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Matéria de capa

ORAR NÃO DÁ TRABALHO!

Da edição de janeiro de 2002 dO Arauto da Ciência Cristã


Você já reparou que ficar longe do trabalho nem sempre nos traz o descanso e a renovação que esperamos? Já lhe aconteceu voltar de férias sentindo que precisava de mais uma semana para se refazer da viagem?

Isso já aconteceu comigo, tanto depois de voltar de férias, em que tive muita atividade física, como de períodos mais sedentários. Mas também já me aconteceu de voltar sentindo-me bem descansada dos dois tipos de viagem.

Nesse caso, a oração é que fez a diferença.

Meu trabalho requer que eu esteja a postos vinte e quatro horas por dia, todos os dias. Por isso, há alguns anos quando saí de férias com minha família, eu queria realmente aproveitar o tempo para descansar. Eu não iria levar meu trabalho para a viagem nem fazer nada que de longe lembrasse trabalho. Enfim, férias! Iríamos para o litoral. Eu estava planejando ficar sentada ao sol, lendo um livro e, de vez em quando, tirar uma soneca ou dar longas caminhadas pela praia.

Viajamos à noite, para que as crianças dormissem no banco de trás, enquanto meu marido e eu nos revezávamos na direção. Eu estava sentindo uma leve dor na parte interna da boca. Era uma feridinha que estava me incomodando. Nada de grave, pensei. Visto que orar para mim mesma (como eu normalmente faria num caso desses) teria a conotação de trabalho, e eu havia decidido que não iria trabalhar nas férias, ignorei o problema. E assim passou-se a semana.

As férias foram muito boas, mas quando estávamos voltando para casa eu me sentia exausta. Não estava com a mínima vontade de enfrentar as exigências intensas do meu trabalho. Ainda tínhamos de dirigir a noite toda e minha boca continuava doendo.

Mais ou menos às duas horas da madrugada, quando eu estava dirigindo e o restante da família dormindo, pensei: “Isso é ridículo! Você não precisa fazer nada mais do que pensar enquanto dirige e, por isso, pode orar”.

Durante toda a minha vida eu havia tido curas, por meio da oração, de sintomas de gripe e resfriado, glândulas inchadas, ossos fraturados, distensões musculares, problemas de relações humanas, dificuldades financeiras, entre outros. Eu estava acostumada a me volver a Deus em oração, sempre que tinha uma necessidade. Para mim, orar significa estar em comunhão com Deus e ter a consciência de que Ele é realmente Tudo. Significa estar consciente da totalidade de Deus. Percebi que tal enfoque anula tudo o que estiver errado em nossa vida. Afasta nossos pensamentos do sofrimento de qualquer espécie, e faz com que eles se concentrem na harmonia divina.

Gosto de volver-me a Deus, e antes dessa experiência eu já orava constantemente havia muitos anos para minha família, meu trabalho, minha igreja e minha comunidade. Naquela ocasião, no entanto, ao equiparar a oração a um trabalho, eu havia evitado orar por mim mesma. E havia aceitado a dor na boca durante toda a semana. Finalmente, na viagem de volta, parecia uma tolice não aproveitar a tranqüilidade do momento para encontrar a liberdade que eu sempre havia sentido quando me aproximava de Deus.

Embora eu considere importante divertir-me, não existe nada que me deixe mais feliz, descansada e ativa do que a sensação de estar próximo a Deus. Assim, naquela noite, comecei minhas orações expressando minha gratidão a Deus, e dando graças por todas as curas que eu já havia tido.

Fiquei pensando em todas as mensagens de encorajamento e amor que eu havia recebido de Deus. Procurei ouvir o que Deus me dizia ali mesmo, na escuridão, enquanto eu dirigia. O que ouvi dEle foi a afirmação de que orar não era uma carga, a oração não era algo que eu precisava usar para que Deus fizesse alguma coisa por mim. Era, isso sim, uma maneira de apreciar o que Deus já fizera e continuava a fazer sempre, uma lente através da qual eu poderia ver a bondade de Deus, de uma forma ampliada.

Penso que não fazia mais de trinta minutos que eu estava orando e ouvindo a Deus quando percebi que a ferida na minha boca estava completamente curada. Tive de rir de mim mesma por ter pensado que orar era uma carga, e ficar agüentando aquela sensação incômoda na boca durante toda a semana. Eu me senti muito feliz e renovada durante o resto da viagem. Quando chegamos em casa trabalhei o dia todo. Estava ansiosa para aplicar o que eu havia aprendido sobre cura e oração ao meu trabalho, à minha família e às minhas outras atividades.

Mary Baker Eddy também deve ter aprendido essas liçôes. Em Ciência e Saúde ela escreve: “Deus descansa em atividade. Dar nunca empobreceu e jamais pode empobrecer a Mente divina. Nenhuma exaustão resulta da atividade dessa Mente, de acordo com a compreensão da Ciência divina. O descanso mais sublime e mais suave, até mesmo dum ponto de vista humano, encontra-se em trabalho sagrado” (pp. 519-520).

Descobri que a sensação de descanso é realmente um estado natural e espiritual e que eu poderia comprovar a veracidade disso para mim mesma e para outros. Isso porque nosso próprio ser age de acordo com Deus, que é a fonte infinita de toda causa e efeito, naturalmente.

Não são as férias que nos descansam, nem a situação no trabalho que nos esgota. O que nos cansa é tentar fazer as coisas sem recorrer a Deus, que é nossa origem. Agir de acordo com Deus é o que realmente nos traz descanso. E quando nossa oração consiste em volver-nos a Deus, ela nos revigora e cura.

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