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Gaivotas voando à noite

Como encontrei a cura física através da oração

Da edição de fevereiro de 2000 dO Arauto da Ciência Cristã


Há alguns anos, nas férias, hospedei-me num hotel que tinha uma vista maravilhosa para o mar. Durante o dia, eu me deleitava com os navios e veleiros que passavam em frente à minha varanda e, à noite, com o apito das barcaças que chegavam. O som do fluxo e refluxo contínuo das ondas sobre a praia, sempre me confortou e, às vezes, eu simplesmente ficava sentada na varanda, escutando atentamente todos esses sons.

Naquelas férias, entretanto, não foi o som que me proporcionou a força e o conforto que eu estava procurando, mas foi algo fora do comum que eu avistei e que me pareceu uma mensagem de Deus. Uma noite, depois de alguns dias bem ativos, comecei a sentir-me bastante mal. A intensidade do mal-estar era grande. Eu não conseguia relaxar nem dormir. A situação piorou de madrugada, quando ainda estava escuro. Em silêncio e em alta voz, eu orava para conseguir algum alívio e para sentir a presença sempre confortadora de Deus.

Em outros momentos como esse, eu aprendera que volver-me a Deus abre o pensamento para receber a mensagem divina que cura. Apesar de me parecer difícil fazer isso, naquele momento, eu persisti. Fui até a varanda, não esperando ver nada além da escuridão e achando que ouviria apenas alguns apitos distantes. Mas o que vi foi para mim uma lição espiritual que jamais esquecerei: gaivotas voando à noite.

Sim, ali estavam elas, voando sobre o porto para cima e para baixo, sem rumo certo, simplesmente planando. Elas chegavam bem perto da varanda para, em seguida, voar para o mar aberto, sempre repetindo esse movimento. Pelo jeito, a escuridão não as afetava. Certamente, ela não limitava a liberdade de que gozavam. Elas não precisavam da luz do sol, do ar quente nem de uma brisa suave. Esta foi a lição que aprendi: não importa o quanto a nossa vida pareça estar envolta em trevas, nós ainda podemos voar — podemos expressar a liberdade e a alegria que Deus nos dá.

Eu podia sentir a liberdade e a paz vindas de Deus, mesmo estando em luta contra o mal-estar que me acometera. Nessa hora escura, eu também poderia expressar alegria. Por quê? Porque, como eu estava aprendendo, a minha saúde e a minha libertação do estado opressivo não dependiam do ambiente em que me encontrava, da atmosfera, nem de estar ou não perto de casa e da família. Ao contrário, saúde e liberdade são qualidades de pensamento, vindas de Deus, o bem, e que nós refletimos. Elas estão sempre presentes, da mesma forma como Deus está presente, e não estão sujeitas a condições materiais.

Bem, a doença e o medo não se dissolveram no momento em que vi as gaivotas planando. Todavia, aquela imagem ficou comigo durante os dias subseqüentes. E, à medida que se ia expandindo a minha compreensão, durante aquele período, eu senti mais liberdade e paz, até que fui completamente curada.

Aqui segue uma breve explicação daquilo que me ajudou a sair desse período de sofrimento. É uma afirmação em Miscellaneous Writings (Escritos Diversos), de Mary Baker Eddy, uma mulher que sempre se volveu a Deus em busca da sua própria paz e saúde. Fazendo referência ao “vínculo indissolúvel de união” com Deus, ela escreve: “Este é o grande amor que o Pai nos tem concedido, que mantém o homem na Vida infinita e na eterna órbita do ser harmonioso” (p. 77).

Cada um de nós tem esse vínculo indissolúvel de união com Deus, nosso Pai-Mãe. A nossa inata união com Deus nos mantém seguros em Seus braços — conserva-nos para sempre na Vida infinita, na existência harmoniosa com Ele. Aprendemos que, não importa quão difíceis pareçam ser as circunstâncias, nós temos o poder de Deus a nos sustentar.

Assim, se o leitor se sente rodeado de escuridão, doença, tristeza, pense nas gaivotas e levante vôo, mesmo no escuro da noite, volvendo-se a Deus em oração. Descobrirá que não há escuridão que o possa deter, e voará em liberdade.

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