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HÁ UNS DOIS anos, no início...

Da edição de maio de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


HÁ UNS DOIS anos, no início do ano eu estava começando a vida. Eu acabava de me formar na universidade e havia regressado ao meu país. Precisava encontrar emprego e moradia. Eu sempre havia me voltado inteiramente a Deus para tudo, só que desta vez me apoiei em Seu amor com renovada humildade, confiando como uma criança. Além do meu estudo diário da Lição-Sermão, eu aproveitei o tempo, enquanto não trabalhava, para fazer um estudo profundo de Ciência e Saúde e para ler outras coisas sobre a Christian Science. Todos os dias eu sentia que estava crescendo espiritualmente.

Quando chegou a época de voltar à Inglaterra para assistir à reunião da minha Associação de Alunos da Christian Science, ainda não tinha encontrado emprego e não tinha todo o dinheiro para a passagem de avião. Tive a certeza de que compareceria à reunião, ainda que naquele momento não tivesse idéia de como faria para comprar a passagem. Mesmo assim, fiz a reserva de vôo. Eu sabia que, como Deus é Tudo, Ele é a constante fonte de suprimento devido à abundância de idéias boas e de intuições que Ele sempre transmite ao homem. Também orei com as idéias do Salmo 23, aplicando a verdade que eu encontrava em cada uma dessas linhas a todas as situações da minha vida. Quando tive de pagar a passagem, tinha todo o dinheiro. E uma semana depois de voltar para casa, consegui emprego.

Minha experiência daquele ano todo me dera uma compreensão melhor sobre meu próprio ser e o de meu próximo como completos, como o reflexo de Deus. A idéia de reflexo me tinha ficado muito clara uma noite em que estava estudando. Dedico-me à pintura, e na parede do meu quarto tenho um autoretrato. Naquela noite, ao vê-lo, lembrei-me de quando tivera de olhar minha imagem no espelho para pintar o retrato. De repente compreendi o que significa ser o reflexo de Deus. Significa que eu não sou, não posso ser, nada que Deus não seja. O reflexo é tudo que o original é, nada mais, nada menos. Uma revelação muito inspirada!

Essa compreensão do homem como reflexo levou a duas outras curas. A primeira ocorreu no meio de uma noite em que despertei sentindo-me muito mal. Fui ao banheiro, levando Ciência e Saúde comigo, mas tive uma tontura e caí no chão. Segurei o livro um momento e meu pensamento procurou a Deus. Eu não ia ceder, tinha a determinação de não desistir e orar até obter a cura, mesmo que tivesse de trabalhar a noite inteira. Abri Ciência e Saúde onde tinha parado de ler quando fora dormir. Meus olhos deram nesta passagem: “O temporal e o irreal nunca tocam o eterno e o real. O mutável e o imperfeito nunca tocam o imutável e o perfeito. O desarmonioso e o auto-destrutivo nunca tocam o harmonioso e o auto-existente” (p. 300). Depois de ler a primeira frase, eu sabia que a cura tinha ocorrido, mas li até o fim da página. O mal-estar e a febre que me acometeram haviam desaparecido completamente como se nunca tivessem existido (e na realidade não tinham)!

Depois dessa experiência, no entanto, eu não sabia bem explicar como exatamente ela havia ocorrido. Eu realmente queria saber o que era a Verdade e como me havia curado, por isso continuei estudando e ponderando sobre essa questão. Logo depois, tive outra cura imediata, que ocorreu num movimentado Shopping. Eu ia indo dar uma aula de pintura, carregando minha pasta e outras coisas, quando parei para tomar um café com um pãozinho. Quando peguei a xícara, que estava cheia demais, o líquido escaldante derramou na minha mão e me queimou os dedos. Procurei uma mesa, sentei-me, sentindo uma dor horrível. Recusei-me a aceitá-la, mas era muito difícil. Comecei a dizer a “exposição científica do ser” enquanto comia o pãozinho, dando especial atenção à primeira linha: “Não há vida, verdade, inteligência nem substância na matéria” (Ciência e Saúde, p. 468). Realmente comecei a ponderar sobre essa verdade e a pensar no que era Deus, a Verdade. Meu pensamento ficou totalmente absorvido em compreender que a Verdade é Tudo.

Fui dar a aula e não pensei mais na minha mão até tarde da noite. Durante as três horas em que dei aula, desenhei com aquela mão, sem nenhuma dor. A cura tinha sido completa, não havia traço de queimadura. Não havia nenhuma marca, eu nem sabia qual tinha sido o dedo mais afetado.

Depois dessa experiência, compreendi melhor como as curas ocorrem. A cura vem depois de uma confiança completa e total na Verdade, o que inclui recusar-se a aceitar qualquer outra realidade. Ela vem de uma profunda compreensão do homem espiritual e de Deus. É a coisa mais simples do mundo quando estamos dispostos a abandonar toda pretensão de que exista outra mente além de Deus.



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