Durante grande parte deste século, a religião e a ciência mal se falaram. Mas, alguns futurólogos dizem que uma grande tendência do próximo milênio será uma nova cooperação entre ambas.
Algo muito mais amplo pode estar acontecendo. Em certas áreas, a pesquisa teológica e científica está convergindo num novo e extra-ordinário esforço, que é o de chegar a definir a própria realidade — e estabelecer, cientificamente, a própria existência de Deus.
Uns poucos pensadores de vanguarda, na física moderna, estão agora acreditando que Deus pode ser cientificamente “descoberto”. E se sentem na obrigação de explicar a Deus em termos compreensíveis.
O motivo por trás dessa missão revela uma afinidade com a Ciência do cristianismo que a Sra. Eddy descobriu. Ela escreveu: “A Christian Science traduz a Mente, Deus, para os mortais. É o cálculo infinito definindo a linha, o plano, o espaço e a quarta dimensão do Espírito” (“Miscellaneous Writings”, p. 22).
Há mais de um século, a Christian Science vem definindo o Espírito. Com a publicação de “Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras” da Sra. Eddy, a qual ocorreu pela primeira vez em 1875, veio o anúncio de descobertas que marcaram época: de que existe uma “Ciência divina de cura-pela-Mente” (veja p. 123); de que as leis dessa Ciência assentam num Princípio infinito, Deus; de que jesus utilizou essas leis na cura da doença e do pecado; de que a compreensão da Verdade divina está curando hoje homens, mulheres e crianças.
Ciência e Saúde documenta que o sistema de cura decorrente dessas descobertas foi “testado a fundo” (veja p. viii). Sua autora “demonstrou” a capacidade do poder divino para curar doenças físicas e mentais. Portanto, Ciência e Saúde desafia os que buscam a Verdade, em toda parte, a fornecer provas da praticabilidade da Ciência do ser. A Sra. Eddy escreveu que a revelação da Christian Science inclui a “prova, pela demonstração atual, de que os assim chamados milagres de Jesus não pertenciam especialmente a uma dispensação agora terminada, mas que ilustravam um Princípio divino sempre em atividade” (p. 123).
Em certas áreas há o esforço de definir, cientificamente, a existência de Deus.
Cada cura espiritual contribui para o crescimento do conjunto de evidências que demonstram o Princípio divino do universo. O mesmo acontece com cada vitória do bem sobre o mal, do amor sobre o ódio, do Espírito sobre a matéria, da paz sobre a guerra, da ordem sobre o caos. Cada uma dessas vitórias anuncia ao mundo, de forma prática, que o Princípio divino, coerente, benevolente, do universo, isto é, Deus, existe. Ele cria cada um de nós com o propósito de expressá-Lo como Sua imagem e semelhança puramente boa, inteiramente espiritual. E Deus nos concede poderes para cumprir esse propósito.
Numa viagem ao exterior, senti-me repentinamente dominada por náuseas. Pedi á minha mãe, que estava viajando comigo, que cancelasse minha reserva numa excursão opcional que havia sido planejada para aquele dia. “Por que você não pode ser curada?” foi sua resposta simples.
Imediatamente, vi uma nova perspectiva. Vi a doença como uma oportunidade de provar a Ciência da Mente, de contribuir para o histórico de curas espirituais da humanidade. Minhas orações tornaram-se mais objetivas. Quando o ônibus partiu para o passeio, minha mãe e eu estávamos nele.
O físico Paul Davies escreve: “Cheguei à conclusão de que a mente — isto é, o conhecimento consciente do mundo — não é uma artimanha acidental e sem sentido da natureza, mas sim é uma faceta absolutamente fundamental da realidade.” Ele e alguns de seus colegas cientistas estão se dedicando a pesquisar a conexão “íntima” da humanidade com o que ele chama a “mente de Deus” (“The Mind of God”, pp. 16, 232). E cada pessoa que se esforça, em sua própria vida, para demonstrar a Ciência da Mente, pode fazer muito para acelerar — e em realidade configurar — as descobertas profundas que nos esperam.
