Há alguns anos, nas férias, hospedei-me num hotel que tinha uma vista maravilhosa para o mar. Durante o dia, eu me deleitava com os navios e veleiros que passavam em frente à minha varanda e, à noite, com o apito das barcaças que chegavam. O som do fluxo e refluxo contínuo das ondas sobre a praia, sempre me confortou e, às vezes, eu simplesmente ficava sentada na varanda, escutando atentamente todos esses sons.
Naquelas férias, entretanto, não foi o som que me proporcionou a força e o conforto que eu estava procurando, mas foi algo fora do comum que eu avistei e que me pareceu uma mensagem de Deus. Uma noite, depois de alguns dias bem ativos, comecei a sentir-me bastante mal. A intensidade do mal-estar era grande. Eu não conseguia relaxar nem dormir. A situação piorou de madrugada, quando ainda estava escuro. Em silêncio e em alta voz, eu orava para conseguir algum alívio e para sentir a presença sempre confortadora de Deus.
Em outros momentos como esse, eu aprendera que volver-me a Deus abre o pensamento para receber a mensagem divina que cura. Apesar de me parecer difícil fazer isso, naquele momento, eu persisti. Fui até a varanda, não esperando ver nada além da escuridão e achando que ouviria apenas alguns apitos distantes. Mas o que vi foi para mim uma lição espiritual que jamais esquecerei: gaivotas voando à noite.
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