Vamos supor que alguém descubra um enorme ralo no fundo do oceano e que puxe a tampa desse ralo de maneira que todo o oceano se escoe por ele. Já imaginaram a força de sucção? Essa seria uma boa hora para abandonar imediatamente o alto mar e ir para a praia, para não sermos sugados junto com a água.
Agora, pensemos em outra sucção, sendo que esta não é hipotética. Refirome ao entretenimento que não tem nenhum outro propósito a não ser fazer dinheiro com a atração pelo medo: filmes, músicas e vídeo games repletos de violência gratuita. Muitos espectadores, ouvintes e jogadores são apanhados nessa correnteza e se afogam em imagens violentas, assustadoras. Às vezes, apesar de estarem se afogando, eles parecem não se interessar por salvar-se.
Qual seria a mudança de pensamento e de comportamento que ajudaria a ir para o solo seco, a limpar o lixo e o lodo do nosso pensamento e a restaurar uma concepção mais saudável da vida? Para alguns, poderia ser um repentino despertar espiritual — uma compreensão de que a morte e a destruição despedaçariam a própria textura da vida, caso o permitíssemos. Para outros, poderia ser a experiência de ficar face a face com a violência e descobrir que, na vida real, não é tão fácil colocá-la de lado, como fazemos com um filme ou um jogo.
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