Quando meus quatro filhos eram pequenos, vivíamos de maneira modesta, basicamente do salário do meu marido, o que me permitia ficar em casa cuidando das crianças. Confiávamos em Deus para nos suprir com idéias, que nos levassem a obter todas as coisas de que precisávamos. Também compreendíamos que, pelo fato de a nossa vida ser governada pela lei de Deus, que é sempre boa, não seríamos penalizados por ter decidido agir dessa forma.
Certa ocasião, porém, nosso orçamento estava bastante apertado. Exatamente duas semanas antes do vencimento dos impostos de nossa casa, demo-nos conta de que simplesmente não tínhamos a quantia necessária para pagá-los. Havíamos tido gastos imprevistos com nossa família.
Assim que me dei conta desse problema, volvi-me a Deus em oração, ponderando sobre as seguintes palavras: “O ’ouvido divino’ não é um nervo auditivo. É a Mente que tudo ouve e tudo sabe, e que sempre conhece todas as necessidades do homem e as satisfaz” (Ciência e Saúde, p.7). Eu não tinha dúvida de que a Mente atenderia a todas as nossas necessidades, e isso incluía o pagamento dos impostos. Deus nunca nos havia abandonado. Acreditávamos na promessa bíblica: “...o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4:19). O fato de não conseguirmos imaginar naquele momento como iríamos arrumar o dinheiro necessário para pagar os impostos, não significava que iríamos questionar nossa fé.
Uma semana antes do vencimento dos impostos, uma pequena empresa de filmagens telefonou-me pedindo para eu trabalhar para eles durante um dia. Eu servia refeições em locais de trabalho e já havia prestado esse tipo de serviço algumas vezes para aquela empresa e para outras. Mas fazia meses que eu não recebia nenhum chamado. Aquela atividade era perfeita para mim, porque não precisava deixar as crianças sozinhas. Concordei em fazer o serviço, embora o valor que tivessem me oferecido fosse pequeno. Meu pagamento seria baseado no total de pessoas servidas, ou seja, iria depender do número de participantes nas filmagens. Ás vezes, esse número variava durante a produção e, por isso, eu sempre levava mais comida, para poder atender a necessidades adicionais.
No dia da filmagem, o número de participantes, tanto do elenco como da produção, acabou sendo bem maior do que o esperado. Fiquei muito grata por ter tido a idéia de preparar mais comida, porque deu para atender a todos.
Enquanto eu guardava as coisas no carro, depois de terminado o trabalho, o supervisor de produção me entregou um cheque. Depois de deduzir as despesas com o preparo das refeições, a quantia restante cobria o valor dos impostos, e ainda sobrava um pouco. Fiquei impressionada com essa nova prova de que Deus supre nossas necessidades com precisão.
Não há meras coincidências, quando nos volvemos a Deus em busca de ajuda. Podemos confiar no cuidado de nosso Pai, que nunca falha. E esse cuidado não tem nada a ver com o acaso.
