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Apoiar-se no infinito Amor

Da edição de fevereiro de 2000 dO Arauto da Ciência Cristã


Descobrir aquilo de que realmente podemos depender na vida, às vezes exige que contrariemos nossos mais profundos sentimentos. Um exemplo disso me vem à mente, fruto de uma curta experiência em alpinismo. Ficar à beira de um precipício, agarrada a uma simples corda, pelo menos para mim, vai contra o instinto de sobrevivência. Mas, meu instrutor insistia para eu me inclinar para trás, para afastar o tórax da superfície da rocha e me apoiar na corda, quando o que eu queria era apoiar-me em algo firme e não me inclinar para trás, sobre o abismo. O resultado foi que fiquei sem apoio para os pés, pendurada pela corda, batendo repetidas vezes contra a rocha. Finalmente, fui obrigada a seguir as instruções e inclinei-me para trás. Meus pés tocaram naturalmente a superfície da rocha, como era o certo, e então desfrutei o prazer de deslizar rocha abaixo.

Deixar de se apoiar corretamente é também um erro comum no âmbito das relações humanas. Apegarse a uma outra pessoa, ou a um relacionamento ideal imaginário, como resposta aos nossos anseios por amor, segurança e mesmo auto-estima, pode nos deixar pendurados, batendo contra as rochas. Mas nunca é tarde para nos apoiarmos em Deus, para dependermos apenas do infinito Amor. A Bíblia está repleta de confortadoras instruções para nos guiar. Em Salmos, lemos: “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará” (37:4, 5).

Quando estamos ansiosos ou decepcionados a respeito de como está indo nossa vida, textos bíblicos como esses nos dizem que podemos confiar em algo superior ás oportunidades e esforços humanos, para conseguir que as coisas se acertem. A Bíblia declara que há uma presença muito maior do que a humana a qual satisfaz nossos anseios. Deus tem a visão de tudo, é o Princípio todo-sábio, que ama cada um de nós mais do que se possa dizer. Como podemos sentir esse amor? Nós o sentimos mais diretamente através das idéias inspiradas que Deus nos comunica. As idéias espirituais a respeito do nosso propósito e valor como reflexo de Deus, nos dão mais alegria do que qualquer outra coisa. Deus nos mostra Seu amor através da beleza que vemos, da bondade e coragem que testemunhamos. Deus nos compreende e nos sustenta porque Ele é nossa verdadeira substância e Mente. Mary Baker Eddy escreve em Unity of Good (Unidade do Bem):“[Deus] mantém minha individualidade. Não, mais ainda — Ele é minha individualidade e minha Vida. Porque Ele vive, eu vivo” (p. 48). Não há relação mais íntima do que a que temos com Deus, pois estamos em união com Ele.

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