbitrários e até hipócritas. É evidente que o casamento não é algo mágico que misteriosamente faz o sexo se tornar puro. O casamento, porém, indica que existe um compromisso duradouro de amar a outra pessoa de uma forma que vai além da gratificação sexual. Essa responsabilidade traz uma confiança protetora à intimidade. E mesmo dentro do casamento o autocontrole continua a ser necessário para o progresso espiritual.

Ao escrever sobre casamento, Mary Baker Eddy, a Descobridora da Christian Science, diz: “Ambos os sexos deveriam ser afetuosos, puros, ternos e fortes. A atração entre qualidades inatas será perpétua somente enquanto for pura e verdadeira, trazendo doces temporadas de renovação, como a volta da primavera” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 57).

A pureza vai além do comportamento sexual. Ela pode ser definida como devoção a Deus, ao que é espiritual e permanente. O reconhecimento de nossa pureza inata, advinda de Deus, influi de várias maneiras no nosso comportamento. Faz com que sejamos honestos, que nos preocupemos com a justiça e até com o meio-ambiente. Ela também incentiva a obediência consciente e espontânea a padrões de conduta que chegaram à humanidade por meio de inspiração e revelação. Se fizermos uma comparação entre a capacidade de perceber a presença de Deus e o padrão de perfeição que o atleta procura alcançar no esporte, poderíamos dizer que manter a pureza é semelhante ao treino disciplinado dos campeões.

Essa forma de viver é, na verdade, normal. Às vezes precisamos ser lembrados do quanto Deus significa para nós e o quanto nós significamos para Ele.

Há alguma razão para esperar? É difícil imaginar uma razão mais importante do que o desejo de expressar a pureza de coração que nos leva a ver a Deus e nos abençoa com Sua bondade.

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